- Prometidos - Draco Malfoy

{37} Comensais Da Morte

- Levante-se! Vai se atrasar! - meu pai me cutuca

Não é possível que não vou passar uma noite em paz, sem meu pai interromper meu belíssimo sono.

- Bom dia para você também...

- Sabe que está atrasada, não merece o meu bom dia.

- Atrasada? Para que?

- Eu falei para você ontem a noite, não se lembra?

- Não, acho que eu estava fingindo estar ouvindo...

- Que insolência... - ele puxa os lençóis para me irritar - O mundial de quadribol! Lucius Malfoy a convidou para assistir junto com ele e Draco, e eu confirmei sua presença.

- PAI! - eu me cubro com preguiça - Você sabe que eu e o Draco não estamos nos falando.

- Ninguém mandou a senhorita atacá-lo.

- Ele merecia... E foi só um soquinho na boca. Ninguém morre com um soco.

- Se levante, ou vai ficar de castigo...

- Ah... - bufo me levantando - Só me faltava essa: ter que aturar o Draco antes e durante as aulas...

O ano está para começar, e agora eu tinha que me levantar cedo até nas férias. Eu me levantei rápido e coloquei uma roupa formal, afinal Lucius é bem chato com relação a vestimenta. Um vestido preto com meia-calça devem resolver...

Desço as escadas sentada no corrimão, o que irrita muito o meu pai. Ele aponta severamente para a escada, me forçando a subir os degraus novamente e descer "da forma certa".

Que desperdício de tempo.

- Senhor Snape... O senhor Malfoy já está esperando do lado de fora... - Gafin nos avisa.

- O que? - grito indignada - Nem consegui comer nada!

- Você come mais tarde! Agora vai! Sabe que detesto que se atrase para os seus compromissos...

- Compromissos que você me arruma...

- "Senhor",Sn...

- Ah... - reviro os olhos.

- Fale direito com seu pai.

- Compromissos que o "SENHOR" me arruma... Pronto, satisfeito?

- Ande logo! - ele me puxa.

A carruagem preta de Malfoy está parada em frente a minha casa, e Draco está encostado na porta conversando algo com seu pai. Mas logo que repara na minha presença, Lucius o manda vir até mim.

- Bom dia, Draco.

- Bom dia, professor.

- Deixo-a nas suas mãos...Sn, se comporte...

- Não sou mais criança, pai...

- Entretanto costuma agir como se fosse uma, não é mesmo? Vá logo!

- Até mais, professor!

Ele acena para meu pai com um sorriso falso no rosto, mas logo o seu lado venenoso toma conta do seu corpo. Ele segura minha mão direita, espremendo meus dedos.

- Meu pai disse que deveria segurar sua mão... - ele sussurra em tom maldoso - Claro que eu não iria discordar...

- Você é sempre tão gentil! - eu aperto a dele de volta.

- Não me provoque, sabe que sou mais forte do que você... - ele aperta com mais força.

- Pare! - eu o empurro - Você já vai começar?