O grande dia chegou, o final do torneio Tribruxo. A única coisa que se ouvia falar era na última tarefa. Ninguém muda de assunto. Estou ainda mais ansiosa do que qualquer outro, afinal vou assistir com o Draco desta vez. No dia da segunda tarefa, ele disse que fazia questão que eu me sentasse ao seu lado hoje
- Oi... - digo quando chego nos nossos lugares.
- Oi... - ele sorri de lado - Vem, senta aqui.
- Oi Crabbe, oi Goyle... - cumprimento por educação.
- O que ela está fazendo aqui, Draco? - Goyle torce o nariz.
- Ela é minha convidada, idiota...
- Oi, Sn... - Crabbe me cumprimenta.
Sento ao lado de Draco, que segura sua bandeirinha com o nome de Viktor Krum.
- O que foi? - ele pergunta curioso - No que está pensando?
Eu estava observando as suas roupas. Como ele tem bom gosto, mesmo usando sempre as mesmas cores. Sinceramente, as vezes sinto que não importa em qual roupa eu o coloque, sempre vai combinar perfeitamente. Mas eu não ia falar para ele que estava pensando nisso.
- Estou... Apenas ansiosa... - minto - É a última prova, afinal.
- Estou surpreso que o Potter continua no torneio, mesmo sem ter tido qualquer preparo para enfrentar aquelas tarefas.
- Sinceramente, desde o começo eu sabia que ele ia conseguir. Até porque é o Harry, né? O garoto que sobreviveu ao Voldemort, derrotou o Quirrel e lutou com um basilisco.
A partida está prestes a começar, e os participantes invadem a arena, um por um. Todos vão a loucura, torcendo para seus campeões.
Ver o Draco sorrindo desse jeito é uma coisa tão rara, porém tão perfeita. Eu facilmente fotografaria essa cena e penduraria no teto, para que todas as noites eu pudesse sonhar com esse ser lindo. E vê-lo feliz me deixou muito feliz também, e parece que ele percebeu.
- Está feliz? - ele pergunta sorrindo.
- Você está? - eu o provoco.
- Sim...
- então eu também estou
Sorrio para ele, que fica instantaneamente abobalhado, e desvia o olhar sorrindo. Parece que consegui fazê-lo ficar tímido.
- Hoje cedo... - Dumbledore inicia o discurso - O professor Moody colocou a taça Tribruxo no interior do labirinto. Só ele conhece o local exato! Como o senhor Diggory e o senhor Potter estão empatados em primeiro lugar, eles serão os primeiros a entrar no labirinto, seguidos pelo senhor Krum e a senhorita Delacour...
- YEAH! - me ergo no lugar comemorando com os outros.
- O primeiro que conseguir tocar a taça, será o vencedor! Dei ordens à equipe para patrulhar o perímetro. Caso algum competidor queira abandonar a tarefa, ele ou ela apenas precisará disparar faíscas vermelhas com a sua varinha!
- Competidores! Venham para cá!
Dumbledore os reúne para conversar sobre algo importante, mas nenhum de nós, além do grupo, conseguimos escutar. Assim que a reunião acaba, ele ordena;
- Campeões... PREPAREM-SE! Quando eu disser três... Um...
Mas Filch dispara o canhão antes que ele terminasse a contagem, e finalmente, os competidores entram no labirinto.
Ficamos apenas aguardando o final de tudo.
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O tempo passa bem devagar, e nada de diferente acontece. Toda a emoção está lá dentro do labirinto, onde não conseguimos ver. E a cada minuto que se passa, eu fico mais e mais preocupada. Aquele labirinto é dureza.
- Está demorando muito. Quanto tempo vocês acham que eles já estão lá dentro?
- Uma hora e meia, aproximadamente... - Crabbe me responde.
- Isso não é bom...
- Relaxa, Snape . Labirintos são difíceis, levam tempo. Não precisa se preocupar tanto...
- Mas nem sinal deles? - eu suspiro - Eu estou preocupada.
- Por que não vai ao banheiro e lava o rosto? Talvez alivie o estresse...
-Você tem razão... - me levanto - Daqui a pouco eu volto... Espero que eles não retornem enquanto eu estiver fora.
- Vai lá...
Desço da arquibancada e vou até os banheiros. Entro e abro a torneira, colocando um pouco de água no meu pescoço e molhando minhas bochechas que estão vermelhas. E ao levantar minha cabeça, vejo no espelho que eu estou péssima.
- Que merda...
Limpo minha maquiagem que está borrada pela água que passei no rosto e retoco o brilho labial. Penteio o meu cabelo com a ponta dos dedos, apenas para dar uma aparência melhor para esse meu pixaim. Ajeito a camiseta e a gola da jaqueta preta, e enfim sinto-me pronta para sair do banheiro e encarar a vida.
Quando eu estava para atravessar a porta, me deparo com Draco parado do lado de fora do banheiro, como se estivesse me... Esperando?
- O que está fazendo aqui? Não vai assistir o resto do torneio.
- Nah... Não estou interessado nesse torneio.
- Ah... Então... Então eu vou voltar para lá.
- Por quê? - ele coloca o braço na minha passagem - Lá está muito chato.
O que tá acontecendo comigo ?
- E você tem algo em mente?
- Ah, eu tenho. Algo bem melhor.
- O que seria? - pergunto na maior inocência possível.
Ele olha para os dois lados, procurando para ver se não havia ninguém por perto, e de repente segura minha mão, me puxando para acompanhá-lo.
- Aqui não é o lugar apropriado...
- A-Aonde a gente está indo?
- Confia em mim...
- É uma tarefa bem complicada...
Caminhamos juntos até um lugar esquisito e deserto. Analisei bem o lugar, até escutar a batida de pés passando por cima de nossas cabeças. Estávamos debaixo das arquibancadas da arena.
- O que viemos fazer aqui, Draco?
- Ué... Terminar o que começamos.
Ele se aproxima de mim até nossa distância ficar zero, encostando nossas cinturas uma na outra. Sua mão direita estava acariciando meu rosto, enquanto a sua esquerda segurava minhas costas com força.
- E desta vez, não tem chance de sermos interrompidos por ninguém .
Antes que eu pudesse ao menos entender o que estava acontecendo, ele agarra a minha nuca, entrelaçando seus dedos nos meus cabelos. Não espera um segundo para me beijar, como se estivesse guardando esse desejo a muito tempo.
No início, eu estava confusa e assustada,pois eu não era proficional, mas não demorei para ceder aos encantos do loiro, que passeava com sua língua por toda a extensão da minha boca. Coloco as minhas duas mãos em seu pescoço, que se arrepia ao toque, para trazê-lo para mais perto de mim. Sua mão esquerda aperta minha cintura com força, me fazendo arfar. Paramos o beijo por falta de ar, e ele olha dentro dos meus olhos.
- Estava desesperada por isso não é? - ele me provoca.
- Não fui eu quem te arrastei para longe. - entro na brincadeira.
De repente, os barulhos de passos começa a ficar muito alto, e a arquibancada vai a loucura. A banda também volta a tocar.
- Vamos! Eles voltaram!
Eu seguro sua mão, correndo com ele de volta para o local. Todos de pé gritam e comemoram a volta de Cedric e Harry. Mas o que não esperávamos era que não tínhamos motivo nenhum para comemorar.
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- Prometidos - Draco Malfoy
FanfictionSn Snape, filha genuína de Severus Snape, vivia sua vida normalmente até completar seus 11 anos, quando iria entrar para a escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Porém, na noite antes de seu primeiro dia de aula, ela e seu pai receberam a visita de...