- Prometidos - Draco Malfoy

{28} Harry Potter

MARATONA 5/5

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(SN)

Acordo com uma falazada sem fim.

- O que está acontecendo aqui, gente? - pergunto ainda sonolenta.

-Sn... - Ronald se aproxima de mim - Como você está?

- Dolorida... Mas bem, eu acho... O que eu perdi?

- Nada com que precise se preocupar agora, s/a, apenas descanse... - Hermione me diz - Tome, trouxe para você, sei que ama rosas brancas...

- Obrigada, Mione... São lindas, vou colocá-las no meu quarto.

Olho na direção de Harry, que encara Draco com fúria.

- Harry? Não vai falar comigo?

- Ah, sim,Sn... - ele se aproxima de mim e me da um beijo na bochecha - Que bom que não foi nada grave, eu fiquei preocupado.

- E você, Draco? - eu me viro para o loiro - Como está seu braço?

- Não é da sua conta, Snape...

- Nossa, que grosseiro. Eu esperava ouvir pelo menos um "obrigado, Charlotte, por ter salvo minha vida", ou sei lá, uma estátua em minha homenagem...

- Por que eu agradeceria? Colocou-se na frente daquele bicho nojento porque quis...

- Malfoy, se não sair daqui, eu mato você...

- Harry, sem brigas... Sn está se recuperando ainda, o que ela menos precisa no momento é de estresse. - Hermione me salva.

- Acho que devemos a deixar descansar... - Ronald comenta.

- Não tiro meus pés daqui enquanto esse psicopata estiver perto dela. - Harry segura minha mão enquanto o encara.

Draco se aproxima rapidamente de Harry e lhe dá um forte tapa na mão, fazendo com que ele solte a minha. Harry o agarra pela gola da caminha e fecha seu punho, prestes a socá-lo. Mas eu ergo meu corpo, com dor, e seguro sua mão.

Harry, ele está machucado, não pode se defender!

- Não me importo! Não aguento vê-lo te tratar que nem lixo...

- Harry... Por favor...

Assim, ele solta a gola de Draco, que continua o olhando com nojo.

- Draco, poderia ficar um segundo sequer sem fazer com que todos queiram matar você?

- Relaxa. Pode ficar com o Potter todinho para você... É ele quem você adora, não é?

- Para de agir feito criança, ok?

- Ok, mamãe... Até nunca mais...

Draco some da enfermaria, batendo o pé com força. Ele claramente está irritado, como sempre.

- Hermione, Rony, poderiam me deixar falar com a s/a à sós?

- Claro... Vamos, Rony!

Hermione segura a blusa de Ronald e o puxa para fora da enfermaria, deixando-me sozinha com Harry. Ele se senta na cadeira ao meu lado e não parece nada feliz.

- Por que continua ficando perto dele?

- O que?

- Por que,Sn? Por que continua perto dele, quando pode se afastar por completo?

- Harry, eu...

- Aquele cara só quer te fazer mal! Ele só quer te ver mal, mas mesmo assim... - ele suspira - Mesmo assim você gosta dele?

- Eu...

- O que eu preciso me tornar para fazer você esquecê-lo?

- Harry, você não entende! Não entende!

- Então me faça entender! Eu estou aqui, estou aqui e agora, pronto para ouvir.

- Eu... Eu não posso te contar...

- Como você pode se dizer minha amiga se nem confia em mim?

- Harry, querido, me escuta! Eu confio em você, mas eu prometi... Eu prometi...

- Prometeu o que?

- Eu não posso... Não posso falar...

- Eu acho que entendo bem o que é. Está apaixonada por ele, mas não quer admitir, porque não quer me magoar. Mas se quer que eu não fique chateado, tem que me dizer...

- NÃO É ISSO, HARRY! NÃO. É. ISSO! ACHA QUE EU ESCOLHI FAZER O QUE FIZ? ACHA QUE TIVE ESCOLHA?

- Eu não estou entendendo...

- Eu... - começo a chorar - Eu só queria que eu pudesse escolher ficar com quem eu quisesse... Mas eu não posso. Queria poder ficar com você, que me valoriza e me trata gentilmente, ao invés de ficar presa à um cara egoísta e insensível!

- Você pode Sn.

Ele segura meu rosto carinhosamente, olhando-me. Senti-me afogando naqueles olhos claros e naquela expressão gentil, e o seu toque delicado me fazia arrepiar. Sua respiração se aproxima cada vez mais, até que finalmente tocamos nossos narizes. Ainda fitando-o, ele fecha os olhos e tenta selar nossos lábios, mas eu acordo daquele transe e o afasto.

- Harry... Eu... Eu estou muito confusa no momento.

-Sn... - ele parece triste - Eu gosto de você. Gosto mesmo. E eu posso te tratar muito melhor do que aquele idiota.

- Sei que é verdade, pois você já me trata. Mas eu realmente não posso me deixar apaixonar por você. Pois eu quebraria o seu coração, e você é uma pessoa que eu jamais teria intenção de machucar.

- Eu... Eu...

Seguro seu rosto com as mãos e retiro levemente os fios de cabelo que caíam sobre seus olhos, que agora estão encharcados. Enxugo-os carinhosamente com minha mão direita.

- Eu sinto muito MESMO... Eu realmente queria poder te dizer tudo. Mas eu juro que não posso.

Ele funga e termina de enxugar o rosto sozinho. Em seguida, Harry se levanta rapidamente e solta minha mão, indo em direção à porta.

- Melhoras, ok? - ele fala seco para mim.

- Me desculpa, Harry...

- Até mais...

E assim, eu fiquei sozinha naquela enfermaria enorme, e agora me sentindo ainda mais fazia do que já era.

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Quando finalmente recebo alta depois do que aconteceu, vou até o salão principal para comer um pouco. Fiquei o caminho todo pensando com quem eu iria sentar, e logo realizei que ficaria sozinha durante o almoço pela primeira vez em muito tempo.

Sentei-me no canto da mesa dos Slytherins, e passei observando Draco, que está ao lado de sua mais nova companheira, Pansy Parkinson, acompanhado também dos outros dois amigos. Ela acaricia a sua mão machucada, e ele parece muito satisfeito com toda a atenção que ela lhe da, chegando até mesmo a fazer um leve drama.

- Tá doendo muito, Draco? - ela pergunta.

- A dor vai e vem... Mas acho que tive sorte. Segundo a madame Pomfrey, mais um minuto eu podia ter perdido meu braço.

Reviro os olhos por conta do exagero. Fala sério, ele só tomou um arranhão. Mas parece que ele e todo mundo se esquecem que ele só está vivo ainda porque EU entrei na frente. Quase fui partida no meio, mas só se preocupam com o loirinho idiota.

Ele repara que olho para ele com nojo, e meio que ele desvia o olhar. Já Harry, que está do outro lado, percebe que estou aqui sentada, sozinha, e nem sequer me cumprimenta. Nem seus amigos olham para mim.

Parece que eu sou INVISÍVEL.