{13} Livraria

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30 de Agosto (1992)

O meu segundo ano em Hogwarts estava prestes a começar, e meu pai estava ainda mais animado do que eu. Ele literalmente me acordou às cinco da manhã, alegando que se saíssemos logo para comprar os materiais, daria mais tempo para eu me organizar para as aulas.

Tomei o meu café, troquei meu pijama e fomos eu e meu pai para o Beco Diagonal.

- Eu vou rapidamente ao banco. Você vai à frente para a livraria e separa os livros que estão nesta lista. - meu pai me diz, entregando a lista.

- Tudo bem, mas não demore... Você sabe que fico tímida fazendo compras.

E assim, eu fiquei sozinha. Eu estava andando em direção a livraria, mas de repente, ao passar na frente de uma loja esquisita, eu escuto um barulho muito alto, que me chama atenção.

Assim, eu adentro a loja. Os objetos todos eram esquisitos, combinando com a aparência terrivelmente nojenta do ambiente. Vago em silêncio pela loja, procurando o que havia feito aquele estrondo, e de repente, me deparo com Harry caído no chão, na frente da lareira.

- Harry? - pergunto confusa.

- Sn? - ele se surpreende.

Eu corro até ele e o abraço, ainda no chão. Lhe ofereço ajuda para levantar e percebo que sua roupa está imunda de cinzas.

- Por que você está aqui? - ele pergunta.

- Eu que tenho que fazer essa pergunta. Ah, entendi... - logo saquei - Primeira vez viajando com Pó de Flu, não é?

- É! - ele recolhe seus óculos quebrados do chão - Devo ter dito algo errado.

- Sim! - eu rio - Eu escutei o estrondo e vim até aqui verificar. Que lugar esquisito que você veio parar, hein...

Nós vagamos pela loja, olhando atentamente cada objeto estranho que lá tinha. Harry se aproxima de uma mão empalhada e começa a mexer nela.

- Não toca nisso! - eu o corrijo.

Mas foi tarde. A mão agarrou a dele, e Harry ficou preso. Eu tentei ajudá-lo a se soltar, mas ela era bem forte.

- Falei para não mexer!

De repente, escuto passos do lado de fora da loja, e quando me esgueiro para avistar quem é, vejo um menino de cabelo loiro. "Ai que ótimo", penso. Como se não pudesse piorar, Draco vai me encher se me vir com Harry aqui dentro.

No desespero, consigo ajudá-lo a se soltar, e eu agarro rapidamente sua mão e o arrasto para nos escondermos.

- O-O que está faz- ele pergunta.

- SHIU! Quieto! - eu o interrompo.

Consigo escutar o som do sininho da porta ressoar. Draco começa a andar pela loja, olhando em volta. Meu coração está disparado. Eu procuro um esconderijo, e só consigo pensar em me esconder num enorme caixão negro que estava na nossa frente. Eu abro a porta sem fazer barulho e empurro o menino para dentro, entrando logo em seguida.

- NÃO. TOQUE. EM. NADA. - escuto uma voz, que aparentemente é de Lucius.

- Está bem, pai.

Observando através de um pequeno buraco do caixão, consigo ver os dois loiros caminhando dentro da loja. De repente, o homem que aparentemente é dono da loja, aparece no balcão e cumprimenta Lucius. Eles começam a conversar, mas não consigo ouvir direito o que estão a discutir. Porém, pelo que vi, eles deixam uma caixa preta em cima do balcão.

- Prometidos - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora