Capítulo 32 - Você não disse que me ama.

229 16 15
                                    

August 2nd, 2022.
Upper West Side.
Manhattan, New York.

2:42am.

POV Clare.

Abri os olhos bem rápido, como em um susto, voltei a respirar segundos depois quando vi que estou abraçada no Martijn e completamente aninhada nele.

Eu sei que tenho insônia, e por isso não sei por que, ainda tenho expectativa que vou dormir uma noite inteira de sono e a amanhã acordarei pleníssima como se nunca tivesse tomado um único calmante se quer na vida.

Me afastei alguns segundos do Martijn para conseguir liberar meus braços do abraço dele e em seguida com cuidado me liberei completamente dele. Eu nem preciso ser delicada para fazer isso, o Martijn sempre dorme como uma pedra. Se eu simplesmente jogasse ele para o lado ele continuaria dormindo e nem perceberia.

Me sentei na cama com os pés para fora e me desenrolando do lençol que cobria a minha nudez. Com certeza o Martijn jogou por cima de mim. Ele por outro lado está só de cueca, agora deitado de bruços sobre o meu travesseiro, e o cabelo caindo sobre a testa.

Passei as mãos pelo lençol da cama a procura da minha calcinha mas não encontrei.

Peguei o pijama que parte estava no chão e outra parte nós pés do meu namorado e vesti.

Como não tenho ideia do paradeiro da minha calcinha, Então me contento com o fato que só vou acha-la quando eu for arrumar o quarto pela manhã, já desisti de procurá-la.

Fui logo para o banheiro, preciso urgentemente de um banho gelado, para me refrescar e também para tirar esse cheiro de sexo que está em mim.

•••

Não adiantou o banho, mesmo que tenha me refrescado  e que agora eu esteja cheirosa, não me ajudou na questão do sono.

Me sentei na poltrona bem no quanto do quarto, me alternando entre admirar a madrugada pela brecha da cortina e secar o sono pesado do Martijn. Tudo que eu quero é dormir assim agora.

Peguei meu Kindle e me deliciei do livro que estou lendo essa semana, até a hora do café, quando minha barriga começou a implorar por atenção.

Comi duas torradas com ovos e uma caneca de café bem quente, enquanto esperava que as horas passassem. Agora devem ser umas cinco e meia da manhã. Ainda está escuro lá fora e o Martijn está longe de acordar.

Levantei minha dignidade da banqueta da cozinha e vesti algo confortável para correr um pouco lá fora.

Faz muito tempo que eu não me exercito de modo nenhum e como meu amado psicólogo e psiquiatra Dr.Butler já disse, eu corria antes com uma forma de terapia ocupacional, talvez seja bom voltar a correr. 

Vesti uma daquelas calças próprias para correr e uma blusa de manga comprida, ambos bem soltinhos e leves, mas que me protegem do sereno lá fora, está calor mas do lado de fora tem um pouco de neblina e eu não quero ficar resfriada.

Calcei meu tênis de corrida e coloquei minha mochila também para correr, ela é pequenininha e não cabe nada mais que uma garrafa de água, uma toalhinha, meus documentos e meu celular.

Coloquei o fone de ouvido passando pela entrada da mochila e deixei um bilhete para o Martijn avisando que saí para correr e que volto em uma hora.

Saí do apartamento trancando a porta com a chave reserva e deixando a original na fechadura do lado de dentro para o Martijn.

Tive que mandar fazer outra chave desde o ocorrido no dia que cheguei de Amsterdam, por precaução já fiz logo duas cópias.

Saí do hall de entrada do apartamento fechando a porta e comecei a caminhar para aquecer o corpo e passar a correr.

The Pain of Love | Martin Garrix Onde histórias criam vida. Descubra agora