June 29th
Amsterdam, Netherlands
8:16pmPOV Clare
Chegamos duas da manhã em Amsterdam, fui para casa da Anelize, precisava dormir, estava extausta mas eu não preguei os olhos em nenhum momento. Me encontrei com os meninos durante a tarde, pude matar a saudade deles, conversamos por muito tempo e eles tentaram a tarde toda falar com o Martin mas ele só respondeu agora a noite, depois de duas horas insistindo ele finalmente deixou o Louis subir, não falaram sobre mim, não quero fazer supresa nem nada, quero ver como ele realmente está, se tivessem avisado ele teria se preparado e eu não quero que ele se prepare.
A porta está desbloqueada e entre aberta. Louis empurrou a mesma e revelou o apartamento ele deixou passagem para eu entrar e assim eu fiz. As minhas lembranças correndo com a minhas malas por aqui e tentando sair o mais rapido possivel, vieram com tudo.
Estava tudo no mesmo lugar, a porta secreta de madeira do estúdio estava escancarada mas ele não estava ali, mania chata de deixar as portas abertas e as luzes acesas. As cadeiras da enorme mesa preta estavam arrumadas exceto uma que estava puxada. O apartamento não está uma completa bagunça como eu achei que estaria, esta tudo com poeira e só.
- MARTIJN ! - Louis gritou andando em direção aos quartos e eu o segui. - ONDE VOCÊ ESTÁ ?
- Caralho. Da pra parar de gritar ? Eu estou vivo, era só isso ? E por que estamos falando inglês, sabe que eu detesto...- Eu travei onde estava assim que ouvi a voz dele.
Estou parada antes da curva do corredor que leva ao corredor dos quartos, ele ainda não me viu. A voz dele está rouca e ele parece meio alterado.
- Você não esta morto mas está mais que bêbado. Quantas dessa já tomou ? - Louis falou.
- Não interessa quantas eu já tomei e eu não estou bebado.- Escutei um barulho alto.
- Você não consegue nem andar... - Louis disse. Não acredito que ele está assim... - MARTIJN ! - o barulho de algo caindo e outro de algo se espatifando no chão. Entrei no corredor e Martin estava no chão, aparentemente caiu, um aparador que fica no corredor tinha andado um pouco e o vaso de vidro de cima caiu se partindo em milhares de pedaços. - Martijn ! - Louis estava abaixado na altura dele, me agaixei do lado dele para tentar socorre-lo, ele estava com uma camisa branca suja, o cabelo que já estava comprido quando fui embora, agora estava ainda maior e sem formato algum e a barba grande de mais, usava uma calça de moletom cinza e estava descalso, mesmo que estivesse fazendo nove graus lá fora.
- Martin... abre os olhos. - Falei com a mão na cabeça dele. - Vamos, vamos... - Isso já esta me dando um desespero. O pulso está fraco e a respiração rápida, isso significa que ele está bebado e não morrendo.
- Loui onde ele bateu a cabeça ? - Perguntei.
- No armário... mas não foi em cheio... - Ele gaguejou Louis já estava ficando nervoso.
- Martin ? Ei, vamos acorde... - Falei perto do ouvido dele batendo no rosto dele de leve. Coloquei meus dedos nas palpebras dele, preciso ver as pupilas. Quando pensei em abri-las, ele mecheu os olhos e abriu eles devagar. Coloquei a mão no peito e repirei fundo, Louis também. - Martijn... o que está sentindo ?
- Oi meu amor... - Ele sussurrou. Martin nunca me chamou assim, isso dói dentro do meu peito...
- Louis pega gelo por favor ? - Perguntei e ele acentiu. - Oi Martin, o que está sentindo ? - Ele fransiu a testa.
- Estou dormindo ? - Dormindo ? - Você sempre me diz quando estou dormindo... - Como assim eu sempre digo ?
- O que ? Não...
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The Pain of Love | Martin Garrix
Romance-O amor dói. É um fato inquestionavel. Corações se partem durante a jornada tudo que temos que fazer é encontrar alguém no qual as partes se encaixem com as nossas.