July 1st
Amsterdam, NetherlandsPOV Martin.
A claridade das cortinas abertas doeram nos meus olhos. A pior parte de ter olhos claros é ter sensibilidade a claridade.
- Bom dia, dorminhoco... - Clare, estava deitada apoiando a cabeça na mão e aparentemente secando meu sono.
- Bom dia, Amor... - Ela sorriu passando a mão pelo meu rosto, se sentou na cama e se espriguiçou, coloquei minha mão por dentro da blusa curtinha dela e passei minha mão por suas costas. Me inclinei na direção dela e beijei suas costas até a nuca.
- Para de se aproveitar de mim... - Eu ri.
- Não quero não... - Ela riu e eu puxei ela para cima de mim.
- Amor, não... eu tenho que ir trabalhar...
- Fica mais um pouquinho. - Ela acentiu. Espera... Não. - Estou dormindo ?
- Sabe que sim... - Ela sussurrou no meu ouvido. Olhei para ela e ela sorriu. Claro que estou, não seria tão facil assim... - Ela está acordando... - Ela ? - Olha... - Ela virou meu rosto para o outro lado da cama. Clare está deitada se mexendo do meu lado. A Clare de verdade, sem ser a que é fruto da minha imaginação. - Levanta, Martin... vamos... Acorda... - ela falou próximo do meu ouvido. - Acorda... ACORDA AGORA ! - Ela me assustou gritando e fazendo meus tímpanos doerem.
Abri meus olhos e ainda estava escuro diferente do que eu achei que estava, senti um peso no meu peito que subia e descia ofegante, olhei para baixo e Clare estava deitada por cima de mim. Me acalmei imediatamente, achei que ela teria ido embora, ou que tudo não passou de um delírio da minha cabeça. Apertei ela contra mim e ela resmungou, se mexendo um pouquinho. Acho que eu a apertei de mais.
Ela ainda está com raiva de mim e quando acordar não vai querer olhar na minha cara, mas tenho ela até a hora que ela acordar.
Olhei o relógio na mesa de cabiceira, são 2:48 da manhã parece bem frio lá fora. O vidro está úmido por conta da temperatura mais alta aqui dentro, mesmo que o quarto já esteja gelado. O Timer do aquecedor fica ligado, geralmente eu só aqueço o quarto quando vou dormir e depois ele desliga sozinho, então também está bem frio aqui. Posso levantar, aquecer o quarto e voltar a deitar, mas não quero arriscar acorda- la, nem me desfazer desse aconchego em que estamos. Puxei ela com cuidado mais para cima de mim e deixei o rosto dela no meu pescoço e senti o nariz dela gelado, fiquei de lado e senti a perna dela entrar entre as minhas, puxei o edredom até perto das nossas cabeças e ela se aninhou mais contra mim. Rodeei ela com os meus braços e fechei meus olhos para dormir, se ela sair eu vou sentir e não vou deixa-la ir embora.
•••
10:14 am
Não tive mais pesadelos ou sonhos estranhos, dormi bem. Já acordei a meia hora mas não quero levantar. Está tão bom ficar aqui deitado junto com ela. Estamos bem grudadinhos está um delícia, estava com muita saudade disso.
Um celular começou a tocar, Clare se mexeu e virou de costas para mim. Me levantei tentando procurar o tal celular, era o dela, estava tocando na poltrona do quarto e atrapalhando o meu fazer nada junto com a com a dona do telefone.
Era só o alarme, desliguei e coloquei no mesmo lugar. Ela continua dormindo pesado e eu estou morrendo de fome, ficaria mais tempo aqui com ela, mas a minha barriga está roncando. Beijei a cabeça dela e sai do quarto devagar.
É sexta está chuvendo forte lá fora e a sacada está com uma neblina densa. Sentei na cozinha e comi um bolo que tinham deixado pronto aqui, a Ana já chegou com a Marta, o Francis não vem hoje, ele já deixou tudo pronto para hoje e o final de semana e volta na segunda. posso voltar para o quarto e ficar lá até a Clare acordar, mais tenho que continuar meu trabalho para segunda...
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The Pain of Love | Martin Garrix
Romance-O amor dói. É um fato inquestionavel. Corações se partem durante a jornada tudo que temos que fazer é encontrar alguém no qual as partes se encaixem com as nossas.