Capítulo 8 - Espero que ninguém perceba.

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April, 26th. 2022
Upper West Side, Manhattan
7:09am.

POV Clare.

Fui dormir ontem uma hora da manhã, a maior parte do tempo eu fiquei tirando todo aquele iluminador corporal na banheira, sim eu tenho uma banheira, mas não sei se você sabe ter um chuveiro e um box de vidro nos Estados Unidos significa que você é quase rico. Eu até tenho um chuveiro mas ele é a gás e demora um século pra aquecer a água. Voltando ao assunto depois eu tive que lavar e pentear o meu cabelo, por causa do monte de coisa que a Anne passou. Meu cabelo é cacheado, ou seja, eu demorei muito tempo, só pra secar levou quase 40 minutos. Enquanto eu fazia isso eu estava em ligação com a Anne e com o Elliot contando detalhe por detalhe do meu jantar com o Martin, demorei vinte minutos pra explicar a perfeição que foi aquele beijo, sério, foi encaixado, macio e tão tão gostoso. Não vou mentir ele beija muito bem.

Agora aqui estou eu as sete da manhã, sentada na minha bancada da cozinha, com uma caneca de café em mãos esperando minha torrada ficar pronta, com os olhos fechados lembrando daquele beijo. Me assutei com o barulho da torradeira e quase derrubei o café quente. Peguei minhas torradas e sentei no banco acolchoado que fica ao lado da minha janela. Meu apartamento tem duas janelas enormes, uma na sala e outra no meu quarto, ela ocupam quase uma parede inteira e são super difíceis de limpar, mas foi o que fez eu escolher esse apartamento dentro das inumeras opções que eu tinha da universidade. Fiquei ali por bastante tempo lendo, por que quando olhei o relógio eram 8:30.

- Merda. - Me levantei e lavei a minha louça do café, fui para o banheiro e tomei um banho rapido, hoje estava sol e muito quente em Manhattan, precisava de um banho gelado para não derreter lá fora. Tá eu exagerei, está só sol. Saí do banheiro enrrolada na minha toalha. Deixei o meu cabelo solto mesmo ele estava limpo e cheiroso então ele merece esse sol de hoje. Passei um hidratante no meu corpo, fiz minha rotina diária na pele e passei um rimel só pra não dizer que eu não fiz nada. Hoje eu não tenho minhas típicas olheiras, estou de folga depois de muito tempo.

Abri meu closet, entrei no pequeno espaço e procurei por uma roupa fresquinha, acabei pegando um macaquinho branco soltinho, na altura das coxas, com mangas curtas e soltinhas um decote V tranpassado, ele tem pequenos girasóis, menores que a unha do meu dedo mindinho. Eu amo flores amarelas ou brancas, a maioria dos meus vestidos de verão tem florzinhas assim. Coloquei um vans authentic amarelo, tenho um de cada cor, eles são baratos aqui então eu aproveitei pra realizar meu sonho de ter um de cada e a mesma jaqueta jeans até o quadril de sempre. Peguei minha mochila preta e olhei recebi uma mensagem. Martin.

-Estou aqui em baixo.
9:03am
- Estou indo.
9:03am.

Entrei no elevador e logo cheguei no hall de entrada. Martin estava novamente apoiado no carro dessa vez no telefone. Fechei a porta atras de mim e ele desligou a ligação

- Oi. - Disse descendo as escadas.

- Oi, Clare. - Ele falou andando até mim. Me abraçou e deixando um beijo na minha bochecha. - Vamos andando?

- Sim. É logo ali.

- O Taylor vai com a gente mas nem vamos perceber a presença dele lá então poderemos... - Ele falou levantando as sobrancelhas.

- É eu sei, e você fica muito diferente de boné.- Ele estava com um boné bem baixo pra que ninguém reparasse que era ele. Hoje é segunda feira o parque está quase vazio.

- Espero que ninguém perceba. - Ele falou olhando para mim.

- Ninguém consegue ver seus olhos. Eu tô vendo por que mal estou na altura dos seus ombros. - Falei medindo minha altura no obro dele e ele riu.

The Pain of Love | Martin Garrix Onde histórias criam vida. Descubra agora