Capítulo 14- Bom, acho que não tenho nada.

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May 13th
Amsterdam, Netherlands.
8:23 am.

POV Martin.

Dormi tão bem ontem com a Clare que não tinha fuso horário que me atrapalhasse. Tentamos fazer um sexo calmo e devagar mas não conseguimos, quando eu vi ela já estava sentando em mim e eu marcando o corpo dela em todos os centimetros.

Tomei café enquanto ela dormia, e deixei uma mesinha com o café dela na mesa de cabiceira do quarto, deixei também uma mensagem dizendo que tive que sair. Amanhã é meu aniversário e vou fazer uma festa na stmpd, depois do horário de trabalho, estou super ocupado por que decidi de última hora, vou ter que deixar meu tour com ela para depois da festa mas temos um mês ainda para ela conhecer tudo. Chamei alguns Djs, meus amigos, minha família, o pessoal da Stmpd e minha equipe toda, No final deu umas cento e cinquenta pessoas, número que vai no minimo duplicar, afinal, um chama um, outro chama outro e quando vê, quatrocentas pessoas. Entrei em contato com a minha governanta, e pedi que preparasse o cardápio da festa e avisasse ao outros funcionários. Fui para casa, bem depois do almoço.

•••

POV Clare.

Não consegui dormir hoje a noite, quando consegui pregar os olhos já eram seis da manhã, Martin por outro lado estava capotado na cama. Ele levantou cedo e escutei ele deixando o café da manhã no quarto mas estava cansada e desanimada de mais para me levantar. Voltei a dormir vencida pelo cansaço e acordei as dez da manhã. Fiz minha higiene matinal e descobri que Martin voltaria só a tarde. Arrumei a cama e sai do quarto para conhecer esse apartamento. Fui em todos os comodos, todas as salas, cozinhas, sala de cinema, academia, sacadas, quartos, estudio dele mas não fiquei muito tempo por que ele não deve gostar, sala de jogos, piscinas, saunas e decidi dar um mergulho, eu amo nadar, faz tanto tempo que não vou a praia ou mergulho em uma piscina que talvez eu tenha esquecido como se nada. Coloquei um biquini que eu trouxe por precaução e nadei por umas duas horas, em seguida fiquei mofando na sauna, saí dela quando senti fome. Tomei banho e fiz algo para almoçar, espero que ele não se importe. Comi meu omelete com salada e liguei para minha mãe, também respondi as mensagens de Elliot e Anne. Estou deitada no sofa da sala procrastinando e olhando para o teto. Andei até o bar/cozinha perto do estúdio para pegar um copo de água e vi o piano ali moscando. Ele não vai se importar se eu tocar um pouquinho não é...

Deixei o copo na bancada e andei até o piano, ele estava aberto, exibindo as cordas. Me sentei no banco longo, e abri as cifras no celular e comecei a tocar as notas de Für Elise, de Ludwig van Beethoven. Em tradução do bom e velho alemão, " Para Elisa". É uma música dificil, mas já toquei tantas vezes que as notas já fazem parte dos meus dedos. Abri as cifras por que a ultima vez que toquei piano foi na casa da Anne, no natal junto com James. Sinto saudades de James, talvez se tivessimos ido mais a fundo naquela noite, estariamos juntos hoje, ele teria sido um bom namorado ou bom amigo. Sempre que toco piano, penso na vida, essa música em específico, me faz lembrar de momentos muito importantes. Estava desligada do mundo, completamente imersa nos meus pensamentos e na música tanto que não senti nem escutei Martin chegando, senti ele cheirar o meu pescoço e acordei dos meus devaneios em um susto.

- Deus... - levei a mão ao peito parando de tocar. - Eu não percebi você chegando.

- Eu reparei. Gostei de ouvir você tocando. - Ele se sentou no banco. - Beethoven, uma escolha interessante, é bem dificil.

- Já toquei muitas vezes. - Dei de ombros. - E você por onde esteve ?

- Decidi fazer uma festa amanhã, na Stmpd, pro meu aniversário e tive que organizar umas coisas. Desculpa ter deixado você aqui sozinha, mas até amanhã, quando eu for trabalhar eu sou todo seu. - Ele disse me dando um selinho. - Estava pensando em sairmos jantar, o que acha ?

The Pain of Love | Martin Garrix Onde histórias criam vida. Descubra agora