Capítulo 34 - A tão comentada Clare.

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Upper West Side
Manhattan, NY.
August.
9:00am

POV Martijn

Eu definitivamente odeio despertadores. Essa coisa barulhenta tem a única função de fazer meu dia começar da pior forma possível, sendo acordado sem nenhuma delicadeza.

Bati o braço na mesa de cabeceira e peguei o celular da Clara desligando o despertador.

Clare não está mais aqui o que faz eu imaginar todos os lugares onde ela possa estar. Mas o barulho vindo da cozinha e passando através da porta fechada do quarto me mostra que ela se encontra lá.

Me levantei, peguei uma bermuda de moletom na minha mochila e vesti.

Abrindo a porta e saindo do quarto consigo vê-la de pé, de costas para mim, apoiada na pia da cozinha com o celular em uma mão e uma caneca em outra.

Ela tomou um gole do líquido e colocou a caneca sobre a pia.

Andei até ela sem fazer barulho e abracei pelas costas. Ela se virou rápido e se afastou.

- Meu Deus, Martijn. Não... Não me assuste assim!- Franzi o cenho realmente confuso. - Desculpa... - Ela disse colocando a mão na testa. - É que você chegou sem fazer barulho e... Eu... Desculpa.

- Relaxa. Eu que tenho que pedir desculpas, não queria te assustar. Depois de tudo o que aconteceu ontem você ainda deve estar em choque.

- Não... Não precisa. Tá tudo bem... Vamos esquecer isso. Quer saber vamos fazer de novo, ok?

- Como assim?

- É... Volta lá para o corredor e me abraça de novo. Eu amo quando faz isso. - Eu ri e ela sorriu.

- Tá falando sério?

- Sim, seríssimo. Vai Martijn.

- Ok! - Levantei as mãos rendido e voltei para o corredor. - Tá pronta? - Falei rindo e ela riu de volta.

- Calma eu vou virar de costas. Agora sim. - Ela disse rindo.

Andei de volta até ela e abracei de costas cheirando seu pescoço ao mesmo tempo. Suas mãos deslizaram sobre meus braços e sua cabeça caiu no meu ombro.

- Bom dia. - Falei e ela riu.

- Bom dia, meu amor. - Ela se soltou virando para mim e abraçou meu pescoço com cuidado. - Bem melhor agora não é?

- Sim, com certeza. - Ela me deu um selinho. Eu dei outro e afastei um pouco o rosto.

Hoje ela aprece melhor. Um pouco mas brincalhona, mas as marcas físicas, de seja lá o que ela nunca me fala que está passando, ainda se fazem presente.

- Vai querer café? - Acenti ainda abraçado com ela.

- E você já comeu alguma coisa ou só tomou café? - Ela me deu a língua. - Tem que parar com essa mania. Não dá para viver a base de café, e você sabe disso. - Nesses dias aqui em Nova York, consigo ver o quanto a Clare perdeu peso. Seu rosto está levemente mais fino, as calças um tantinho mais largas, os olhos mais fundos, mais cansados. - Você sempre fala que eu tenho que me alimentar bem, mas você mesmo nunca segue suas regras.

- Mal dos médicos. - Ela disse sorrindo. - Não estou com fome.

- Mas vai comer alguma coisa sim.

- Martijn, não aja como se fosse a minha mãe. - Ela disse e riu. - Vai querer torradas?

- Sim. Mas só se você também comer.

- Ok, eu como. - Ela revirou os olhos.

- Revirar os olhos é falta de educação. - Falei pela milionésima vez. Ela nunca me escuta, realmente não sei por que eu tento.

The Pain of Love | Martin Garrix Onde histórias criam vida. Descubra agora