Paris, França
POV Martijn
Desci os degraus nos fundos do set logo após me despedir do público, e já dei de cara com o Jacob me filmando sair do palco. A apresentação foi ótima, a plateia estava vibrante e senti a boa energia deles me invadir positivamente desde quando cheguei, mesmo quando ainda estava sentado no camarim conversando com a equipe de vídeo.
A nova temporada do documentário voltou a ser gravada, não tudo, apenas alguns takes, pretendemos voltar a gravar integralmente no ano que vem, mas concordamos meses atrás que seria bom ter alguns takes sobre a metade desse ano em diante.
- Como foi? - Watse me perguntou pondo uma garrafa de água na minha mão. Ele sorria como se nada estive errado com essa situação em geral. Eu, fiz o mesmo.
- Eletrizante! - Fui cumprimentado e parabenizado pelo show como frequentemente acontece e caminhei com toda a equipe pelos corredores até o camarim.
Queria estar caminhando até o carro... Mas não vai acontecer, não por agora.
Normalmente eu adoraria esse momento de interação entre os promotores do evento, meus amigos e outros artistas, Porém hoje, eu não estou nem um pouco animado. A cada segundo meus pensamentos se direcionam para a Claire... Em qual será seu estado nesse momento.
Mas tenho que participar disso de qualquer forma, sou pessoa pública, um popstar, não tenho vontade própria, desejos, nem limites a serem respeitados.
Watse que a segundos atrás estava na minha cola, agora não está mais.
É claro que ele não está. A verdade é que ele está me evitando, desde o inicio dessa viagem, a discussão que tive com ele foi horrível, com nunca tivemos a antes.
Quando cheguei ao camarim fui cercado de pessoas e tive que me manter sociável e feliz mesmo estando internamente dilacerado.
Do outro lado da sala, Louis me observa e ao encontrar meus olhos com os dele o recado já fica claro. Ele anda até mim e se aproxima em um abraço.
- Tem notícias dela? - Sou o primeiro a falar.
- Anne disse que ela está dormindo, ainda sobre efeito dos sedativos. - Nos afastamos e eu acenei positivamente com a cabeça. - Ainda não descobriram de onde veio a febre, mas suspeitam que seja dos pulmões... - Louis se afastou silenciosamente e sem maiores explicações.
Acenti e senti uma mão no meu ombro.
- Eu sei que está todo mundo muito animado, mas já está na hora de ir... - Ellie disse a todos e eu acenti. Finalmente.
Alguém teve o trabalho de recolher minha mochila e depois das despedidas o caminho seguiu silencioso até o carro.
Apenas Louis me acompanhou no banco de trás, Joe estava no volante, e se mantém em silêncio até que a porta do meu amigo se fechasse.
- Quando ela te informou sobre? - Louis afivelou o cinto e entramos em movimento.
- Faz uma hora. Está esperando o resultados dos exames mas ela ainda está dormindo.
- É melhor assim... - Respirei fundo e passei as mãos pelo cabelo. - Ela precisa melhorar logo...
- Ela vai melhorar, a febre abaixou, algumas horas em observação e logo ela estará em casa.
- Foi uma péssima ideia, traze-la nessa viagem. - Falei pegando meu celular e desbloqueando a tela que continha uma foto nossa no fundo.
Mantive o celular em "não pertube" afim de ignorar toda e qualquer chamada telefônica do meu avô.
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The Pain of Love | Martin Garrix
Romance-O amor dói. É um fato inquestionavel. Corações se partem durante a jornada tudo que temos que fazer é encontrar alguém no qual as partes se encaixem com as nossas.