Capítulo 41- Ist eine Hündin.

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Amsterdam, Netherlands
1:20 Am

POV Clare

Eu não consigo dormir. Não sei se é o fuso horário, a falta dos meus remédios, a ausência do Martijn na cama ou por que não consigo parar de pensar nesse jantar por um segundo se quer.

ist eine Hündin

ist eine Hündin

É uma puta.


FLASHBACK ON

Ele jogou o vaso no chão, perto dos meus pés. Estou de sapatos fechados e não corro o risco de me cortar, mas olha o que ele está fazendo!

— QUE DROGA, MARK. OLHA O QUE FEZ!

—OLHE O QUE EU FIZ? E O QUE VOCÊ FEZ, GRACINHA?

— Já disse que não aconteceu nada. Ele só me ajudou com o cadarço por que eu estava com as mãos ocupadas, Mark!

— Não vem com essa pra cima de mim Clara! Eu não nasci ontem!

— O que você acha que poderia ter de tão errado! Me diga! Eu não sinceramente não sei. — Dei as costas para ele e andei até o meu celular.

— Do jeito que ele tava abaixado e... Cacete olha o tamanho desse vestido! Olhe o que está vestindo Clara, por favor. — Tudo isso por um vestido. Olhei o horário no meu celular. 1:15 da manhã.

— O que tem de mais? É só um vestido! MAS QUE DROGA!

— Se ele quisesse conseguia ver sua calcinha! Mas parece que você não se importa não é mesmo!?  — Anne começou a me ligar e ele pegou o celular da minha mão jogando na parede. — OLHA PRA MIM QUANDO EU ESTIVER FALANDO COM VOCÊ!

Fiquei estagnada enquanto ele gritava. Ele parece tanto com o meu pai agora, só me dá vontade de sair correndo daqui. Respirei fundo contendo as lágrimas.

— Mark, pela última vez. Meu vestido não dá pra ver nada. Se desse eu jamais teria aceitado ajuda com o cadarço do sapato! Você sabe disso!

— Não Clara, eu não sei!

— Como assim não sabe? Acha que eu me ofereceria dessa forma?

— Sinceramente?! ACHO CLARA, EU ACHO! Olha como se veste sempre que saimos!

— O que...

— Parece que eu sou o único pra quem você não abre a porra das pernas, Clara! — Agora foi de mais. Olhei sério para ele tentando perceber se foi realmente isso que ele disse.

— VOCÊ É UM IDIOTA! UM BABACA... — Peguei minha bolsa e meu celular do chão da sala. Que ótimo, ele quebrou a minha tela. — TALVEZ EU REALMENTE DEVESSE ABRIR AS PERNAS PARA QUALQUER UM COMO VOCE AMA DIZER QUE EU FAÇO. — Caminhei pela sala e passei por ele andando até o corredor que levava a sala de TV. Deixei meu carregador em algum lugar aqui.

— Clara! Não sai andando assim! Estou falando com você! — Estou cheia de raiva. Virei de frente para ele com o carregador em mãos  que acabei de pegar da tomada ao meu lado.

— Eu te odeio, Mark. É isso! Te odeio! Maldita hora que decidi me relacionar com você. — virei de costas para ele andando em direção ao centro da sala. —  TALVEZ EU DEVESSE TER TRANSADO COM ELE QUANDO ELE ME OFERECEU... — Senti um baque no meu corpo. Fui jogada para frente quando estava com o pé no primeiro dos três degraus que levava ao centro da sala. 

The Pain of Love | Martin Garrix Onde histórias criam vida. Descubra agora