April 16th
Upper West side
Manhattan, New York.
8:30amPOV Claire.
Cheguei de carona com Elliot a exatos cinco minutos. Bati ponto e agora estou no vestiário colocando o meu uniforme.
Amarrei meu All-Star branco nos pés e pensei na péssima ideia que foi vir com eles. Eu teria trago algo mais confortável se eu não estivesse com uma dor de cabeça insuportável e se lembrasse que o meu tênis de corrida estava ao lado da porta.
Eu sabia que era uma má ideia tomar vinho na noite passada mas foi tentador. Fiz uma maquiagem saudável por que como eu já disse, as pessoas não confiam em médicos que parecem cansados.
Tinha lavado meu cabelo ontem durante a ligação com a Anne, antes de todos entrarem na chamada, então achei justo prender só a parte da frente para trabalhar hoje. Não que eu já não faça isso, mas hoje meu cabelo estava muito cheiroso.
Algo em mim tem que estar menos deplorável, do que meu estado geral...
Coloquei meus óculos para evitar que a dor de cabeça aumente.
Andei até o refeitório e tomei um café expresso e peguei o café do Martin. Depois fui ver meu paciente que deixará de ser meu paciente hoje.
Estava andando em direção ao elevador quando o meu pesadelo, chamado George Thomas, começou a andar ao meu lado no corredor de vidro do hospital, esse corredor fica suspenso sobre uma avenida. Foi uma forma de conectar os dois prédios diferentes, Chamamos um lado de Cornell e outro de Columbia. Nomes das universidades responsáveis pelo hospital escola.
- Dra.Rodrigues. Bom dia. - Revirei os olhos.
- Bom dia, Dr.Thomas. - Falei com o total de zero paciência.
- Hoje é um belo dia, não é Dra.Clara... - Olhei para a rua e me deparei com um dia nublado horrível que me faz ter ainda mais dor de cabeça. Voltei meu olhar para o Dr.Thomas.
- Ah sim, está bem... feliz. - Falei séria.
- Gostaria de acompanha-la mas não posso doutora. Tenho uma cirugia. - Não que eu me importe...
- Ok, com licença.- Disse e virei para a esquerda, lado oposto do dele e entrei no elevador.
Cheguei a calmaria do oitavo andar e andei até o corredor do Martin.
Quis fazer diferente hoje e dei duas batidas na porta com mais brutalidade, eu tenho certeza que ele não vai achar que sou eu.
- Pode entrar. - Abri a porta e ele sorriu ao me ver. - Não achei que era você, fiquei com medo de que não viesse.
- Eu disse que viria. - Falei com um sorriso amigavél.- E como está se sentindo? Ansioso?
- Bem e não estou ansioso. - Falou respirando fundo.
- Trouxe o seu café. - Falei colocando a bandeja na mesa. - Tem uma coisa aqui pra você, eu peguei do refeitório dos médicos, mas é segredo. - Falei levantando o aço inox que cobria a refeição e revelando ovos com torradas e manteiga. Era pouco, ele não podia comer muita gordura mas a comida dos pacientes não é muito agradável, ele reagiu bem depois da cirurgia, pensei que um pouco de glúten e mantega levantaria o animo dele.
- Claire, você é incrivel. - Falou fechando os olhos e pegando um pouco dos ovos e comeu com a torrada. - Só falta o bacon agora...
- Nada de bacon ou comida remosa, como qualquer carne de porco até que os pontos caiam, vai demorar mais ou menos uns 10 dias. Se você comer antes vai infeccionar o seu corte. - Falei sério e ele revirou os olhos. - É sério Martijn.
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The Pain of Love | Martin Garrix
Romance-O amor dói. É um fato inquestionavel. Corações se partem durante a jornada tudo que temos que fazer é encontrar alguém no qual as partes se encaixem com as nossas.