Capitulo 5- Querer não é poder.

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15th, April.
Manhattan, New York.
New York- Presbyterian hospital.
00:00pm

POV Martijn

- Pode entrar, Claire. - falei e ela girou maçaneta abrindo a porta e colocando a cabeça para dentro.

- Oi... Desculpa se te acordei... Acho que esqueci meu celular aqui. - Levantei o aparelho e ela sorriu. - Obrigada. - Ela caminhou até mim e pode sentir um cheiro de amendoas que vinha dela. Provavelmente ela tomou banho. O cabelo dela, desta vez, se desfez das tranças e estava preso em um coque apressado, por um lápis.

- De nada. - Falei pra ela que pegava o celular da minha mão.- Conseguiu reservar a sua cama? - Perguntei.

- Não, mas não tem problema. - Ela ficou um pouco cabisbaixa.

- Dorme aqui. - Falei sem pensar duas vezes. - É que tem uma outra cama aqui, sabe... No sofá... Bom claro que você sabe? - Por que eu estou me enrolando tanto? — Você mesma disse que vai ter que me observar a noite. - Ela pareceu pensar

- Não sei se é uma boa ideia... - Falou com receio.

- É melhor do que dormir em uma cadeira ou não dormir. - Parece que eu acertei o que ela iria fazer.

— Isso seria tão antiético...

— Ninguém precisa saber. Vai ser um segredo nosso. Um segredo de amigos.

— Martijn...

— Estou falando sério. É o melhor para nós dois. — Ela pensou.

- Ok, mas é só por hoje, prometo. - Falou já se dirigindo ao sofá cama. Ela montou e saiu dizendo que iria pegar as roupas de cama.

Alguns muitos depois ela voltou com um travisseiro e o que parecia ser um lençol e um cobertor. Arrumou a cama e eu apenas a observei.

Ela colocou o celular no carregador, tirou os sapatos croocs, que provavelmente colocou depois que tomou o seu suposto banho e os guardou em baixo da cama.

Retirou o jaleco o colocando dobrado em cima da mesa,  retirando apenas os óculos e um aparelho pequeno e preto que parecia um pequeno tablet.

— Se incomoda de eu tirar a blusa do meu uniforme? Estou com uma por baixo. — Perguntou, mostrando os braços cobertos. Demorei para responder por estar hipnotizado por sua rotina noturna. — Quer saber? Tudo bem... Eu posso pegar um novo amanhã.

— Não! Desculpa... Não me incomodo, deve ser horrível dormir com duas camisetas. Sorri.

Ela retirou a camisa azul claro do seu uniforme ficando apenas com uma azul escuro de mangas compridas bem justa ao corpo.

Revelando o desenho da cintura, o quadril tambem bem desenhado e de lado pude ver o volume da sua bunda na calça, bem redonda e grande... Eu definitivamente preciso conseguir sair com ela...

Desviei o olhar até que ela se sentasse.

Ela logo se deitou na cama de barriga para cima. Puxou o cobertor até altura dos seios, sacou o pequeno "tablet" novamente e o ligou.

- O que é isso ? - Perguntei apontando para o aparelho.

- Um Kindle Paper White. É pra ler. - Falou e eu acenti com a cabeça.

- Pensei que você fosse daquelas que gosta de ler livros físicos. - Eu realmente achava isso.

- E eu gosto, mas são muito caros.

- Entendo, mas tipo você é médica achei que médicos fossem ricos. - Disse ela riu.

- Não. Não todos na verdade. A maioria vai ser endividada por empréstimos estudantis. — Nos rimos. —  Mas é o que a maioria acha. - Falou rindo. —  Eu sou interna, então ganho menos da metade de um salário médio.

The Pain of Love | Martin Garrix Onde histórias criam vida. Descubra agora