|36| Trente-six

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🚫  atenção 🚫

Capítulo com alerta de gatilhos!

Contém: Violência, agressão física e verbal, e cenas com sangue. Caso seja sensível a esse tipo de leitura, não se force a continuar 💙

Boa leitura

Jimin finalizava um resumo sobre cinesiologia e biomecânica dos movimentos, enquanto tinha os olhos vidrados em seu computador.

Suspirou, estava exausto. O trabalho e o curso superior estavam sugando quase que completamente as suas energias, mas também estava ansioso, pois terminava logo aquilo, esperando ela chegar.

Lucy havia ligado para si horas mais cedo, avisando que ele não precisaria buscá-la na estação, pois seu pai faria isso e eles iriam direto para o mercado.

Ficou triste, admitia. Adorava buscá-la e sentir a euforia de quando se viam, com a saudade no pico, e com os beijos que pareciam sempre os melhores de sua vida.

Fechou o notebook e deixou-o no canto. Precisava respirar um pouco. Passou os olhos ao redor, vendo seus skates quase empoeirados, pois quase não os usava quando não eram apenas utilizados para ir trabalhar, e viu seu violão ao lado, coberto pela capa que fazia meses que não era sequer aberta.

Por fim, buscou-o, soprando a poeira sobre e a abriu. Não era um violão da melhor qualidade, disso ele sabia. Mas havia sido um presente de sua mãe quando completou seus quinze anos, e adora tocar, mesmo que não soubesse totalmente como se tocava as notas corretamente.

Apoiou o instrumento sobre as coxas, tocando as cordas desafinadas. Franziu o nariz com o som desorganizado que aquilo causou. Tentou afiná-lo, mas mesmo se estivesse no mais perfeito afinamento, com certeza o problema do som ruim eram seus dedos sem coordenação.

ㅡ Filho? ㅡ Roseanne chamou do começo da escada.

O garoto abandonou o instrumento sobre a cama e foi de encontro a mãe. O cheiro de Kimchi, junto a carne assada e legumes cozidos, fez o garoto sorrir. A mãe acabava de pôr a mesa para o almoço.

ㅡ Lave as mãos. ㅡ avisou antes que ele apenas sentasse à mesa.

O ideal seria subir até seu banheiro, ou ir ao menos até o lavabo no final da casa, mas o Park sentia a barriga roncar, então, mesmo sob o olhar desaprovador de sua mãe, foi até o balcão da cozinha e lavou as mãos ali mesmo, depositando um pouco de detergente para pratos para fazer espuma.

ㅡ Você não toma jeito, não é? ㅡ a mais velha reclamou, negando.

ㅡ Qual é, mãe, 'tá limpo, viu? ㅡ ergueu as mãos molhadas, sorrindo.

Rosé apenas negou outra vez, sentando-se à mesa por fim. Jimin enxugou as palmas com o pano para pratos e sentou-se ao lado da mulher, servindo os copos com suco, enquanto sua mãe servia as porções de arroz.

ㅡ Lucy vem hoje? ㅡ perguntou entregando o prato ao filho. Jimin assentiu, buscando um grande pedaço de carne e buscou um pouco de Kimchi também. ㅡ Talvez eu não durma em casa hoje, então tenham juízo, ok?

ㅡ Para aonde irá? ㅡ perguntou, iniciando a comer.

ㅡ Não te interessa, oras. ㅡ riu olhando-o. ㅡ sou adulta.

ㅡ Mas é minha mãe. ㅡ arqueou as sobrancelhas.

ㅡ Você é praticamente um adulto também, em menos de seis meses terá maior idade, então vê se me erra.

Meu nome é Lucy - Jikook 🏳️‍⚧️Onde histórias criam vida. Descubra agora