Taehyung ouvia o choro da melhor amiga intercalar com os zumbidos que apareciam quando seus olhos fitava os pulsos marcados dela.
ㅡ Sungwon está aqui. Ele tentou me beijar, ele... ele me segurou e me deitou na cama, ele... oppa, ele tentou me beijar ㅡ Lucy falou tremendo, ainda buscando auxílio nos braços do melhor amigo. ㅡ por favor, por favor. Ele quer me tocar, ele quer-
Taehyung a abraçou com firmeza, fazendo-a cessar as palavras assustadas e entrecortadas quando o choro foi tudo o que a tomou, afundando ainda mais o rosto molhado sobre seu peito.
Mas o coração de Taehyung estava acelerado. Seu cerne, sangue e derme ferviam.
Eunwoo retornou, tremendo, um pouco assustado, não entendia o que acontecia. Segurava firme o copo com água que havia buscado e sentou ao lado de Lucy, alguns palmos de distância afastado e ergueu-lhe o recipiente.
A garota fungou, buscando-o e agradecendo-o baixinho.
ㅡ Eunwoo, você pode... ㅡ Taehyung respirou fundo, tentando se controlar outra vez. Entretanto, seus ouvidos capturou os sons vindo do lado de fora, e seus instintos logo lhe alertaram, colocando-o de pé no mesmo segundo.
ㅡ Oppa, deixa isso pra lá. ㅡ Lucy pediu, com raiva de si mesma por ser tão medrosa, mas realmente assustada com o que Sungwon ainda poderia lhe fazer.
ㅡ Eunwoo, você... ㅡ e a frase não precisou ser findada. Cha Eunwoo assentiu, dando-lhe a certeza que protegeria Lucy no segundo que a porta fosse aberta.
Taehyung deu passos pesados até ali.
ㅡ Tae-ah! ㅡ Lucy chamou, ainda mais assustada.
Mas Taehyung, pela primeira vez em sua vida, não a ouviu.
No segundo em que a porta foi aberta, os olhos do Kim percorreram pelas diversas pessoas no corredor. No fim, lá estava.
Os punhos de Taehyung cerraram.
ㅡ Onde está ele? ㅡ Sungwon perguntou, ainda com as mãos sobre os olhos, tendo sua visão embaçada. ㅡ aquele filho da puta quis me cegar!
O Kim respirou fundo no segundo em que parou de frente a Sungwon.
O outro ergueu o rosto, e no segundo seguinte sentiu o peso do soco do Kim.
Sungwon cambaleou para trás, a ardência foi imediata.
Taehyung aproximou-se e lhe deu outro soco. E outro e outro, até que Sungwon estivesse no chão, rendido, assustado, e completamente sem defesa.
ㅡ Eu vou chamar a polícia! ㅡ gritou do chão, arrastando-se para alguns metros longe do Kim.
ㅡ Não seja por isso. ㅡ Taehyung sacudiu a mão, sentindo os nós dos dedos latejarem. ㅡ eu mesmo chamo. ㅡ buscou o celular digitando o número da polícia.
ㅡ Mas que bagunça é essa? ㅡ a coordenadora apareceu naquele andar, sendo seguido por dois seguranças e alguns alunos. ㅡ porque estão brigando?
A mulher olhou para Sungwon, assustando-se ao ver o sangue descer pelo supercílio dele rasgado. Olhou para Taehyung, mortificada, mas arregalou os olhos ao ouvir o Kim ao celular.
ㅡ Alô? Me chamo Kim Taehyung e preciso de uma viatura da polícia na universidade nacional de Seul, prédio C, bloco três, dormitório masculino. ㅡ uma pausa foi feita, os olhos de Taehyung encararam a coordenadora com raiva. ㅡ quero fazer uma denuncia de assédio e importunação sexual. Um aluno tentou forçar uma aluna no seu próprio quarto. Estou com a vítima bastante abalada comigo, mas o agressor ainda está aqui, não irei deixar que fuja. Por favor, venham com pressa.
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Meu nome é Lucy - Jikook 🏳️⚧️
Fanfiction[Concluída] Jeon Lucy nunca foi um garoto. Vivendo presa como um pássaro em gaiola dentro de seu próprio corpo, a garota tinha a sensação de sufocamento todas às vezes que ouvia lhe chamarem por Jeon Jungkook. Sentia-se constantemente triste por nã...