Capítulo 26

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Aurie Singer pov's
-Ela parecia falar a verdade. Considerando que ela foi "fantasmorta". -Dean fala.

-Morta por quem? Whitman Van Ness? -Sam fala.

-Ótimo. Sabemos quais ossos salgar e queimar agora. Vamos. -começo a andar em direção a saída e eles vem atrás de mim.

Entramos no carro e estávamos voltando em direção ao centro da cidade, enquanto Sam procurava o lugar onde Whitman foi enterrado.

-Vamos nessa. Cemitério da periferia da cidade. -Sam lê o artigo pelo celular. -A família Van Ness tem seu próprio mausoléu.

-É um povo mais entranho que o outro, fala sério. -comento.

-Vamos tacar fogo no desgraçado e acabar com ele. -Dean fala e começa a acelerar o carro em uma velocidade muito alta.

-Ai Dean, não precisa correr. -falo.

-Não sou eu não. -ele fala e olha para o Sam. Dean começa a "brigar" com o volante para não perder o controle e logo Whitman aparece entre os meninos puxando o volante para o carro perder o controle. -SAM!

-Puxa o freio de mão. -falo e Sam o puxa. Descemos correndo o carro.

-Por que ele está aqui com a gente? -Sam pergunta.

-Sei lá. Deve ter alguma coisa em nós. -Dean fala e começamos a procurar em nossos bolsos.

-Ei! Ei! -Sam chama nossa atenção e mostra uma chave que estava no bolso dele. Ele joga a chave em minha direção e eu jogo no chão e Dean atira nela fazendo Whitman voltar para a mansão, provavelmente.

-Deu certo? Isso acabou com ele? -Sam pergunta eufórico.

-Não sei, acho que só o mandamos de volta para a casa favorita dele. -Dean responde.

-Onde Annie é o alvo perfeito. Precisamos encontrar os ossos agora! -falo e voltamos correndo para o carro em direção ao cemitério.
Chegamos no cemitério e fomos rapidamente em direção onde os ossos dele estão. Desenterramos e logo jogamos sal e o fogo.

-Será que agora acabou? -pergunto enquanto assistíamos os ossos queimarem.

-É o que vamos descobrir. -Dean fala e voltamos para a Mansão.

quebra de tempo...

Descemos do carro, pegamos nossas lanternas e fomos em direção a casa. Entro mas logo em seguida travo não acreditando no que estou vendo a minha frente. Os meninos percebem que eu travei e olhem na direção.

-Oi, crianças. -Bobby fala, ou o espírito dele fala. Não sei ao certo.

-Pai? -pergunto incrédula.

-Não acredito... -Dean comenta baixinho.

-Espera ai, podem me ver? -ninguém consegue responder nada. -Vocês estão me encarando. Annie também está aqui. -nós três olhamos para o lado e depois cumprimentamos a Annie.

-Oi, Annie. -falamos juntos. As vezes nós três parecemos crianças.

-Ela disse que são mais feios do que ela lembrava. -meu pai fala e dou um sorriso, pelo visto ele não perdeu o senso de humor.

-Pai... como ficou aqui? -pergunto.

-Tá bem, espera. -ele anda até um criado mudo e abre uma das gavetas revelando o cantil que Dean estava carregando pra cima e pra baixo nos últimos dias. Ele joga na minha direção e eu o seguro.

-Por isso você nunca me respondeu. -Sam começa a falar. -Eu tentei chamar você com o tabuleiro Ouija, nada funcionava. Mas estava sempre só.

-E o Dean estava com o cantil no bolso. -concluo. -Por isso o aparelho disparava toda hora. E a gente achava que estávamos ficando doido.

-Mas Bobby, o que aconteceu? Você ficou preso? -Dean pergunta sério.

-É que eu quis ficar. -meu pai responde simples. Mesmo que eu o ame muito e que eu sinto a falta dele, ele não deveria ter feito isso. Sabe se lá alguma coisa acontece e ele se torna um espírito vingativo.

-Pai...

-Eu preciso ajudar vocês, filha. -ele me interrompe.

-Não se isso significar que você vai ficar assim. -falo com um nó na garganta.

-A vida não era fácil. Por que a morte deveria ser? -ele faz uma pergunta retórica. -Agora vamos. Annie e eu achamos todos os corpos, vamos dar descanso a eles. E manter a minha garrafa longe do fogo. Obviamente. -ele se refere ao cantil que estava segurando e olho em direção a minha mão. Sam vai subindo as escadas atrás do meu pai e eu continuo travada. Dean começa a andar mas percebe que não sai do lugar e vem até mim.

-Aurie... -ele coloca a mão no meu rosto.

-Talvez eu esteja sendo muito egoísta, mas Dean... ele não deveria ter ficado, ele poderia... sei lá, estar no paraíso dele, talvez. Não aqui. -falo perplexa e Dean me escuta. -Já percebeu que todos aqueles acontecimentos "estranhos" era ele. Sua cerveja, se bebeu "sozinha". Aquele dia que passamos juntos procurando alguém pra ajudar o Sam, quando a agenda dele caiu "sozinha" do meio da mesa. Hoje ainda mais cedo, quando escutei "alguém" chamar meu nome nessa casa. Era sempre ele, ele estava sempre aqui.

-Vamos resolver isso juntos, tá bom? -Dean fala. -Como sempre fizemos. Vamos tentar entender o que está realmente rolando, e na hora que tudo isso acabar, talvez ele consiga descansar de verdade. Só vamos ficar juntos e segurar essa onda juntos. Ok?

-Ok. -falo e seguro sua mão que estava no meu rosto.

-Como eu já disse, vou estar aqui pra você, Aurie. Sempre que você precisar. -ele fala e beija minha testa.

-Ai, vocês não vem? -Sam pergunta do topo da escada e fomos em direção a ele.
Queimamos todos os corpos e agora estamos guardando nossas coisas no porta malas do carro.

-Vou sentir falta. -meu pai fala sobre a Annie.

-Nos também. -Dean responde.

-A Annie... teve um funeral de caçadora que queria. -começo. -Tipo que aqueles que fizemos pra você.

-Aurie... -Sam me chama.

-O que você estava pensando, pai? -ignoro Sam. -Você podia estar no seu paraíso agora, fazendo sabe sei lá o que. Junto com o Rufus. Não preso aqui.

-Preso aqui com vocês? Preso aqui com a minha única filha? -ele me interrompe. -Ainda tempos trabalho a fazer. Eu só achei que era importante, Aurie.

-Isso não é certo, pai. -acho que nem quando ele era realmente vivo tivemos uma conversa tão séria quanto essa.

-Desculpe, você tem razão. O que eu estava pensando? -ele fala e "some". Deixo uma lágrima escorrer e rapidamente limpo para os meninos não verem. Jogo o cantil no porta malas e Dean o fecha. Entramos no carro e seguimos viagem, nem sei pra onde e nem quero saber. Aconteceu muita coisa hoje e as vezes eu me pergunto como seria se a minha vida fosse "normal". Talvez sem monstros, sem espírito. Será que tudo isso seria mais fácil?




Continua...

A vida "normal" de Aurie Singer.Onde histórias criam vida. Descubra agora