Capítulo 3

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Enid, Oregon

Duas semanas depois...

Aurie Singer pov's

-Como assim você tem que ir? -pergunto ao Dean que estava arrumando suas coisas no quarto do motel de onde estamos. Duas semanas tinham se passado desde que Kevin tinha ido embora e estamos em uma procura constante atrás dele. Mas como ele não é bobo nem nada, ele nos deixou cheios de pistas falsas.

Dean estava cada vez mais estranho, toda vez que seu celular tocava, ele sempre se afasta para atender ou dá alguma desculpa pra ficar sozinho. E foi exatamente o que aconteceu agora, Dean recebeu uma ligação e saiu do quarto para atender e quando voltou, começou com esse negócio de que ele tem que ir.

-Qual palavra você não entendeu, Aurie? -ele se vira pra mim.

-Nós estamos em um caso, Dean. -Sam fala. -Lembra? Um caso em que vamos fechar a as portas do inferno pra sempre?

-É claro. Mas pra fecharmos a porta do inferno, precisamos do profeta. -Dean começa. -Primeiro passo: achar Kevin Tran. Só que ele não está aqui. -ele fala e sai do quarto.

-Você não pode estar falando sério. -falo enquanto sigo ele para fora do quarto, Sam e Abu vem atrás da gente.

-Vocês tem pesquisa a fazer e eu tenho que resolver um negócio pessoal.

-Como assim pessoal? -pergunto. Estou me sentindo até uma criança de oito que pergunta tudo.

-Vem cá, Aurie. Você teve um derrame, foi? -ele fala e eu reviro os olhos. -Vocabulário. PESSOAL. -ele aumenta o tom de voz e Abu começa a latir. -Tipo, só meu. Adulto e pessoal.

-Tá, tanto faz. Eu estou pouco me fudendo para o que você vai fazer, Dean. -começo a andar em direção ao quarto e ele me chama de volta. -O que foi? -pergunto seca.

-Leva o Abu junto com você. -ele aponta para o cachorro que estava sentado em frente a porta do motorista. -Não quero ninguém me impedindo.

-Abu, vem. -chamo o cachorro mas ele continua parado. -Abu, vamos. -ele finalmente vem em minha direção. Entro no quarto e me jogo na cama. O que diabos está acontecendo com o Dean? Fala sério, eu e o Sam só queremos ajudar. Mas pelo visto, ele deve ter alguém mais importante com ele. Escuto Sam e Dean discutir lá fora ainda e decido ir tomar um banho pra esfriar a cabeça. Coloco ração para o Abu que vai comer e entro no banho.

Depois de um tempo, saio do banheiro e encontro Sam sentado perto da mesa que tinha no quarto enquanto pesquisava as sobre o Kevin.

-Conseguiu alguma coisa, Sammy? -pergunto enquanto ando até a minha mochila e pego o meu notebook.

-Não, nada até agora. -ele responde e coça os olhos. -Eu vou buscar alguma coisa pra comer, você quer? -ele se levanta da cadeira.

-Claro. -respondo e em seguida ele sai do quarto. Continuo a procura por Kevin e escuto Abu soltar um chorinho, ele estava deitado em frente a porta, desde que Dean foi resolver seu negócio pessoal, Abu ficou assim. -Ei, vem cá. -bato na cama e ele sobe ali. -O que foi, ein? -faço carinho no rostinho dele, e sim, eu converso com ele como se fosse me entender. -Sabe, Abu. Meu pai amaria te conhecer, ele certamente ficaria um pouco bravo por eu ter adotado um cachorro um pouquinho grande demais, mas ele ia te amar. -falo e Abu me olha como se estivesse me entendendo. -Castiel também ia gostar de você, tudo bem que ele queria um gato. -Abu vira um pouco a cabeça como se estivesse se sentindo ofendido. -Mas ainda sim ele ia gostar de você. Até o Dean gostou, andou no Impala, coisas que poucos conseguem, ein. -ele se deita ali ao meu lado e fica quietinho enquanto volto a pesquisar as coisas do Kevin.

Logo Sam chega e comemos a comida que ele trouxe, depois de algum tempo de pesquisa pegamos no sono.


quebra de tempo...

Passamos literalmente o dia pesquisando e nada de encontrar Kevin, eu e Sam revezávamos pra ir pegar comida, as vezes a gente fazia um pausa ali e aqui e logo voltávamos a pesquisar.

-Ei, Aurie. -Sam me chama. -Olha isso. -ando até o Sam que estava sentado na cama.

-Encontrou algo? -pergunto e me sento ao seu lado.

-Quase isso. -ele começa. -Consegui rastrear o último lugar em que o Kevin possa ter usado o cartão de crédito dele. Foi em uma cidade vizinha de onde tem a casa dele.

-Você acha que pode significar alguma coisa? -pergunto. -Porque pelo visto ele está conseguindo enganar a gente direitinho.

-É a única coisa que conseguimos. -ele dá de ombros.

-Tudo bem, eu vou ligar para o Dean. -ando de volta até a mesa e pego meu celular discando o número, o único problema, é que aquele infeliz não atende.

Sam tenta ligar também e nada. Ótimo, quando mais precisamos dele, ele resolve sumir, um dia ele ainda vai levar um soco.

Depois de uns dez minutos, meu celular toca e vejo no visor que era o Dean, atendo e coloco no viva-voz para o Dean escutar também.

-Dean. -o chamo.

-Oi, o que foi? -escuto ele sussurrar do outro lado da linha. Que porra ele está fazendo?

-O quê?

-Por que você me ligou?

-Por que você está sussurrando?

-É meio difícil de explicar. -ele começa. -Eu estou fazendo uma faxina em um ninho de vampiro e a chapa está esquentando pra mim.

-Você o que? -falo alto no telefone. -Você é um idiota, Dean. Não pode entrar num ninho de vampiros sozinho.

-Eu não estou sozinho, droga. -ele aumenta o tom de voz e depois fica um silêncio. -Eu tenho um reforço. Um cara que rastreia o ninho já faz tempo.

-Que cara? O Garth? -Sam pergunta dessa vez.

-O que? Não. É um amigo. -solto uma risada.

-Dean, você não tem amigos. Todos estão mortos. -falo.

-Não foi pra falar nisso que eu liguei.

-Dean, entendemos o negócio do "lance pessoal", mas isso é coisa de caçada. -Sam fala.

-Ai meu Deus. Para de falar. Eu mandei a localização pra vocês. -Dean fala do outro lado da linha.

-Tá legal, estamos indo. -falo e desligo o celular.


quebra de tempo...

Depois que Dean nos mandou a localização que era em um píer, ficamos esperando por lá, já que não tinha nenhum barco para atravessarmos aquele lago. Logo observamos um barco se aproximando e vemos Dean e mais um cara dentro. Eles param próximo ao píer e se aproximam de nós.

-Eu sou o Benny. -o homem que até agora era desconhecido por nós fala. Ele estica sua mão em direção ao Sammy. -Ouvi falar muito de você, Sam. -assim que Sam segura sua mão, ele rapidamente coloca a mão na sua faca, estranho a reação dele e olho confusa em direção ao Dean que discordava com a cabeça. Assim que Benny percebe o que estava acontecendo, ele fala. -Acho que vocês tem muito o que conversar. -ele sai.

Nos entreolhamos e aquele clima pesado entre a gente volta.

-Um vampiro... trabalhando com um vampiro? -Sam pergunta. 

-É, pelo visto Benny está certo. Temos muito o que conversar. -falo e ando de volta para o meu carro.

Continua...

A vida "normal" de Aurie Singer.Onde histórias criam vida. Descubra agora