Por amar você

Parte 3

Eu não esperava encontrar o cara bonitão do outro dia, engraçado é que ele lembra do meu nome e eu sou uma fiasco total, não lembro do seu.
- Maya onde estamos indo?
- Para um lugar seguro, longe do Pasquarelli.
- Longe de quem?
- Do Ruggero. Ela aponta para trás.
- O estranho.
- Estranho?
- Ele te cantou não foi?
- Na verdade não, ele me ajudou, quero dizer no meu primeiro dia eu derrubei ele sem querer, você sabe como sou desastrada e ele me ajudou. Ela encolhe os ombros.
- De quem estão falando? San se aproxima.
- O Ruggero esta dando em cima da Kah.
- Ei ele não está dando em cima de mim, ele só me ajudou, me deu uma garrafa de água fora que fala sério né?
- O que?
- Olhem pra ele.
- Sim nós conhecemos o Pasquarelli. Maya responde
- É um galinha mais é gostoso. San fala e faço uma careta.
- Ele não olharia pra mim, não faço o tipo dele. Maya rir.
- Kah você já se olhou no espelho.
- ah Maya eu sou baixinha, desastrada, posso até ter peitos e uma bunda grande mais não sou uma Barbie, e está claro... Paro olhando para o bar quando duas loiras o cercam.
- Que o tipo dele são aquelas ali e não eu desengonçada.
- Espere você está afim?
- O que? Claro que não foram vocês que começaram com essas idéias eu só estou dizendo que ele não olharia para mim assim, só quis ajudar.
- Eu sei. Maya responde e a encaramos.
- Ele também só quis me ajudar. Ela sussurra.
- Foi ele quem te ajudou aquela noite? San pergunta e ela balança a cabeça.
- Puta a merda e eu taxando o cara de servegonha, galinha.
- Não estou entendendo?
- É uma longa história.
- Ok, de qualquer maneira eu já estou indo. Aviso.
- Como assim está indo? A festa acabou de começar.
- e eu já bebi todas e já dancei. Uhuhu. Balanço as mãos pra cima chacoalhando meu corpo.
- Feliz aniversário San. Ela sorrir me abraçando.
- Mesmo você sendo fraca para o álcool obrigado por ter vindo.
- De nada, eu preciso descansar amanhã tenho um teste como fotógrafa do jornal e preciso está inteira.
- Isso é uma boa notícia.
- Sim eu realmente preciso trabalhar.
- Você vai conseguir. Elas seguram minha mão e abraço as duas que são o mais próximo de amigas que eu tenho.
- Vou pedir um táxi, nos vemos no jogo amanhã. Beijo as duas e saiu.

Desço os degraus e caminho pelo jardim até a entrada da casa, tiro o telefone da bolsa e entro no aplicativo para chamar um táxi.
Droga está frio, porque eu não lembrei de pegar um casaco, agora não quero voltar lá pra dentro para esperar, se bem que eu deveria pegar mais uma bebida o calor que sentir ao beber devia me aquecer até o táxi chegar.
Ou não ainda me sinto tonta, ah merda a água eu não bebi.
Bosta eu sou muito desastrada mesmo.
O táxi chega e entro dou o número do meu dormitório e meu celular vibra vejo o nome da minha mãe na tela.
- Oi mamãe.
- Oi meu amor como você está? Me faz um resumo do que está aprontando. Faço uma careta.
- Mãe desde quando eu apronto?
- A esperança é a última que morre.
- Mamãe.....
- Ah filha você precisa de emoção nessa vida, só estudar, estudar eu tenho orgulho de você mas também quero que se divirta, de vez em quando é saudável.
Já tem algum Paquera por aí.
- Aí mãe só a senhora mesmo viu, fique sabendo que estou dentro de um táxi voltando de uma festa de fraternidade.
- Uau. Quem foi o santo milagreiro que tenho que agradecer.
- Espertinha.
- Então conta como foi?
- Ah... Foi legal eu não estou acostumada mais foi muito bom, eu... Eu relaxei e dancei e até bebi.
- Você bebeu?
- Sim duas cervejas e fiquei tontinha se não fosse pelo... Paro e penso tentando lembrar o nome dele.
- Por quem meu amor? É um garoto não é?
- Sim é.
- E ele é bonito?
- É lindo... O cara mais lindo que já vi em toda minha vida.
- Você está apaixonada. Me toco que estou divagando.
- Não fale bobagem mamãe, não é porque o cara é enorme, tem olhos lindos e um sorriso maravilhoso que estou caindo de amores.
- Heim?
- Não seja uma santa casamenteira, eu não vou me apaixonar tenho a faculdade que acabou de começar e preciso de um emprego bom, quero poder sustenta-la.
- Filha nós já falamos sobre isso.
- A senhora falou, eu não quero que trabalhe para o resto da vida mãe, eu vou conseguir você vai ver e vamos viver muito bem.
- Eu sei minha menina, você vai longe.
- Te amo mamãe e estou com muitas saudades.
- E eu de você, fica bem minha pequenina, e Kah, relaxe mais e abra seu coraçãozinho ele é tão lindo pode abrigar alguém. Sorrio e desligo.

O táxi para e eu pago a corrida,  abro a bolsa caminhando e tirando minhas chaves de dentro.

- Ei olhos incríveis fugiu de mim.
- Ahhhhhh. Grito pelo susto e tento correr mas ele segura envolvendo seus braços em minha cintura.
- Caramba... Falo quando percebo quem é. Levo a mão ao peito tentando controlar minha respiração e ele rir, bato em seu peito.
- Pare de rir, alguém já disse que você é idiota?
- Não.
- Pois eu estou dizendo, você é bem idiota como chega assim de fininho.
- Eu não cheguei de fininho acabei de bater a porta do carro.
- Espere você me seguiu.
Ele levanta as mãos pra cima.
- Culpado. Estreito os olhos pra ele.
- Eu fiquei te esperando no bar e você não voltou. Abro a boca mais não tenho uma resposta.
- Você ficou me esperando? Consigo perguntar e ele assente.
- Tá bom. Começo a rir e suas mãos voltam para minha cintura apertando de leve.
- Do que está rindo?
- Onde estão as Barbies?
- Barbies?
- Sim sabe loiras. Faço um gesto com a mão de uma curva e ele rir, e que sorriso lindo, fico olhando pra ele e ele para de rir, as palavras somem da minha mente.
Pigarreio e forço minha voz voltar ao normal.
- Eu preciso entrar, tenho um teste amanhã e ainda estou tonta, lembre-me de não beber mais. Ele joga a cabeça para trás rindo.
- Caramba garota, eu nunca rir tanto na vida.
- Gosta de rir da miséria dos outros que feio. Falo segurando a risada.
- Boa noite Estranho.
- Boa noite olhos incríveis.
Franzo o nariz e ele pisca um olho pra mim e beija minha bochecha.
Fico surpresa mais me viro rápido para que ele não veja meu rosto.
Está pegando fogo.