Me arrastando.
Sim foi assim que cheguei em Londres me arrastando, sem forças parecia que a qualquer momento eu me partiria em mil pedaços, estava em choque como se estivesse em mundo paralelo e não conseguisse falar, estava destruída, quebrada e sozinha.
Com dificuldade conseguir chegar ao dormitório e foi aí que meu mundo caiu.
Me engoliu e eu não consegui me salvar, de um lado a dor por perder minha mãe e do outro....
Eu estava vivendo dois lutos, como ele pode? Porque me enganar assim?
Chorei tanto que pensei que não teria mais lágrimas.
Quando a manhã chegou eu teria a sexta e o fim de semana não conseguia sair da cama, meu corpo doía e a dor e o desespero me consumiam a única coisa que eu conseguia fazer era chorar e chorar.
Ouvi meu telefone tocar várias vezes e uma delas segurei em minhas mãos e era ele, decidir atender mas fiquei em silêncio chorando.
- Karol... Amor fale comigo.
- Baby o que você viu eu preciso te explicar. Por favor fala comigo.
- É verdade?
- Karol?
- É verdade sim ou não?
- Sim... Não eu preciso te explicar.
- Sim ou não? Ele fica em silêncio.
- Adeus Ruggero.
- Karol... Eu desligo o telefone, consigo ficar de pé só para cair novamente na cama meu corpo não está suportando tanta dor, choro tanto que adormeço.
Quando acordo é sábado e meu estômago ronca.
Consigo ficar em pé e vou até o banheiro.
Coloco uma roupa pego minha bolsa com o notebook e vou até o café do campus, eu preciso de ar.
Compro um café e me sento, abro o notebook esperando ver um email que conseguiram vender a minha casa.
- Esse lugar está ocupado? Alguém pergunta mais não levanto a cabeça só balanço que não.
Tem um email de Ruggero ali, minha vontade é de mandar para a lixeira diretamente mas então resolvo abrir.Karol, eu sinto muito por tudo que aconteceu, de verdade não queria que fosse assim.
Me perdoe, eu iria te contar mas com a morte da sua mãe não consegui, e aí então você presenciou tudo.
Eu sinto um carinho enorme por você, mas descobrir que amo a Catarine é com ela que vou me casar, preciso de alguém ao meu lado que seja madura o suficiente e uma mulher de verdade, não que você não seja mais ainda é muito nova para lidar com certas situações, me desculpe Karol mas nossa história acabou aqui espero seja feliz.Ruggero.
Fecho o notebook, e os meus olhos com força tentando conter as lágrimas, levanto rápido com o soluço travado na garganta.
- você está bem? Um cara pergunta e não presto atenção só balanço as mãos e saiu correndo, volto para o meu dormitório e arranco o mural da parede rasgando todas as fotos, pego a tesoura e corto todos os travesseiros na minha cama suas roupas que estão no meu armário pego um saco de lixo jogando tudo dentro.
- Eu vou tirar você daqui, eu vou.
A noite e chega de tanto choro.
Me arrumo e vou para o bar da universidade, me sento em uma das mesas e peço uma cerveja.
- Oi. Tiro o olhar da minha cerveja que estava muito interessante e encaro o cara cacheado em pé.
- Oi. Respondo seca.
- Nos vimos mais cedo no café, você está bem?
- Desculpe eu não o conheço, só quero beber em paz pode ser? Ele sorrir e puxa a cadeira sentando sem ser chamado pede uma bebida.
- Se quer beber tem que ser de verdade. O garçom põe uma garrafa na mesa e ele me oferece um copo.
- O que é?
- Beba. Pego o copo de sua mão e jogo a cabeça para trás bebendo o líquido que desce rasgando a minha garganta mas isso ajuda aliviar a dor que sinto, então bato o copo na mesa e peço para ele encher novamente.Quando acordo no domingo, minha cabeça está pesada, estou na minha cama com a roupa de ontem.
Consigo com muito custo levantar, ao lado da cama na mesinha tem remédio e um copo com água, pego e um papel cai.
- Sã e salva. Jorge.
Quem é Jorge, minha cabeça da um nó e tomo o remédio aproveito para tomar banho e encarar a vida.
Arrumo meu dormitório, e meus livros aproveito para estudar e focar no que eu quero de agora em diante, não vai ser fácil a dor da perda está consumindo meu ser, mais eu preciso sair daqui ir para o mais longe possível de tudo o que me faz lembrar ele.A segunda chega e consigo ir para aula mesmo me arrastando.
- Ei Karol. Paro no corredor e olho para o lado um cara cacheado.
- Sou eu o Jorge. Arqueio a sobrancelha.
- Do bar lembra eu te levei para casa. Fecho os olhos respiro do fundo.
- Calma não aconteceu nada, só queria saber se está tudo bem?
- O que eu contei?
- Tudo, e não se preocupe eu..
- Olha não me leve a mal, mas não estou bem para ficar conversando, pode só me deixar em paz.
- Só queria uma ajuda para achar a minha sala. Respiro fundo.
- Tudo bem, qual o seu curso e que aula tem agora?
- Moda, e tenho artes modernas agora.
O encaro.
- É a mesma da minha, vamos. Falo.
- Você está no último ano.
- Estou fazendo intensivo por isso tenho matérias do último ano.
- Legal, ao menos tenho uma amiga ser novo é horrível.
- Pediu transferência?
- Sim para cursar o último ano aqui, meu velho estava no meu pé, precisava ficar longe. Só assinto e entramos na sala.
Jorge me segue para todas as aulas e consigo escapar na hora do almoço para a biblioteca e depois do intensivo vou para o jornal, quando chego no meu dormitório só quero poder deitar e dormir, mas para minha grande surpresa.
- Oi, você deve ser a Karol né? Minha companheira de quarto?
- Oi sou eu. Respondo sem ânimo.
- Eu sou a Carolina.
Meu peito afunda e começo a chorar na frente da garota.
- Me desculpe, seja bem vinda Carolina. Pego minhas coisas e vou para o banheiro, e quando saiu não vejo a garota em lugar nenhum, decido só me jogar na cama, então abro a bolsa que trouxe com remédios que minha mãe usava para dormir e ao invés de um encho a mão e tomo mais da metade dos comprimidos.
A sonolência vem antes mesmo de conseguir deitar e caiu no meio do quarto.
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Por amar você
FanfictionPor muito tempo, tentei fazer de você o meu grande amor e meu herói. Mas apenas um de nós ter um sentimento puro e verdadeiro não vale a pena. Você me feriu, me enganou e mentiu. Já não é possível ver um futuro ao seu lado, terei de aprender a viver...