Parte 56

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Me fodi.
Pra que mesmo eu fui cutucar a onça?
Droga como deixei ele por as mãos em mim de novo, porra Ruggero mesmo depois de anos você me conhece tão bem, sabe o ponto exato que me dar prazer que droga.
Entro na minha sala e pego minha bolsa saindo correndo da sala, não posso encontrar com ele não posso.
- Karollll.
Que droga, porra de um caralho.
Não consigo nem apertar o botão do alarme para destravar o carro, minhas pernas ainda estão tremendo e quando o carro destrava meu corpo é jogado contra ele.
- Me solte Ruggero não toque em mim.
- Não. Ele fala e me aperta mais contra o seu corpo.
- Qual o seu problema? Cadê sua mulher ela não te dar prazer é isso? Onde está a mulher madura que você queria ao seu lado?
- Eu nunca quis isso, a única mulher que eu sempre quis ao meu lado é você.
- Conta outra porque essa não cola.
- Não estou mentindo Karol eu nunca menti pra você. Começo a rir, não eu gargalho.
- Eu queria te contar o que estava acontecendo e não tive tempo fui surpreendido... O interrompo.
- Eu não quero saber de como você ama sua mulher e escolheu ela me solte.
- Eu não sou casado Karol e não amo ninguém além...
- Não. Grito e as lágrimas caem dos meus olhos e quando o encaro seu olhar é de puro desespero e não está diferente do meu.
- Eu amo você. Ele grita de volta e bate a mão no carro com força e se afasta me dando as costas e quando se vira e eu abro a porta e entro no carro travando e dando partida.

Entro no quarto do hotel, como isso aconteceu, como deixei chegar tão longe.
Duas batidas na porta e vou abrir vendo Jorge que ao olhar para mim me puxa para um abraço.
- Agora me conta o que aconteceu? Ele pergunta depois que me acalmo.
Começo a contar o que aconteceu e Jorge está em silêncio, quando termino ele fica em silêncio.
- Você não vai dizer nada? O idiota começa a rir, ele rir tanto que saem lágrimas dos seus olhos, bato em seu braço.
- Está na cara que vocês são fósforo e gasolina uma hora... Ele juntas as duas mãos e faz.
- Boom.
- Não tem graça, eu o odeio e quero distância.
- E pra quem você está falando isso, porque eu não acredito e nem você. Ele olha ao redor.
- E a menos que tenham espíritos aqui, quem você quer que acredite? Levanto e ando de un lado para o outro.
- Para Jorge, eu não consegui sair do buraco para voltar, não sou burra a esse ponto.
- Vem aqui. Me sento ao seu lado e ele segura minhas mãos.
- Já parou pra pensar sobre essa nuvem de mágoa que carrega que pode ter algo nessa história, que tem peças aí que não se encaixam.
- Do que está falando?
- Pensa Karol, eu sei tudo o que passou eu vi assistir tudo ao seu lado e mesmo você odiando ouvir, a Kope também, até mais do que eu, era ela que corria até você quando gritava por ele, era ela que te segurava durante a noite até você dormir, foi ela que passou uma semana sem dormir eu me lembro bem, porque fiquei ao telefone para que ela não fechasse os olhos quando encontramos você desmaiada com aquele frasco de remédios vazio. Arregalo os olhos.
- Eu não sabia disso.
- Pois é, agora sabe, que aquela garota segurou sua mão tanto quanto eu, e não acredito que a dor e desespero que vi em seus olhos no dia em que descobriu poderia ser fingimento, então só pensa bem, fora que a fama dele na universidade chegou aos meus ouvidos e todos falavam do amor que ele sentia por você, como era apaixonado e que não existia casal mais inspirador, então eu pergunto, porque? Qual motivo ele teria para fazer algo assim?
- Eu sei, ele se apaixonou por uma boceta qualquer, foi isso que aconteceu. Droga fiquei vermelha.
Ele rir.
- Não adianta ficar vermelha comigo.
- Eu sei só não consigo evitar.
- Tudo bem, só tente pensar no que eu disse, e cuidado.
- Com o que?
- Vocês vão colocar fogo naquela empresa. Reviro os olhos.
- E eu preciso conhecer esse cara pessoalmente e ver se ele é tudo isso mesmo, afinal estou perdendo minha namorada. Jogo uma almofada nele.
- Como vão as coisas com o seu pai?
- Ele está no meu pé.
- De novo? Pensei que com a coisa do namoro ele estaria feliz e te deixaria em paz.
- Quer saber a data do nosso casamento, me disse que quer um herdeiro.
- Ele é doente.
- Isso eu sei, mas vou enrolar ele, não se preocupe.
- Não vou permitir que ele faça nada contra você Jô, se precisar que a gente case vamos casar e pronto.
- Não vou estragar sua vida assim Karol, principalmente agora que reencontrou...
- Nem termine essa frase.
- Tudo bem, mas chega de sacrifícios entendeu, se tiver de encenar por mais um tempo vamos fazer mais só isso.
- Mas mudando de assunto, já viu um apartamento?
- Não, eu...
- Você.
- Quero voltar onde morava, queria ver se conseguia comprar meu apartamento de volta. Ele me abraça e beija minha testa.
- Quer que vá com você.
- Não, preciso fazer isso sozinha.
- Estou orgulhoso, meu bebê cresceu.
- Cachorro.

Fiquei na dúvida se iria ou não até a comemoração, quando Valentina me enviou uma mensagem dizendo que me esperava no hall do hotel para irmos juntas, eu então decidir.
Me vestir mas confortável já que era uma casa na praia, coloquei um biquíni preto e uma camisa de listras social amarrei as pontas deixando alguns botões aberto vesti uma saia jeans prendi meus cabelos e fiz uma maquiagem, atravessei a bolsa no ombro e peguei meus óculos escuros.

De fato a loira me esperava ali o engraçado era que duas roupas eram bem parecidas com as minhas afinal tudo que sou hoje aprendi com ela, a diferença é que ela está de short.
- Quase que vou te buscar.
- Eu não sabia se iria. Ela arqueia a sobrancelha.
- Só não me deixe sozinha, e me ajude a manter distância do Pasquarelli. Valentina rir.
- O orgasmo deve ter sido horrível pra você querer ficar longe. Abro e fecho a boca.
- Vou cortar a língua daquele cacheado sabia.
- E você não iria me contar.
- Não. Valu volta a rir.
- Vamos logo, quero ver aquele homens sem aqueles ternos, deve ser um tesão do caralho.
- Valentina você não está ajudando.
- Eu sei e não pretendo, você enterrou o passado e está na hora de viver o futuro.
- Meu futuro não é com ele.
- Tem certeza que não, porque eu fiquei sabendo que ele não tem ninguém.
- Como ficou sabendo?
- Malena me contou uma coisa ou outra, mas uma rápida pesquisa no google ajudou.
- Que?
- Você estava certa sobre o casamento, mas eles ficaram casados três meses, e só eram vistos juntos em eventos, e depois do divórcio a mulher sumiu.
- Isso não quer dizer nada.
- Ele não foi visto com mais ninguém e tem mais.
- Não quero saber, podemos só ir logo para essa droga de comemoração.
- Só achei que você iria querer saber que hoje é aniversário dele.
Aquilo é como um soco, eu sabia que era e parte do meu humor azedo hoje era devido a isso.

Por amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora