Parte 68

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Depois da minha conversa com Ruggero, eu sabia que iríamos precisar conversar mais, não porque vou ceder a ele, mas porque precisamos colocar um ponto final.
Eu tirei dois dias para mim, precisava de um tempo e decidir voltar a viver no meu apartamento mas iria precisar de uma reforma e decidir que estava na hora de mudar um pouco as coisas, guardar as lembranças no meu coração e seguir em frente mais uma vez.
Chamei minha desgner preferida, e Male me ajudou com cada cantinho.
Guardei tudo que era muito importante da minha mãe, e as outras coisas coloquei para doação, eu precisava seguir em frente, ela sempre estaria comigo.

Coloque amor e tudo vai valer a pena.

Como se faz isso mãe?

Quando volto a empresa parece que o trabalho só dobrou e eu não tenho tempo nem para respirar, precisava de uma planilha financeira e só tinha uma pessoa que poderia me ajudar, então subi até a presidência e como de costume a Laura me atende.
- O Ruggero está ocupado. Sorrio sem mostrar os dentes.
- Boa tarde para você também, sabe é educado cumprimentar as pessoas tenho certeza que mamãe te deu educação, é só que você é uma garota perturbada das ideias e não gravou isso nessa sua cabecinha. Ela revira os olhos.
- Já entendi que não gosta de mim, e quer saber uma coisa é recíproco, mas não quero ver o Ruggero e sim o Agus.
- Agustin? Ela parece surpresa.
- O que tem eu? Agustin aparece na porta dele.
- Ah você está ocupado? Ele me dar aquele sorriso costumeiro que aparecem as covinhas.
- Pra você nunca baixinha. Reviro os olhos.
- Essa mania te acompanha Karolzinha.
Bato em seu peito e passo por ele entrando na sala.
- Preciso de ajuda com essa planilha. Mostro a ele que observa atentamente.
- Me envia que dou uma arrumada nela.
- Sério, só isso?
- Sim, não é nenhum bicho de sete cabeças.
- Na minha é.
- Porque você pensa demais. Já vou levantando.
- Kah espere.
- Intimidade. Reclamo.
- Nós temos de sobra, passávamos noites estudando, vendo filme e comendo pizza fria lembra? Ah e ainda sei fazer cócegas. Ele agita as mãos.
- Nem vem deixe suas mãos aí, volto a me senta e seguro sua mão por cima da mesa.
- Me perdoa por ter sido tão dura, eu sinto muito por tudo que passaram e agradeço...
- Ei, ei.. não tem que agradecer nada, o que fizemos foi pensando no melhor para todos, tentamos sobreviver só que fizemos você sofrer muito, e temos conciência disso, não tem que pedir perdão por nada. Abaixo a cabeça controlando minhas lágrimas.
- Somos amigos. Ele fala mais quando levanto o rosto espera uma confirmação. E fecho o punho pra ele como fazíamos antes, e ele bate no meu fazendo um boom.
- Bem vou esperar você enviar esse treco aí pra mim, vou indo tenho um evento para cobrir com o pessoal.
- Boa sorte.
- Odeio eventos. Ele rir e me acompanha até a porta, mas paro de rir quando a porta de Ruggero se abre e duas mulheres saem dela, eles estão rindo e uma delas desliza a mão por seu peito e continuam rindo, fecho a cara na mesma hora e meu maxilar trava e só percebo que estou apertando os dentes porque Agus cutuca minha bochecha.
- Alguém aqui precisa controlar o ânimo. Viro pra ele o fuzilando.
- Opa, você tem razão, tem sempre razão eu disse controlar o ânimo? De jeito nenhum pode fuzilar quem você quiser eu apoio.
- Vai pastar Agustin.
Falo e saiu batendo meu salto no chão e não paro para cumprimentar ninguém, é virei mal educada igual a cadela da Laura, isso pega.

Estava no evento beneficente trabalhando com a equipe da Closet, quando avisto Ruggero entrando de braços dados com aquela mulher de mais cedo, a isso me irrita ao estremo.
- Kah está tudo bem? Lio pergunta.
- Preciso de uma pausa, vocês podem continuar?
- Claro vai lá, se quiser ir deixa que a gente termina.
- Tudo bem. Procuro Duarte a pessoa que me contratou, e ele me leva até a recepção do hotel e me entrega uns formulários que tenho que assinar, um garçom passa e me oferece uma taça de vinho vermelho e pego, preciso mesmo de um.
- Não sabia que curtia eventos beneficentes. A voz dele me assusta mais trato de me recompor rápido.
- E não gosto estou trabalhando. Falo seca.
- Ah sim, e você trabalha vestida assim?
- E desde quando é da sua conta? Respondo sem olhar pra ele ainda assinando os últimos papéis.
Ele me vira bruscamente.
- Que bicho te mordeu?
- Nenhum, porque não volta para o evento e para sua companhia tão agradável. Ele então sorrir e minha vontade é de socar sua cara.
- Então é isso?
- Isso o que? Me afasto dele, e assino a última folha.
- Você queria ser minha companhia.
- Ah por favor, me poupe.
- Se não é isso, então vou voltar para minha companhia agradável.
Ah por Deus quando vi já tinha feito, joguei meu vinho todo nele.
Ele passa a mão no rosto e olha para baixo a camisa branca toda manchada de vinho.
- Bem essa não é a reação que eu esperava.
- Vai lá para sua companhia agradável agora.
- Porque você fez isso? Sua voz não era rude nem nada, parecia até se divertir.
- Vinho faz bem pra pele aproveite.
Dou uma batidinha em seu rosto e pego os papéis saindo do local e entrego tudo na direção me despeço dos garotos e vou pra casa.

Por amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora