Parte 36

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Meu dia foi tão corrido, que não consegui falar com Ruggero, meu Deus que saudade que sinto dele, tem duas semanas que ele foi e parece anos, queria tanto poder estar com ele.
Você ficou com ele ao telefone enquanto ele chorava até pegar no sono, você velou o sono dele nas noites mais tristes não se cobre assim.
Minha conciência reclama, eu sei mas para mim foi pouco, eu queria poder abraça-lo e arrancar sua dor, mas se saiu agora perco tudo que já estudei e não posso, vou ter que esperar mais um pouco.
Depois do banho ainda com a cara enfiada nos livros, tiro meu celular da bolsa e ligo para ele.
Mas seu celular vai para caixa de mensagens, estranho ligo novamente.
Então ligo para Agustin.
- Karol.
- Oi... É desculpa te ligar mas estou tentando falar com o Rugge e não consigo.
- Ah ele deixou o celular na empresa Kah, mas te liga assim que pegar, eu não estou com ele agora e...e ..e.
- Agus você está bem?
- Sim estou, só muita correria.
- Eu entendo, então tá eu vou esperar ele me ligar.
Desligo e aquela sensação estranha invadi meu peito.
Não deve ser nada vou voltar para os meus estudos.

Dois dias depois estou no jornal quando João entra.
- Kah a diretora está aqui. Olho pra ele.
- E quer falar com você.
- Comigo? Você sabe o que é? Ele me olha meio nervoso.
- Fala João.
- Acho melhor você ouvir a diretora. Assinto e vou até a sala a recepção.
- Karol querida.
- Senhora Alonso.
- Querida eu tenho uma notícia não muito boa.
- O que aconteceu, eu fiz algo errado?
- Não de jeito algum não tenho reclamações.
- Então não estou entendendo.
- É a sua mãe.
- Minha mãe?
- Sim, recebemos uma notícia essa manhã que ela está no hospital e você precisar ir até lá.
- Eu já ajeitei tudo e estamos te dando cinco dias vamos tentar repor a matéria ok, se caso você precisar de mais dias entre contato comigo vamos dar um jeito.
- O-obrigado. Ainda estou em choque, minha mãe, por isso não consigo falar com ela ao telefone.
- João eu preciso ir.
- Eu sei, fica tranquila vai ficar tudo bem.

Assinto e corro para o meu dormitório tento mais uma vez ligar para o Rugge e não consigo, ligo para Agustin chama, chama e ninguém atende que merda.
Ajeito uma mala e reservo o próximo voo para Roma.

Três horas depois pego minha mala correndo para fora do aeroporto, e entrando no primeiro táxi que vejo e meu celular toca.
- Senhorita Sevilla.
- Sim sou eu.
- É da clínica Vila Claudia sua mãe está aqui e precisamos urgente que venha até aqui.
- Acabei de chegar em Roma estou indo pra ir.
- Ok aguardamos.
Vinte minutos e o motorista me deixa em frente a clínica entro correndo e falo com a recepcionista.
- Minha mãe está aqui Carolina Sevilla.
- Karol. Uma médica me chama.
- Sou eu.
- Venha comigo.
- Como está a minha mãe?
- Karol o estado dela se agravou muito.
- Como assim era só uma gripe.
Ela para abruptamente.
- Ela tem um câncer terminal em estágio muito avançando, você não sabia?
- O que?
- Olha sua mãe foi transferida pra cá, mas já não podíamos fazer muito, estamos segurando ela no respirador até você chegar, mas ela não vai resistir por muito tempo, e você tem que decidir se desligamos o respirador agora ou esperamos que ela se vá.
- Eu não posso fazer isso.
- Olha nós aconselhamos desligar agora porque assim ela não sofre.
- Meu Deus é a minha mãe.
Um soluço escapa dos meus lábios e tento a todo custo me manter em pé.
- Venha Karol. Ela abre uma porta e entro.
- Mamãe. Mamãe por favor diz que é mentira, diz pra mim que isso não está acontecendo mãe, por favor.
- Vamos te dar o tempo que precisa para se despedir Karol mas precisamos que assine alguns documentos.
Enxugo as lágrimas e me sento onde ela indica.
- Como ela veio parar aqui?
- Não tenho ideia só a transferiram do hospital geral, olha eu vou deixar você sozinha se precisar estou lá fora.
Assinto e me aproximo toco sua mão, e acaricio seu rosto como posso e as lágrimas correm solta uma dor que não consigo suportar.
- Mãe porque? Porque não me contou porque? Eu não vou conseguir sem você mãe por favor fica comigo, não pode me deixar mãe.
Choro baixinho segurando sua mão e não consigo solta-la eu não vou conseguir.
Sinto o celular vibrar no meu bolso mas não tenho forças para atender.

Não sei bem quanto tempo passou até que a doutora aparece.
- Eu não posso dizer adeus doutora não posso.
- Oh querida você tem que ser forte, ela foi uma guerreira e suportou até aqui, faça o mesmo por ela.
Duas batidas na porta e ela é aberta e...
- Rugge..
- Baby você está aqui. Ele parece aliviado.
- Senhor Pasquarelli, o hospital entrou em contato e ela está aqui.
- Eu pedi que esperassem, eu queria falar com ela.
- Sinto muito mas são regras do hospital.
- Tudo bem ela já está aqui, pode nos dar um momento.
A doutora assente e ele se aproxima e me jogo em seus braços.
- Eu não vou conseguir Rugge, não vou a minha mãe. Choro desesperada.
- Calma meu amor, ela precisa que você seja forte agora.
- Rugge como ela escondeu que estava doente? Como?
- Baby eu não sei, mas uma coisa é que ela te ama e queria que você realizasse os seus sonhos e foi forte o suficiente para lutar até aqui, amor sua mãe precisa descansar, eu sei que é difícil mas só você pode fazer.
Soluço e ele me ampara apertando meu corpo contra o seu.

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