Parte 43

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Seis meses depois.

O grande dia chegou, mas eu ainda continuo aqui sorrindo por fora e oca e vazia por dentro, é impossível olhar para trás onde tudo começou e não lembrar dele, hoje mais um ciclo se fecha na minha vida e ele não está aqui, a luz continuou acesa até ontem, o meu desespero é apagá-la, mas hoje eu preciso ser forte me concentrar na cerimônia e pegar meu diploma.
- Você está linda Karolaine. Sorrio.
- Você é um bobão.
- Tenho que concordar com o Jorge você está mesmo. Kope concorda, é acabei deixando o apelido de lado por conta de Jorge a chamar só assim pelo sobrenome.
- Tá vai vou lá me sentar e você mocinho elegante deveria fazer o mesmo.
- Nem acredito que vou ficar sozinha naquele quarto.
- Ei não diga isso, vai aparecer uma garota legal pra ficar com você, eu que tive sorte. Kope sorrir e a cerimônia começa, aos poucos vamos sendo chamados e pego meu diploma, quando termina que abrem para a festa corro para onde está Kope e Jorge e meu amigo me recebe de braços abertos.
- Eu consegui, nem acredito que consegui. Jorge me gira no ar e começo a rir, ele me põe no chão e Kope me abraça apertado.
- Parabéns você merece isso e muito mais.
- Obrigado, de verdade obrigado por tudo. Ela sorrir e volta a me abraçar fecho os meus olhos e quando abro encontro os dele.
Perco o fôlego e dou dois passos para trás sem jeito.
- O que aconteceu Karol? Jorge pergunta e Kope segura minha mão me fazendo olhar para ela, então olho de volta na direção e ele não está lá.
Fecho os olhos só posso está ficando maluca.
A festa foi muito boa e quando termina vou para o dormitório terminar minhas malas amanhã estarei indo embora definitivamente.
Entro com Kope em casa e nos trocamos, começo a arrumar minhas coisas e adormecemos as duas no tapete depois de tomar meia garrafa de vinho.
- Kah acorda. Kope me chama.
- Estou toda dolorida dormimos no tapete.
- Aí nossa que horas são? Ela levanta e olha o celular.
- São oito amiga, ainda tenho algumas horas com você que tal tomarmos um super mega café da manhã juntas.
- Podemos nos falar sempre você sabe não é?
- Sei, mas não é a mesma coisa, fora que você não me disse para onde vai?
- Porque não sei para onde vou.
- Você poderia ficar aqui comigo.
- Não tenho como pagar, e tenho um contrato para cumprir em Paris depois não sei para onde vou.
- Tudo bem, quando acabar quero que me ligue. Assinto e ela entra no banheiro, começo a recolher meus documentos que estão em cima da mesa, mas vejo que tem apostilas de Carolina na mesa e uma série e uma série de papéis, rabiscados.
Desastrada como sou uma parte cai no chão e nossos documentos se misturam, abro o passaporte para verificar qual é o meu, e travo no momento em que vejo a foto de Kope e ao lado o seu sobrenome.

Kopelioff Pasquarelli.

Quer merda é essa?
- Kah vamos chamar o Jorgito para o... Ela para na porta com os olhos arregalados.
- Me explica isso?
- Karol eu...
- Você é... Você é irmã dele? Eu deveria ter visto isso, seus olhos merda seus olhos são iguais, eu sabia que conhecia de algum lugar, eu vi uma foto sua, mas você estava tão diferente que não reconheci, como pude ser tão burra...
Porque me enganou assim Carolina o que queria de mim? Ver meu sofrimento e contar para o idiota do seu irmão era isso? Falar pra ele que conseguiu me destruir?
- Kah por favor espere me deixe explicar.
- Não me chame assim. Grito.
- Eu não sabia tá legal, eu vi uma foto sua uma única foto, mas não reconheci você de cara.
- Mentira. Grito.
- Não estou mentindo. Ela grita chorando como eu.
- Eu descobrir meses depois quando você gritou o nome dele perfeitamente audível, e depois confirmei com as fotos no seu celular, você acha que foi fácil para mim descobrir que minha melhor amiga é o grande amor da vida dele.
- Cale a boca. Grito
- Cale a porra da boca, tudo o que você diz é mentira eu não vou deixar que me enganem, nunca mais.
- Espere Karol onde vai?
- Para bem longe de todos vocês.
- Por favor...
- Esqueçam que eu existo, pois para mim vocês morreram.
- Todos vocês.
Bato a porta arrastando minhas malas.
- Karolllll. Escuto seu grito mas continuo andando paro um táxi e entro sem olhar para trás.
Quando meu celular toca várias vezes tiro do bolso e vejo o nome de Jorge.
- Você também sabia não é? Por acaso é parente ou amigo dele?
- Do que está falando?
- Merda eu devia saber você pagou minha faculdade não foi? Foi a mando dele não foi?
- Karol onde você está? Está me assustando de quem está falando?
- Porra Jorge não mente pra mim, eu já sei de tudo.
- Tudo o que droga não estou entendendo?
- A Kope é irmã dele, ela é irmã do Ruggero.
- Droga. Kah eu não sabia ok, eu não tenho nada a ver com esse cara e não sei de que pagamento está falando, só quero onde está?
- Se estiver mentindo pra mim, se você estiver...
- Eu não estou... Só me diz onde você está Karol.
- No aeroporto, vou esperar meu vôo.
- Certo, eu embarco essa noite, quando terminar o serviço fotográfico em Paris, quero que venha me encontrar.
- E porque eu iria?
- Porque você é minha melhor amiga, a única pessoa que tenho nessa droga de vida e eu amo você como uma irmã.
- Você não pode falar de amor comigo.
- Tudo bem eu já entendi, sem amor mas ainda quero você comigo entendeu, e se não vier eu vou te buscar.
- Porque não me esquece.
- Porque não posso, só tenho você.
- Você ainda tem o seu pai, e o Juan.
- Não tenho nenhum dos dois e você sabe.
- Nos falamos em breve.
- Estou te esperando.

Por amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora