Parte 93

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Acordar não era nada bom, quando sua cabeça pesa toneladas e seu peito parece queimar.
- Ele está acordando. Escuto a voz da minha irmã muito longe e um aperto na minha mão.
- Rugge... Rugge você está me ouvindo.
- Estou. Consigo dizer mas minha garganta está seca.
Abro bem os olhos e reparo onde estou.
- Água. Uma enfermeira está com um copo em mãos e me oferece um pouco, arrumam os travesseiros para mim e logo um médico está na minha frente.
- Como ele está doutor? Minha mãe pergunta.
- Bem, ele está bem o pior já passou agora é se recuperar Ruggero, você chegou aqui em estado muito grave, teve duas paradas cardíacas e precisa de repouso absoluto sem muito estresse.
- Tudo bem, obrigado doutor. Ele sai e minha mãe junto a Carolina me abraçam chorando.
- Eu estou aqui mãe, não chora Caro.
- Eu tive tanto medo de perder você, não faz isso de novo. Carolina resmunga.
- Não vou prometo.
- Aí filho eu só tenho vocês ajuda sua mãe tá.
- Desculpem preocupar vocês.
- Eu vou pegar a Ange ela está louca para vê-lo. Minha mãe fala e sai do quarto.
- Já sei o que quer saber. Caro fala e sorrindo.
- Ela está bem, foi medicada e está de repouso por conta dos bebês.
- Bebês? Caro assente sorrindo.
- Sim, que safado você heim, mira certeira dois de uma vez. Ela fala dando um tapinha na minha perna e não consigo conter o sorriso.
- Eu... Merda eu pensei que iria perde-la.
- Eu sei, a Laura nunca vou me perdoar por ter deixado ela com a gente, tenho vontade de mata-la.
- Chega de mortes, ela está presa e vai pagar pelo que fez.
- O Simon Alvarez esteve aqui.
- Não me diga que veio cobrar a morte de Catarine.
- Não pelo contrário, veio saber precisávamos de alguma coisa, que a filha quebrou sua palavra e isso ele não admitia e ela teve o que mereceu, foi até tarde para o meio que ele vive, desejou boas melhoras a você.
- Estou chocado.
- Nós também, pensei que a Karol iria arrancar a cabeça dele.
- Ela estava aqui.
- Ela não saia do vidro da UTI, até que o médico a mandou pra casa.
Sinto uma pontada no peito por não vê-la e conversar com ela.
- Não sei porque ela escondeu que estava grávida.
- Vocês vão poder conversar, agora é se recuperar e ir pra casa.
- Está bem. Uma semana e finalmente estava em casa.
Entrei no meu quarto para descansar e Agustin me ajudou.
- Como está tudo?
- Bem corrido, sabe que sem você aquilo não anda.
- Não puxe meu saco, não é verdade. Ele rir.
- Tem muitos contratos que precisa assinar.
- Tudo bem, vou dormir um pouco e depois você me passa tudo, o médico falou para não exagerar mas acredito que consigo voltar a trabalhar.
- É melhor repousar mais.
- Sabe que não vou conseguir.
- Tudo bem, vamos com calma vou ficar de olho em você irmão.
Depois que Agus saiu, fico ali deitado com a cabeça apoiada nós travesseiros e meu olhar cai no mural de fotos que fiz na faculdade, onde tudo era mais fácil, onde tudo era tão natural e tão leve.
Pensar no que aconteceu, e no que aprendi com tudo isso.
Meu olhar cai na mesinha e vejo o sapatinho de bebê que achei e....
Ela esteve ali, ela iria me contar que estava grávida. Meu coração acelerar.

Ela esteve lá, e iria te contar algo importante.
A voz de Valentina ecoa na minha cabeça.
Merda. Eu preciso vê-la.

Na manhã seguinte já estou pronto para ir trabalhar, mas quero ver Karol.
- Para onde pensa que vai senhor? Minha mãe pergunta.
- Tenho muitas coisas para resolver mãe.
- Repouso foi o que médico falou ou estou enganada, então volte já com seu rabo para aquela cama.
- Meu rabo já está mais que descansado dona Antonella, não se preocupe estou bem e prometo não exagerar.
- Rugge...
- Está tudo bem mamãe.
- Vou ligar para sua secretária a cada meia hora e ela vai entrar na sua sala sem bater ou eu vou pessoalmente.
- Tudo bem ela pode fazer isso.
Mamãe me abraça forte e beija meu rosto.
- Estou atrasada mãe, como na empresa.
- Trate de levar seu irmão ele não vai dirigindo. Carolina para na porta e me encara.
- Você deveria está na cama. Reviro os olhos e saiu.
- Vamos minha motorista.
- Vou fazer você ir correndo, rapidinho vai ficar bom.
- Pirralha. Ela rir.

- Bom dia senhor Pasquarelli que bom que está bem. Ana minha secretária sorrir.
- Bom dia Ana, é bom está de volta.
- Ana passe para ele as coisas que estão atrasadas e precisam realmente dele, casos novos na minha mão ou na do Agus, em hipótese nenhuma passe fornecedores para o Rugge ao menos por uma semana sem estresse para esse garotão aí.
- Tudo bem pode deixar comigo.
- Estou vendo que minha vida está sendo decidida por mulheres. Carolina olha para mim bem debochada.
- Sempre foi irmãozinho, posso ser a mais nova e você o velhinho da família mais o comando sempre foi meu. Ana rir e olha para mim.
- Desculpe senhor.
- Ana, só Ruggero já basta essa pirralha me esculachando e dizendo que sou velho esse senhor aí dói na alma.
- Ele acha que é jovem. Carolina resmunga.
- Pirralha vou arrancar sua língua.
- Senh...quer dizer Ruggero nada de estresse, você não pode.
- Viu, não pode. Ana sorrir e estreito os olhos para as duas.
- Como está a Lulu? Caro pergunta e fico sem entender e o sorriso de Ana cresce.
- Quem é Lulu? Caro olha para Ana.
- Posso? Ela pergunta e Ana faz que sim com a cabeça, e Caro pega um porta retrato que não tinha percebido na sua mesa.
- Olha que gracinha, é filha da Ana.
- É sua filha? Ela faz que sim.
- Tem dois anos.
- É uma lindeza.
- É um terremoto isso sim. Ana resmunga.
- Bem de terremotos entendemos muito bem. Comento e Caro olha para mim e acabamos rindo.
- Angeline. Falamos juntos.
- Minha irmã mais nova vai fazer sete anos pode ter certeza é um verdadeiro terremoto. Carolina complementa.
- Falando nela, seu aniversário está chegando está me deixando de cabelo em pé, acho que você pode cuidar disso.
- Não entendo nada de festas Carolina nem de princesas e a porra toda.
- Pois acho bom começar afinal vai ter uma. Fico mudo e me viro dando de cara com Malena e Valentina. E elas sorriem.
- Como? Malena se joga me abraçando.
- Sentimos sua falta, estou feliz que está bem e aqui com a gente. Sorrio e aliso sua bochecha.
- Eu também, mas que história é essa?
- É melhor que a mamãe te explique, temos uma reunião agora.
- Ah tudo bem.
- Ana só avise a minha mãe que encher seu saco hoje que estou bem e na sala de reuniões.
- Tudo bem chefe.

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