Parte 70

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Meu Deus que vergonha, eu sou desastrada e sempre pago altos micos mais esse aqui vai ficar pra história e tudo porque enfiei pimenta no sanduíche dele, merda eu sabia que Ruggero era alérgico, é claro que eu sabia, mas quando vi aquela mocreia loira se despedindo dele essa manhã não resisti, estava na recepção do térreo quando entregaram e levei para a pequena cozinha que temos na closet, com a raiva que estava queria que ele ficasse engasgado e nunca mais abrisse a boca para falar com ela.
Safado vou lutar por seu amor todos os dias, não vou desistir de você, estou bem vendo, Argh que ódio.
Só que eu me arrependi, não podia fazer mal a ele, então fui até a recepção e perguntei quem entregou e liguei de lá mesmo pedindo um novo, e pedi que a recepcionista desse fim naquele e quando o novo chegasse chamasse a cadela da Laura.
Mas o que parece deu tudo errado e Ruggero precisou não só de um antialérgico como da bombinha de ar e agora estou me sentindo culpada que droga.

Mas cai em cima dele quando ele está pelado e cheio de sabão essa foi demais, não ainda tem a parte pior, a mãe dele acabou de entrar no quarto e pediu para que a gente não fizesse tanto barulho, eu mereço nem conheci a mulher quando namorávamos e agora ela já manda eu ir para o quarto com ele.
- Ei, psiu, ela já entrou no quarto se quiser levantar agora a barra está limpa.
- Onde eu posso cavar um buraco?
- Pra que quer cavar um?
- Pra colocar minha cabeça lá e não sair nunca mais.
Apoio as mãos no chão e vou levantando.
- Porraaaa. Reclamo.
- Você está duro Ruggero.
- E você queria o que, não controlo meu pau com você. Reviro os olhos e pego a toalha dele, assim que ele fica em pé enrolo em sua cintura.
- Pronto não preciso ficar... Hum é... Pigarreio me dando conta que estou divagando com o pau dele e antes que faça outra coisa pego minha bolsa.
- Peça desculpas a sua mãe, que vergonha. Cubro o rosto com a mão e vou andando em direção a porta.
- Ei espere.
- O que? Chega de desastre por hoje.
- O que veio fazer aqui?
- Eh.. hum... vim saber como você estava depois de ter comido pimenta.
Ele estreita os olhos pra mim.
- E como você sabe que eu comi?
- Eh... Bem eu... Hum...
- Karol, você me fez comer pimenta?
- Não sei do que está falando, já estou de saída.
- Ah não está não, volte aqui agora mesmo. Abro a porta e corro para o elevador e ele vem atrás.
- Karol, volte aqui ou vou atrás de você nem adianta fugir.
- Você vai assim? Faço um gesto com o dedo e ele acompanha.
- Merda espere aqui. Ele se vira para entrar e o elevador chega.
- Você está ótimo, não me sinto mais culpada fui. Ele volta mais as portas se fecham.
Começo a rir sozinha da situação, eu realmente tinha me arrependido, tanto que a bagunça com o sanduíche não fui eu que fiz, a quem eu quero enganar a culpa me corroeu por isso corri até aqui, precisava por meus olhos nele, mesmo Carolina dizendo que ele estava bem.

No dia seguinte estava finalizando umas fotos quando Valentina aparece.
- Posso me aproximar ou vai jogar pimenta em mim também?
- Engraçadinha.
- Está ocupada?
- Finalizando umas fotos e vou pra casa, a noite tenho as fotos da secret para terminar, fizemos ontem na praia.
- Tenho certeza que ficaram maravilhosas.
- Sim estão incríveis, do que precisa? Pergunto.
- Chamaram a gente para uma reunião de última hora, parece que estão fechando um negócio com uma das marcas nos Estados Unidos o que vai encorporar todos os parceiros.
- Nossa isso é um projeto e tanto.
- Sim, não entendi muito bem do que é, por isso vim até aqui para irmos juntas, sabe que não existe eu sem você e vice e versa.
- Sei, vamos lá. Pego meu tablet e saímos às duas de braços dados.
Vejo uma movimentação muito grande, e Carolina aparece.
- Ah venham só faltavam vocês duas.
Quando entro na sala de reuniões paro na porta, vendo a loira mocreia que está pendurada no braço de Ruggero, e agora cochicha algo no seu ouvido.
Troco um olhar com Valentina.
- Ho ho, não prevejo coisa boa nesse momento. Respiro fundo.
- Se quiser dar o fora tem meu apoio.
- Sentem-se senhores. É Agustin que fala, mas Ruggero fica em pé.
- Bem obrigado por terem vindo assim em cima da hora.
Nós acabamos de fechar um negócio muito grande aqui que vai abrir muitas portas, ou seja trabalho para todo mundo, todos os parceiros podem se envolver em conjunto.
- Do que exatamente estamos falando? Alguém pergunta.
- A Intimissima dos Estados Unidos representado por Aline Veiga. Ele apresenta a mocreia loira.
- Está unindo-se a R.A.C e vamos precisar de toda parte de designer, publicidade e marketing, como modelos e toda a parte da moda que vocês entendem. Ele olha para mim e Valentina.
- Então a proposta é, vocês querem fazer parte dessa nova parceria, precisamos da união de todas para que o projeto possa ser realizado com sucesso, então o que me dizem?
Uma confusão de todo mundo falando junto e concordando.
Levanto a mão e Valentina me observa.
- Parece que todos estão de acordo, Karol espero que a closet possa se juntar a nós. Ele fala.
- Seria realmente maravilhoso. A mocreia complementa.
- Sinto muito, não podemos. Era só isso? Respondo e Valentina segura a risada, se ela rir eu soco a cara dela.
Como eles não falam nada eu fico em pé e arrasto Valentina comigo.
- Uau, vamos você precisa beber.
- São onze da manhã.
- E temos uma hora agora?
- Karol, Valentina posso falar com vocês um minuto. Paro e me viro com a cara nada boa.
- Desculpe Ruggero, mas dessa vez não podemos nos juntar, estamos com muito trabalho e a Karol estará viajando no final do mês eu vou ficar sozinha não consigo coordenar tudo principalmente sem o team fotográfico.
- Tudo bem eu entendo, de qualquer maneira muito obrigado.
Me viro sem dizer uma palavra.
- Me desculpe Valentina. Ele fala e sou arrastada até a sua sala com a odiosa da Laura quase pulando no meu pescoço.
Ele fecha a porta e me encosta nela.
- O que eu fiz? Continuo muda seria olhando pra ele.
- Porra você não vai falar nada?
- Não tenho nada para falar, você já acabou eu tenho muita coisa pra fazer.
- Não, eu não acabei e estou achando que é só uma desculpa para não se juntar a nós.
- Não existe uma desculpa, não aceitamos e pronto.
- E por qual motivo mesmo vocês não aceitam?
- Porque eu não quero, e não vou fazer está claro agora, já acabou? Falo mais alto para que ele me entenda e ele prende mais meu corpo no seu e beija meu pescoço.
- Acho que você está querendo prejudicar meu projeto por puro ciúmes.
- É mesmo? Deixa eu dizer uma coisinha Pasquarelli, o mundo não gira em torno a você. Chupo seu lábio inferior e dou uma mordidinha.
Mas o empurro de lado e saiu da sala dele, não encontro Valentina nem a ridícula lá, e vou direto para o elevador, aperto o botão e escuto alguém no corredor que dar no banheiro.

Ah ele é uma delícia mesmo.
Tenho que concordar e de hoje ele não me escapa, assim que acabar a reunião ele vai me levar para o hotel.
Fisgou o Pasquarelli heim.
Ao menos um sim.

Vou enlouquecer.

Por amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora