Parte 92

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Sinto uma mão acaricia do meus cabelos e quando abro os olhos vejo Jorge sentado com rosto encostado na cama, ele não me viu.
- Vai ficar todo torto.
- Você não deveria está acordada sabia?
- Não, não sabia.
- Eles sedaram você por conta dos bebês, você passou por fortes emoções e precisava descansar seu organismo e teve um pequeno sangramento mas calma está tudo bem.
- Ok, parece que fui atropelada por um caminhão.
- Você deve está sentindo bastante dor, eles falaram de hematomas por suas costas e na perna.
- Espere um pouco você disse bebês? Ele sorrir pra mim e a porta do quarto se abre e vejo o sorriso gigante do meu médico.
- Mike você aqui?
- Valentina me ligou disse que trouxeram você pra cá.
- Podem apoiar aqui.
- Vamos fazer uma transvaginal, Karol você teve um sangramento e pelo que me contaram aqui temos dois sacos gestacionais, preciso conferir isso direito, na primeira ultra vimos somente um.
- Meu Deus, eu não sei cuidar de mim, estava aceitando um e agora dois bebês.
Vocês são muito sapecas meus filhos. Falo olhando para a barriga e o a enfermeira me ajuda.
- Bem, temos um pequeno deslocamento de placenta, vou te passar um medicamento e repouso Karol muito repouso e ela volta para lugar, vou falar sério com você, agora a gravidez é de risco, você que tem que sair desse risco então repouso.
- Tudo bem eu entendi.
- Nos entendemos né fofa.
- Você é o pai?
- Padrinho. Sorrio para meu amigo.
- É eles tinham razão. Olho para Mike assustada e ele aperta o botão e um som misturado com outro causando uma confusão se instala na sala, ele aponta para a tela.
- Aqui está. Um, e o outro. E espere um momento.
- Não me diga que tem um terceiro aí porque vão ter que me internar ou vou amputar o pau do pai deles.
Mike rir tanto que eu fico vermelha de vergonha com o que disse.
- Acho que você não vai querer amputar aquele pau maravilhoso.
- E deixar que ele coloque suas sementes super frutíferas por aí, nem pensar, vai ficar sem o pau. Cruzo os braços e faço bico.
- Você sabe que pode sempre optar pela camisinha não é? Você não viveria sem aquele pau.
- Já chega de fala no pau do Rugge, vamos Mike desembucha.
- É um garotão e uma garotinha.
- Sério?
- Sim, e não se preocupe são só dois.
- só ele disse só Jorge. Tenho uma crise de riso.
- Tudo certo por mim você está liberada e medicada, lembre o que falei, nos vemos na próxima semana e se precisar me ligue.
- Tudo bem eu ligo. Mike sai e levanto da cama.
- Ei bonita para onde vai?
- Preciso vê-lo Jô. Ele assente e me acompanha até um corredor passamos pelas portas onde tem escrito UTI e vejo Carolina, Agustin e Valentina.
- Karol. Kope vem até a mim e me abraça.
- Que bom que está bem, eu sinto muito por tudo.
- Não é culpa sua.
- Ele queria demitir a Laura e eu não deixei aquela vadia tomara que apodreça na prisão.
- Pasquarelli. Nos viramos e um homem na casa dos cinquenta com dois seguranças passam pela porta.
- Alvarez. Agustin fala.
- Olha se veio até aqui, acertar as contas pro conta da sua filha... Ele interrompe Agus.
- Como ele está? Agustin fica surpreso.
- Ainda não está fora de perigo.
- Eu sinto muito de verdade, eu dei a minha palavra que não iria procurar por vocês e minha filha foi e quebrou a minha promessa.
- Eu sinto muito por ela, mas escolheu um caminho.
- Eu sei... No meio em que eu vivi espero de tudo, e se ela viveu até hoje foi pura sorte, se precisarem de qualquer coisa sei que não vão me ligar, mas podem contar comigo agora sou eu que devo a vocês.
- Você não nos deve nada, nossa dívida foi paga a anos atrás. Então me dou conta de quem ele é.
- Então foi você que me separou do Ruggero para ele casar com a sua filha.
Ele fica surpreso ao me ver.
- Moço eu fiquei longe dele por quatro anos, voltamos a nos encontrar reatamos descobrir que estou grávida e nem contei para ele porque fui sequestrada e quase morta, se não fosse ele que desse a vida por mim teríamos perdido nossos bebês.
- bebês? Ele sorrir.
- Minha filha fez escolhas erradas e nada do que eu diga vai poder mudar isso, só vim até aqui para ver se precisavam de algo e que não vão me ver novamente.
- Obrigado Alvarez. O homem vai embora e todos me encaram.
- Grávida? Carolina e Agustin fala.
- Que foi gente?
- Explica isso direito? Kope pede e escutamos um barulho vir da sala. Nos aproximamos do vidro e um monte de médicos entram e começam a fechar a cortina.
Tudo que vejo é quando começam a fazer massagem cardíaca nele e colocarem aquele aparelho para ressuscitar.
Caro chora e bate no vidro e Agus está abraçado a ela. Valentina chora no canto e Jorge está de cabeça baixa, mas meus olhos estão no vidro com uma mão apoiada esperando eles abrirem a cortina, com uma confiança que me impressiona.
- Ele vai voltar, eu sei que vai, ele me prometeu voltar. Sua voz dizendo que vai voltar ecoa em meus ouvidos e sinto um arrepio, sem tirar os olhos do vidro a cortina se abre e eles tiraram o respirador.
- Familiares do senhor Pasquarelli.
- Somos nós.
- Bem, ele sofreu uma parada cardíaca e pensávamos que iríamos perde-lo e quando voltou já estava respira do normalmente.
- O que isso quer dizer doutor? Agus pergunta.
- A cirugia foi realizada e retiramos a bala, e se ele não precisa do respirador está evoluindo, seu organismo está lutando para cicatrizar, então vamos aguardar ele deve acordar, a qualquer momento.
O médico vai embora e ficamos mais um tempo ali.
- Vamos, vou te levar pra casa, você precisa descansar.
- Não eu quero ficar.
- Lembra que o médico falou?
- O que o médico disse? Kope pergunta.
- Repouso absoluto.
- Então vá já pra casa, quero meus sobrinhos saudáveis e bem, para isso você precisar ouvir o médico.
- Eles tem razão Baixinha vá pra casa, qualquer novidade eu ligo.
- Tudo bem, eu vou.
- Jorge porque você não leva a Caro e a Valentina com você? Agus pede.
- Eu quero ficar.
- Não, vá pra casa ficar com a titia ela precisa de você, eu fico aqui.
- Eu vou até a R.A.C, alguém precisa ver o acontece naquela empresa enquanto voces estão fora.
- Obrigado Valentina a Malena está de olho mas uma ajuda é sempre bem vinda.
- Pode deixar comigo e você mocinha já pra cama.

Quando entro em casa me deito na cama e Jorge se deita ao meu lado.
- Não acredito que ele morreu e que te colocou em risco.
- Nem eu.
- Sabe, mesmo me colocando em risco ele morreu tentando me defender. Jorge me olha.
- Foi, essa loucura toda foi porque ele descobriu que eu estava grávida do Ruggero, ele se aliou as duas malucas para pegar o Rugge e elas passaram a perna nele levando a mim.
- Eu estou triste sabe, mais no fundo aliviado, ele não está mais aqui estou livre.
- Bem não tão livre assim, já que o testamento ainda existe e faz exigências.
- Merda, não tinha pensado.
- Já estamos quase em cima, está tudo pronto casamos, você pega o que é seu, eu vou ter que vegetar nessa cama mesmo, com um ano nos separamos como combinado e você vai poder comandar tudo que era da sua mãe por direito como sempre quis e de quebra assumir o John.
- Tenho que ligar pra ele, está cuidando do funeral do meu pai.
- Quando vai ser?
- Amanhã a tarde.
- Certo, acho que devo ir?
- Não acho que deve descansar.
- Tudo bem senhor.
- a comida chegou, vou pegar. Seguro sua mão.
- Obrigado por ser o irmão que eu nunca tive.
- Eu que agradeço, só tenho você nessa vida pretinha e não sei o que faria se algo de ruim te acontecesse ali.
Ele beija minha testa e vai pegar a comida.

Última de hoje e descanso meus dedos, beijos

Por amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora