Pergaminhos

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-É diferente do que me lembro. _disse Valentina aceitando a flor que Juliana lhe entregava.

-Faz alguns anos que eu comprei essa parte do jardim e desde estão só semeiam gérberas rosas nessa parte.

-Por que?

-Porque prometi a mim mesma que um dia te traria aqui mais uma vez. _disse Juliana sorrindo.

-Agora você pode me levar para a minha casa? _perguntou Valentina apagando o sorriso do rosto de Juliana.

-Val... é sério que você não sente nada? _sussurrou Juliana.

-Sentir... me levou ao inferno e eu ainda estou lá.

-Eu te tirarei de lá, te prometo.

-Não, você não pode.

-Val...

-Que?

-Me dá uma chance... só uma... eu não vou errar com você de novo. _suplicou Juliana fazendo o coração de Valentina se encolher.

-Me leva para casa... por favor. _sussurrou Valentina.

-Está bem... vamos. _disse Juliana baixando o olhar.

O caminho de volta foi feito em silêncio, Valentina queria que tudo fosse mais fácil, mas ela não poderia confiar assim tão facilmente na Juliana, não depois de tudo. Se ela se permitisse sentir poderia acabar destruída de novo, e ela não estava disposta a isso.

-Chegamos. _disse Juliana estacionando a caminhonete.

-Tchau. _se despediu Valentina sendo impedida de abrir a porta por Juliana.

-Espera Val... eu vou destruir essa barreira que você construiu ao seu redor, não descansarei até que você volte a ser a Valentina de antes... eu te prometo.

-Eu já te disse que essa pessoa não existe mais...

-E eu já te disse que ela existe sim... mas não se preocupe, estou apaixonada pela Valentina Carvajal e não me importa a versão que você seja nesse momento.

-O amor não serve para nada.

-Claro que serve... te amar me ajudou a não ficar louca com o tempo.

-E olha o que o amor fez comigo... Adeus Juliana. _disse Valentina saindo da caminhonete.


No dia seguinte...

-Olá Ximena, bom dia. _disse Juliana sorridente.

-Senhorita Valdés. _cumprimentou Ximena.

-Sua chefe está?

-Sim, está no escritório. Quer que eu diga que você está aqui?

-Não precisa, pode lhe entregar uma coisa? _falou entregando as flores.

-Claro que sim senhorita Valdés. _falou sorrindo ao ver as flores.

-Obrigada, diga a ela que se quiser jogar as flores no lixo pode fazê-lo, mas para não jogar o pergaminho. _disse Juliana entregando o ramo com 3 gérberas e um pergaminho enrolado.

-Está bem senhorita Valdés.

-Pode entregá-las nesse momento?

Siempre Fuiste TúOnde histórias criam vida. Descubra agora