Sim, eu te amo

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-Porque quero que veja o pôr do sol comigo... olha só... Está vendo o azul intenso do céu? Quando eu olho sinto que estou olhando para os seus olhos, eles são tão azuis como o céu... mas espere um pouco o sol está se pondo vai ser um contraste com o laranja e é como o fogo... quando eu olho sinto que posso queimar... e é assim que me sinto quando olho para os seus olhos sinto que posso acabar me queimando, mas ao mesmo tempo sinto que estou no céu e não há outro lugar onde eu queira estar. Eu estarei aonde você quiser que eu esteja, desde que seja com você... porque sei que o meu céu está nos seus olhos.2

-Juliana... não... _sussurrou Valentina.

-Shhhh... Não diga nada, só olha o pôr do sol. _disse Juliana enquanto abraçava Valentina pela cintura.

-No... Não me toque... por favor. _disse Valentina tremendo.

-Tudo bem... vou ficar ao seu lado... não vou te pressionar meu amor. _disse Juliana a soltando.

-Isso não está certo... eu não sei o que você está querendo com tudo isso.

-Não tem nada de errado nisso Val... O que eu quero com isso?

-Sim...

-Quero você... quero recuperar seu coração.

-Esse coração não funciona mais Juliana. _falou Valentina com a voz quebrada.

-Você construiu uma grande barreira em volta dele, mas eu sei que ele continua aí... batendo tão forte como há 10 anos atrás.

-Por que você não deixa tudo como está? Porque está insistindo nisso?

-Porque eu te amo Valentina e eu não vou me render, eu sei que eu e você podemos ser felizes... juntas... como sempre devíamos ter sido.

-Não deu certo há 10 amos atrás.

-Não Val... não deu certo porque nos separaram, mas dessa vez ninguém se meterá entre nós, estamos tendo uma segunda chance e não devemos desperdiçá-la.

-Não é tão fácil assim.

-Eu sei disso e entendo, teremos um longo caminho pela frente, mas quero fazer isso, quero estar ao seu lado pelo resto da minha vida.

-Eu... quero ir embora. _disse Valentina baixando o olhar.

-Não Val... vem, senta. Eu não vou insistir por hoje, vamos comer. _disse Juliana puxando a cadeira para Valentina se sentar.

-Eu não estou confortável com essa situação. _falou inquieta.

-Vamos comer e depois eu te levo para casa... vem se sentar. _falou Juliana sorrindo.

-Está bem. _cedeu Valentina se sentando.

Horas depois...

-Você já quer ir? _ perguntou Juliana limpando a boca com o guardanapo.

-Sim, por favor. _respondeu levando a sua taça de vinho até a boca.

-Gostou da comida? _perguntou Juliana.

-Estava bom. _respondeu sem ânimo.

-Está bem, então vamos. _disse Juliana vendo que não adiantaria insistir.

-Não vamos pagar? _perguntou Valentina ao ver que Juliana já estava se dirigindo a saída.

-Já está tudo pago. _respondeu Juliana.

-Não gosto que paguem a conta por mim.

-Bom isso se resolve facilmente, da próxima vez você paga.

-Como você sabe que terá uma próxima vez? _perguntou arqueando uma sobrancelha.

-Porque como eu te falei... não vou me render, isso quer dizer que haverá muitas próximas vezes. _disse Juliana sorrindo.

Elas entraram na caminhonete e o caminho foi feito em silêncio, Juliana pôde notar que Valentina a olhava de canto de olho algumas vezes.

Nada foi dito, ela só precisava esperar e dar tempo para que as coisas se ajeitassem. Juliana estacionou a caminhonete na frente da casa de Valentina e a olhou sorrindo antes de perguntar.

-Eu posso te ver amanhã?

-Juliana... já está na hora de você parar com isso... sua vida seria muito mais fácil se apenas parasse de tentar.

-Eu não quero uma vida fácil Val, eu quero uma vida com você.

-É inútil. _disse Valentina soltando o cinto de segurança.

-Eu vou te perguntar uma coisa, mas preciso que me diga a verdade e se mentir eu vou perceber. _disse Juliana a impedindo de sair.

-Tudo bem. _disse Valentina sabendo que Juliana a conhecia perfeitamente, se ela mentisse ela se daria conta.

-Val você ainda sente alguma coisa por mim? _perguntou esperançosa.

-Por que está me perguntando isso? _Valentina franziu o cenho.

-Porque se você não sente nada por mim eu terei que mudar a minha tática.

-Eu não sinto nada. _falou desviando o olhar.

-Não mente pra mim, eu sei que sente. Você queria não sentir, mas sei que sente ainda que preferisse não senti-los. Eu te vi chorar ainda que seja de raiva, mas amor se alguém é capaz de chorar também é capaz de sentir qualquer sentimento... Então me diz, você me ama? Ainda que seja só um pouquinho...

-Para que você quer saber isso? _perguntou nervosa.

-Porque lutarei por você, se me ama eu continuarei tentando te recuperar, mas se já não me ama então eu vou tentar fazer você me amar... Te deixar não é uma opção.

-Juliana... eu...

-Vamos Val... não é tão difícil. Você me ama ou não?

-Acontece que eu tenho tentado acabar com esse amor antes que ele acabe comigo, então acredite é muito difícil Juliana.

-Isso não foi uma resposta.

-O que você quer escutar Juliana? Que eu te amo? Sim Juliana eu te amo, nunca deixei de te amar, até mesmo quando esse amor estava me destruindo eu continuei te amando. Feliz?

-Você não tem idéia do quanto. _disse Juliana sorrindo.

-Eu queria não te amar! _falou revirando os olhos.

-Eu sei... mas nos amamos e este amor que sentimos é muito grande, só pensa Val já se passaram 10 anos e continuamos tendo esses sentimentos.

-Eu tenho que ir. _falou tentando colocar um fim naquela conversa.

-Espera... posso te ver amanhã?

-Você não tem trabalho?

-Não, nesse momento eu estou com meu tempo livre.

-Pois eu sim tenho trabalho. _falou impaciente.

-Bom está bem te deixarei em paz por alguns dias, mas que fique claro que mesmo que eu não te veja não signifique que eu não estarei pensando em você. Te amo, boa noite meu amor. _disse Juliana se esticando e dando um beijo na bochecha de Valentina.

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Siempre Fuiste TúOnde histórias criam vida. Descubra agora