Ninguém está pronto para: Ser cupido

52 12 3
                                    

Percy prometeu levar Andrômeda até a casa de Drew, assim que eles trocaram de turno na cafeteria, deixando Sally e Paul trabalhando. Drew morava em um prédio na Upper East Side. Não foi difícil chegar lá. No caminho deixou Nico e Leo na estação de metrô da Lexigton Avenue. Parece que os dois possuíam uma emergência como "roupas para festa". Então combinaram de se encontrarem às onze da noite na casa de Percy, para irem juntos na festa.

— Obrigada pela carona, chefe. — Disse Andrômeda assim que saiu do carro e encontrou-se com Drew, que estava parada na calçada esperando por eles. Ela mandou Andrômeda subir na frente, aproveitando que Annabeth e Rachel estavam fazendo as unhas. Quando a garota entrou no saguão do prédio, Percy aproximou-se com as mãos enfiadas nos bolsos da calça.

— Oi, Drew. — Ele disse com um breve movimento de cabeça. — Ainda bem que você desceu, eu não queria falar sobre isso na frente das garotas.

— É, você me pediu total discrição no telefone. — Ela esperou Percy abrir a porta do carro e então entrou. Percy deu a volta e se sentou no banco do motorista, ele deu a partida e decidiu levar a rainha da beleza para passear no quarteirão.

Apesar de possuir todo aquele ar de superioridade e sofisticação, Drew Tanaka era somente mais uma entre tantos meio-sangues. Por isso Percy não se abalava com o jeito arrogante ou frio que ela costumava tratar as pessoas. Cada meio-sangue possuía uma história de vida difícil. O que aconteceu na vida dela, para fazê-la tomar aquela postura, não era da conta dele e de ninguém. Além do mais, Percy aprendeu em sua vida que as pessoas eram mais do que elas tentavam mostrar.

A maioria das vezes um meio-sangue apenas vestia uma máscara para se proteger. Como fez Luke, Clarisse, Silena, entre outros. E no fundo, por mais que cometessem erros, eles não eram assim tão malvados.

Drew estava devendo um favorzinho para Percy. Apesar do filho de Poseidon não ser do tipo que cobra, ele precisava de uma ajudinha.

Ele estacionou o carro na East End Avenue e assim que desligou o motor, virou-se para o banco do passageiro. Drew possuía uma pele de porcelana e seus cabelos negros pareciam até de mentira. Percy queria ter essa manha de acordar sem precisar escovar o cabelo. Mas enfim.

— Para me trazer aqui, deve ser algo que ninguém pode ouvir. — Ela deduziu. Percy não precisava dizer que ela estava certíssima.

— Eu preciso de duas poções especiais. Daquelas que só você sabe fazer. — Ele esticou a mão para tocar o cabelo dela, era de verdade, é claro que sim Percy.

— O que? — Drew o olhou perplexa. — Você sabe que eu estou proibida de fazer essas poções.

— Eu guardo segredo.

— Perseu Jackson. Eu fui proibida por minha mãe. Não posso violar um juramento.

— Qual é?! Eu te conheço Drew, sei que você não jurou pelo Rio Estige.

Percy estava blefando, mas Drew caiu direitinho na conversa dele. Admitiu que não jurou pelo rio Estige, mas ela não estava interessada em se complicar para que Percy bancasse o cupido.

— Vamos. Não seja má. — Lembram-se de que eu comentei que Percy não era filho de Afrodite, mas também possuía um charme? Eis ele em ação. — Aliás, seja sim, seja malvada, mas não comigo é claro. Eu sou seu amigo, sabe que me deve uma, não é?

Drew girou os olhos, ela odiava homens bonitos que precisavam de sua ajuda. Não conseguia dizer não para eles. Ainda mais sabendo que Percy salvou sua família que estava em excursão pela Europa, justamente quando Gaia despertava. Mas esse assunto é para uma outra hora.

Ninguém está pronto para a vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora