Ninguém está pronto para: Brincar com fogo

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Quando o garçom entregou para Leo um bilhete e a taça de bebida verde, Jason perguntou se era de algum admirador secreto. Assim que leu o bilhete, Leo deu uma boa olhada ao redor para ver se encontrava Drew. Ela estava toda linda e sorridente junto de seus irmãos. Jason tentou pegar o bilhete das mãos de Leo, mas ele não deixou. Quando Jason viu, o papel estava todo chamuscado, pegando fogo.

— Aposto que era alguém te convidando para dançar.

— É, mas eu não estou muito afim. — Mentiu. Sua cabeça estava a mil, processando todas as palavras que foram queimadas no bilhete. Se ele quisesse, poderia descobrir os reais sentimentos de Jason, bastavam obedecer aos três passos e uma regra crucial.

Não julguem Leo. Ele estava cheio de dúvidas para ter que se preocupar com o que os outros pensam dele.

Então era isso. Ele havia decidido.

— Jason, você fica bem bonito com esse blazer preto. — Era sincero e de coração. Jason ficaria bonito mesmo com um calção de banho de lã e pés de pato. Segundo Leo, apaixonado. Já eu, não tenho tanta certeza.

— Ah! Obrigado. — Ele respondeu sem jeito. — Você está bonitão hoje também, parece até que penteou o cabelo.

— Eu penteei mesmo.

— Faça isso mais vezes.

Depois, Leo pensou no próximo passo. Beber o líquido. Ele o fez e entregou para Jason que agradeceu, mas não queria, estava bem com o coquetel de Amarula.

Oh! Merda. Leo não sabia o que dizer. Ele inventou qualquer desculpa referente ao sabor estranho. Nesse caso, Jason experimentou a bebida e disse que o gosto estava muito bom para ele. Aliás, estava melhor que o licor de Amarula.

E por fim: o olhar.

Ok! Eles se olharam. Mas Leo se arrependeu alguns segundos depois. Aquilo era errado. Se Jason possuísse algum sentimento por ele e não revelou quando teve a chance, deveria ser por algum motivo muito sério.

Então ele se levantou e saiu. Pelo que dizia o bilhete, não poderiam se afastar nas próximas doze horas. Se ficasse longe de Jason, aquela maluquice iria desaparecer. O problema é que Jason foi atrás dele. E quando se encontraram novamente, naquele corredor, a única coisa que Leo sentiu foram os braços de Jason ao seu redor, junto com um pedido sussurrado para que ele não fugisse e em seguida veio um beijo louco.

Leo odiou saber que Jason beijava maravilhosamente bem. Isso porque ele não ia ter forças para se manter afastado.

Que tortura.

— Se você quer ir embora, eu vou com você. — Ofereceu Jason, acariciando seu rosto com um olhar cheio de desejo. — Vamos para sua casa?

— Olha, eu acho melhor não.

— Porque? — Jason sibilou. — Você não gosta mais de mim? É isso? Aquela noite no acampamento, quando eu disse que te amava como irmão. Em partes era verdade, mas o que eu nunca contei, é que sempre tive esses sonhos com você... eu apenas estava com medo da verdade. Me enganei todo esse tempo, mas não posso mais esconder esse sentimento. Eu quero você. Eu preciso de você.

Uau.

Leo estava de boca aberta com aquela declaração. Tudo bem Leo, estamos torcendo por você. Respira fundo. Lembre-se da última regra. Nada de sexo.

Ok! Ok! Leo não era esse tipo de pessoa que fazia sexo no primeiro encontro. Mas estamos falando de Jason Grace completamente irresistível e cheio de vontade de tocá-lo e beijá-lo e...

Eles chegaram a salvo na oficina-garagem-quarto de Leo. Mas assim que a porta se fechou. Jason o agarrou sem nenhum motivo especial. Apenas disse que não conseguia manter suas mãos longe do corpo de Leo e que desejava fazer aquilo há muito tempo.

Ninguém está pronto para a vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora