Ninguém está pronto para: O que acontece em Vegas... fica em Vegas?

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Percy estava nervoso. Decidiu caminhar para relaxar e não destruir nada que não pudesse pagar depois. Mas bem que D. merecia. Estando em um deserto, o filho de Poseidon sentia-se enfraquecido. Pudera, ali só existiam piscinas artificiais que imitavam — de maneira ridícula na opinião de Percy — o mar.

Como não tinha jeito, Percy foi na direção das piscinas. O lugar estava vazio e silencioso, com uma placa enorme informando que a água estava em tratamento devido um acidente na noite anterior. O cheiro do produto lançado sobre a água era nauseante, mas não demorou muito para que Percy o ignorasse.

Foi quando Luke apareceu atrás dele, perguntando se estava tudo bem. Percy virou-se com um olhar pesaroso, respondendo que sim, embora fosse evidente que não estava nada bem.

Luke deu uma olhada ao redor e depois abaixou-se para molhar a mão na água. Estava fria.

— Eu tenho a lembrança de me banhar em um rio. Só isso. Parece bobagem, mas é uma lembrança que vem em minha cabeça e eu não sei por quê.

Percy ficou em silêncio, ele achou melhor não comentar nada sobre isso.

— Tenho a impressão de que isso pode estar relacionado com o que você deve buscar em vida. Quem sabe não é uma pista?

— Talvez. — Luke se levantou. — Sobre o livro de poções, como poderemos encontrá-lo?

— Eu tenho um palpite. — Percy contou sobre a luta nos esgotos — Mas Charlotte me parece mais esperta do que esperava. Ela conseguiu enganar Drew, roubou as poções, os livros. Ainda não sabemos exatamente para quem ela fez isso. Mas a profecia de Rachel deve estar ligada. "Todas as deusas são uma deusa. Tudo vem da deusa e tudo para a deusa retornará."

— Mas essa não me parece uma profecia. A outra sim "A alma perdia para a Terra retornou, e uma nova chance ele ganhou. Das mãos do amor, uma vida sucumbirá. E a deusas mãe regressará, quando a verdadeira morte despertar" — Luke observava a água, pensativo — A primeira me parece mais um aviso.

— Não adianta a gente ficar pensando muito nessas coisas. As profecias são malucas, não se lembra da minha? No fim foi você quem morreu... — Percy calou-se imediatamente. Ele não queria tocar naquele assunto. Não conversaram muito sobre a morte de Luke.

— Tudo bem, Percy. Eu não me importo que fale sobre isso.

Percy relaxou os ombros, estava cansado de manter aquela postura de que tudo estava bem.

— Queria que Nico estivesse aqui, ele sempre soube o que dizer nas horas mais oportunas. — lamentou, sentando-se em uma espreguiçadeira ao lado da piscina.

Luke atentou-se a tatuagem de Percy. O emblema do outro acampamento. Ele não se recordava se sabia da existência dos romanos.

— Podemos tentar uma coisa. — ele falou, sentando-se ao lado de Percy — Se você não se importar, é claro. — Luke estendeu sua mão para Percy, que pensou um pouquinho antes de aceitar segurar a mão dele. Alguns minutos depois, nada havia acontecido. — Hmm. Eu não sei muito bem como fazer isso.

— Da outra vez estávamos em pé. — Percy sugeriu e então os dois ficaram de pé um de frente para o outro. Luke era poucos centímetros mais alto, Percy havia crescido bastante nos últimos anos. E os dois pareciam compartilhar mesmo peso e força. A cicatriz de Luke estava ainda no mesmo lugar e seus cabelos bem curto. Percy desviou o olhar por um momento, mas foi solicitado pelo outro que ele o olhasse.

— Quem sabe se você falar alguma coisa — Luke segurou as mãos de Percy, entrelaçando os dedos com força.

— Vejamos. — Percy não conseguia pensar em nada interessante para falar e fazer Nico aparecer como da última vez.

Ninguém está pronto para a vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora