Aquela semana foi movimentada no Café Crepúsculo dos semideuses. Percy fez entrevistas com doze meio-sangues que precisavam de um emprego. Ele não poderia contratar todos, o que era triste, sabendo que eles realmente precisavam. Então decidiu ajudá-los, indicando para outras pessoas. Por exemplo, Leo não queria admitir, mas estava precisando de alguém para administrar sua agenda profissional. Ele era um ótimo engenheiro mecânico e inventor de primeiro escalão, mas era ruim demais com atendimento ao cliente, prazos e contratos.
Percy encontrou a pessoa perfeita para ajudar Leo.
— Bom dia, meu nome é Alexander James Mitchell. — Disse o rapaz alto, de cabelos loiros e olhos acinzentados. Aquele sorriso esperto e a postura inconfundível que só os filhos de Atena possuíam. — É um prazer conhecê-lo.
— O prazer é meu, Alexand- desculpe, como é mesmo? — Percy olhou na ficha de cadastro dele. Não o culpe, era mesmo um grande nome para o rapaz lembrar.
— Meus irmãos me chamam de Alex. — Ele sentou-se na cadeira em frente Percy, deixando os braços sobre a mesa. — Meus amigos não me chamam, bem, porque eu não tenho nenhum ainda, sou novo na cidade.
— Nossa, cara! Sinto muito por isso.
— Relaxa. — Ele sorriu.
— Como é que eu não te conheço ainda? Você frequenta o acampamento?
— É, bem. — Alex usava óculos escuro pendurado na gola da camisa verde. Ele era maior que a maioria dos irmãos de Annabeth. Seus cabelos loiros eram finos e jogados para o lado. — Eu entrei no acampamento logo quando você desapareceu.
— Oh! É, foi um ano complicado aquele.
— Depois viajei para o Wisconsin. Minha madrasta está doente, então não podia dar conta da fazenda sozinha. Meu pai morreu quando eu era ainda pequeno. Eu não podia deixá-la.
— E ela está melhor agora?
— Sim, está. Obrigado por perguntar. — Alex mexeu nos cabelos e jogou para trás, Percy teve a impressão de que era culpa do DNA de Atena, porque ele conseguia ver os movimentos de Annabeth ali. — Algum problema?
— Não. Digo, nenhum em especial. É que você e Annabeth são muito parecidos.
— É, já me falaram. Vai ver porque temos a mesma mãe. — Ele deu uma risada, mas era óbvio seu desconforto. Por mais que você aceitasse ser filho de um deus, era difícil quando ganhava junto uns quarenta irmãos. Ainda mais os espertinhos de Atena. Parecia uma verdadeira quadrilha organizada de nerds.
— Pelo seu cadastro você tem ótimas habilidades. Tem certeza de que quer trabalhar em uma cafeteria?
— Eu preciso pagar o aluguel do meu apartamento. Por isso estou pegando qualquer coisa. Não se ofenda.
— Imagina, eu entendo como é isso. — Percy deu uma olhada na lista de habilidades dele, sendo irmão de quem era, tinha uma ideia de como Alex viria a trabalhar. — Olha. Eu tenho um amigo que está precisando de ajuda, você deve conhecê-lo. É o Leo Valdez, filho de...
— Hefesto, chalé nove. Sim eu conheço ele.
— Ok. — Percy poderia ter muitos defeitos, mas às vezes (somente às vezes) percebia quando alguma coisa estava dando certo demais. — Então eu vou passar o endereço dele para você. É lá no Brooklyn.
— Perfeito, eu moro no Brooklyn.
— Então eu acho que vocês vão se dar muito bem. — Eles deram as mãos e logo depois Alex foi direto para o endereço marcado.
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Ninguém está pronto para a vida
FanfictionNinguém nasce com um manual de instruções. Qual a melhor maneira de aprender, senão vivenciando as situações? Percy Jackson e Nico Di Angelo estão vivendo todos os dilemas de um casal semi-deus moderno em Nova Iorque. Além deles, outros semideuses t...