Química Perfeita || Justin Bieber

Quatorze

Bethany Cortez POV

Após a festa de casamento, que admito que havia ficado super bêbada, Justin e eu dormimos na minha casa. Ele iria embora no final da tarde e queríamos aproveitar o tempo juntos. Transamos, conversamos até o dia clarear e ficamos agarrados como se pudéssemos nos transformar em um só.

Eram quase dez horas da manhã e eu observava o ser humano loiro dormindo tranquilamente. Minha cabeça estava deitada em seu peito e suas mãos estavam repousadas em minhas costas, abraçando-me levemente. Com certeza sentiria falta do carinho. Com certeza sentiria falta do meu maior amor.

Justin foi meu amor enlouquecedor, que me tirou todos os medos, me mostrou todos os desafios e me apoio. Tivemos nossos problemas, tivemos a nossa separação e mesmo depois de três anos ele ainda era o cara que fazia meu coração bater tão rápido que podia rasgar meu peito. Seu sorriso era meu ponto de paz e meu conforto. Seus braços era a minha casa.

Seria difícil demais. Qualquer decisão tomada seria complicada para nós dois. Tentar um relacionamento a distância ou simplesmente deixá-lo ir, sem que tenhamos um futuro. Deixar que o destino escolhesse o que era melhor para nós dois.

— Acho que evitamos muito algo que é inevitável, certo? — ele disse num tom super baixo e sereno.

Me sentei na cama, puxando o lençol para cobrir meu corpo nu. Encarei seu rosto amassado e meio avermelhado, dando um longo suspiro.

— Eu não queria que você fosse embora. — admiti.

— E eu não queria te deixar de novo. — sentou-se na cama e coçou os olhos — Mas não tem como adiar mais isso.

— Eu tentei ao máximo não pensar na hora da sua partida. Ocupei minha cabeça, te curti o máximo que pude e apenas vivi. — mordi o interior da bochecha um pouco nervosa — Justin, eu te amo muito. Meu coração simplesmente ama você, perdoa você, deseja você e é você. Te escolhi faz anos e nunca deixei de sentir algo intenso...

— Amor, isso tudo é recíproco demais. Eu te amo muito, você não tem ideia. Sofri com a distância, sofri em saber que poderíamos não ficar mais juntos, sofri em ver que eu errei. Achei que estávamos tendo uma nova oportunidade agora, não me liguei na distância.

— Eu nunca quis um relacionamento a distância. Sou apaixonada pelo contato, pelo poder estar juntos. Não sei nem viver algo diferente disso.

— Eu também não, Beth. Mas acho que podemos tentar, só por um tempo.

— Por quanto tempo, Justin? Eu não vou embora daqui com as mãos abanando e você não vai largar seu emprego dos sonhos por mim. Vamos ficar assim até quando? Uma coisa é namorar a distância sabendo que vai ter um reencontro em determinado tempo, mas não é o nosso caso.

— Bethany, tem finais de semana, feriados, datas comemorativas, uma porrada de tempo que podemos ficar juntos. Eu mando a porra de um jatinho te buscar toda sexta-feira se for necessário, se esse for o problema, faço tudo. — suspirou meio cansado — Eu compro um avião inteiro para você usar sempre que quiser ficar comigo.

— Justin...

— Eu achei que não queria e que seria melhor não tentarmos, mas porra, ficamos três anos separados. E foi foda, foi sufocante demais. Não quero que você tenha a chance de se envolver com outro alguém, porque a pessoa certa para você sou eu. Não quero que você esteja disponível, não quero nada disso. Você é minha e eu te quero para mim. — segurou a minha mão — Farei de tudo para ser uma pessoa presente na sua vida, Beth. Falarei com você todos os dias, estarei aqui sempre que tiver descanso, vou mandar um avião te buscar sempre. Não somos mais crianças, sei que podemos fazer dar certo... E sobre o tempo, não sabemos o que vai ser das nossas vidas daqui a um ou dois anos, mas por que estamos nervosos com isso agora?