Química Perfeita || Justin Bieber

Vinte

CAPÍTULO VINTE

Bethany Cortez POV

Nem precisei de despertador, tive talvez a pior noite de sono da minha vida. Era realmente muito difícil gostar de alguém porque simplesmente não consegui negar Justin de dormir na minha casa e agora ele estava abraçado ao meu corpo, suspirando tranquilo.

Não me tirava da cabeça aquele olhar de vitória do Jeremy Bieber e muito menos suas palavras ásperas ao me apresentar Elisa, como se ela fosse a solução que ele estava esperando. Pelo o que entendi do desenrolar da história, a coitada era apenas mais uma pau mandado dos pais. Deve ser triste viver em 1800, onde se era forçado a casar sem nem conhecer o parceiro. Mas ainda sim, não mudava o fato de que Justin não tinha pulso forte para dizer não aos pais idiotas e controladores.

Estava me sentindo confusa e magoada. Depois da minha crise de choro, da minha raiva e do meu ciúme de ontem não tive dúvidas sobre meus sentimentos pelo Justin. Me sentia perdidamente apaixonada por ele e por tudo de novo que ele me fazia sentir. Era a maior e melhor  sensação do mundo estar em seus braços. Era gostoso ouvi-lo dizer que é meu.

— Não consegue dormir?

Sua voz invadiu a minha mente. No silêncio do meu quarto, com o céu clareando lá fora, seu sussurro mais pareceu um grito.

— Já dormi e já acordei. — respondi baixinho — E você?

— Sua respiração muda quando você não está mais dormindo, isso acabou se tornando meu despertador.

Assenti, me virando para ele. Estava com saudade. Beijei sua boca com certa urgência enquanto tentava transformar nossos corpos em um só. Era algo quente e mesmo assim o mais apaixonado por cima. Um beijo romântico, com muito toque e muito calor.

Justin estava só de cueca e era nítida a ereção. Subi em cima dele sem cortar o beijo, rebolando cada vez mais no seu volume. Recebi um gemido rouco em troca. Dessa vez não podíamos fazer tanto barulho, tinham outras pessoas na casa. Suas mãos seguraram meu rosto e ele se sentou na cama, comigo em seu colo.

— Anjo... — sussurrou, descendo os beijos até meus ombros — Sinto falta de você quando estou longe. Você não tem noção de como foi desesperador você mandando eu ir me foder.

Cheguei a rir. Tirei a blusa que estava usando de camisola. Apenas uma calcinha e uma cueca me separavam de senti-lo por completo. Era uma das melhores coisas do mundo, inclusive, eu chegava imaginar nossos sexos durante os meus dias. Um mais gostoso que o outro.

Tirei sua cueca e sem pensar duas vezes, coloquei todo seu pau na boca. Com a primeira engasgada, ele gemeu um pouco alto. O adverti com o olhar. Ninguém precisava saber o que estávamos fazendo. Continuei o chupando, sugando e punhetando. Bieber já estava mordendo os lábios para abafar os gemidos.

— Me deixe gozar com você. — pediu, num tom de voz calmo.

Me afastei dele sabendo que estava prestes a gozar, por isso o pedido. Justin respirou fundo antes de pegar uma camisinha dentro do criado mudo, ele a vestiu rapidamente. Tirou a minha calcinha e me penetrou por cima. Agarrei sua cintura com as minhas pernas e cravei minhas unhas em suas costas.

— Você é tão gostosa. Eu amo estar dentro de você, puta que pariu.

Depois de dois orgasmos, acabamos pegando no sono de novo.

Acordei dessa vez com o barulho do despertador. Literalmente as poucas duas horas de sono que tive tinham sido melhores que as primeiras horas em que tentei dormir. Me sentia um pouco cansada, mas nada fora do normal. Desliguei o barulho, acordei Justin com um beijo e fui até o banheiro tomar banho. Era o penúltimo dia de prova e amanhã além de sexta-feira seria meu último dia oficial como estudante.

Me vesti com uma calça branca e uma blusa preta, junto com meu par de tênis. Caminhei até a cozinha sorrindo para minha amiga.

— Está tudo resolvido entre vocês?

Suspirei exausta, principalmente daquele assunto. Caminhei até o armário e comecei a preparar o café de Justin, gostava disso e me sentia mal só de pensar que estava acabando.

— Eu apenas pedi para ele se resolver com os pais, não posso ficar esquentando a minha cabeça com isso. Justin precisa crescer sozinho.

— E você acreditou nele?

— Sim... Você não? — a encarei.

— Depois de tudo que me falou dos pais dele, acho que Bieber está falando a verdade.

— Eu não duvido, também acho que ele está falando a verdade. Mas esse não é o problema.

O problema era que eu enfrentaria mil Jeremy e Patrícia Bieber para ficar com ele, para fazê-lo feliz e infelizmente nem demonstrar que faria o mesmo ele fazia. Sinto que entre os pais e eu tinha um abismo e Justin estava lá embaixo, tendo duas escadas para subir, uma de cada lado.

Nos calamos quando os meninos entraram na cozinha sorrindo. Servi o café de Justin e logo tomei o meu quieta. Ainda estava muito pensativa. Queria que fosse mais fácil ficar com ele. Que a família fosse comum, não maníacos por controle e dinheiro. Ele poderia ser pobre.

Nos despedimos antes de sair de casa. Como sempre, dirigi com muita calma – meu maior medo da vida era acidentes de trânsito e por isso sempre seguia a velocidade, acho que nunca andei mais de 60km/h.

A prova tinha sido tranquila, não sei se o tempo demorou a passar ou se eu demorei para fazer todas as questões. Demorei quase o dia para realizar as duas provas. No final, o professor avisou que a próxima semana seria apenas a entrega das notas e quem ficasse com a nota baixa, teria que fazer um trabalho – e ainda tinha a entrega do tcc.

— Como foi? — Justin perguntou sorrindo para mim quando me aproximei dele.

— Eu tirei um A, tenho certeza! — comemorei me virando para ele — E a sua?

— Também foi muito boa. Vamos almoçar junto? Eu te sigo.

Almoçamos no restaurante no meio do caminho para o escritório. Antes que eu saísse, Justin me fez prometer conversar com ele sobre tudo antes de sair xingando e me afastando. Acho que ele sabia como os pais poderiam ser sujos.

Entrei no escritório sorridente, cumprimentei Stella e me sentei na minha mesa. Contava as horas para ir embora, queria muito a minha casa e a minha cama. Mas faltava muito pouco.

— Ansiosa para o fim da faculdade?

— Sim! Amanhã basicamente é o último dia.

— Não acredito que seu contrato já está acabando. — graça a Deus por isso. Disfarçadamente soltei um suspiro aliviada — Nunca vou ter uma estagiária tão boa quanto você.

— Não se preocupe com isso, Stella. — Jeremy disse entrando no escritório com um sorriso. Estar na presença dele me causava calafrios — Eu tenho uma proposta para Bethany.

Estou cansada de suas propostas, Sr. Bieber!

— Que demais! — Stella falou animada e sorridente.

E então, sem esconder sua raiva ou frustração, na frente de Stella, Jeremy Bieber caminhou até minha mesa, apoiou suas mãos e encarando meus olhos disse:

— Ou você termina tudo com Justin ou farei da sua pobre e infeliz vida um enorme inferno.