Dezessete

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CAPÍTULO DEZESSETE

Justin Bieber POV

Beth se mexeu na cama, deitando em meu peito. Infelizmente eu estava acordado alguns minutos, bem que queria voltar a dormir e sonhar com as coisas maravilhosas que estavam na minha mente. Duas coisas me atormentavam: meu futuro e o meu sentimento pela morena agarrada ao meu corpo. Perdi a conta de quantas vezes dormimos juntos, ou seja, tudo tinha saído do controle.

Afastei o cabelo que estava cobrindo seu rosto e acariciei sua bochecha. Seus lábios entreabertos, os olhos fechados e o rosto todo amassado. Para mim, não existia amanhecer mais bonito do que acordar ao lado de Bethany Cortez. Conseguia ser o nascer do sol mais lindos, quando seus olhos se abriam.

— Bom dia. — ela sussurrou quando abriu os olhos e me viu acordado — Está tudo bem?

— Volte a dormir, eu só perdi o sono. — falei num tom baixo.

— Temos que ir pra casa do meu pai. — resmungou e sentou na cama, coçando os olhos. O cabelo estava amassado e todo em pé, achei fofo — São que horas?

— Quase onze. — respondi, colocando minhas mãos atrás da cabeça e a fitando.

Lembrei de como ela se misturava em qualquer ambiente. Na cama, era a mulher mais safada e erótica que exista, adorava ouvir palavras sujas. Na faculdade, a mais estudiosa e inteligente, sua maneira de falar mudava para culta quando estava lá. No trabalho, a mesma coisa, sendo sempre prestativa a tudo e a todos... E ontem conheci de perto uma nova personalidade, a que curtia qualquer baile sem se importar.

Bethany chamou atenção na pista de dança ao dançar sincronizado com mais de cinquenta pessoas e até ensinar os passos para uns e outros ela fez. Me sentia enciumado toda vez que algum cara chegava perto dela, mas sabia que no fundo ela era minha. Não deu bola para ninguém, dançou até se acabar e se misturou na galera como se fosse íntima de todos. Os movimentos sensuais não saíam da minha mente.

Passaria minha vida vendo-a dançar.

Assim como passaria horas vendo-a dormir.

Tinha perdido completamente o controle da situação. Meus pais me esperavam para levar Elisa ao nosso primeiro encontro – se depender deles, pra passar uma vida inteira juntos. Enquanto Bethany não exigia nada de mim, apenas me fazia feliz e me ensinava a ficar bem com poucas coisas. Assistir filme, comendo pizza e bebendo vinho barato tinha virado meu vício.

— Você está bem? — questionou com a testa franzida.

— Estou sim, é muita coisa na cabeça. Vá tomar banho para irmos.

— Você está tão estranho desde ontem. Aconteceu algo na casa dos seus pais?

Talvez seja o momento de contar sobre Elisa, sobre toda aquele circo montado. Mas Bethany apenas balançaria os ombros e me diria pra fazer a coisa certa, depois me deixaria sozinho. Além de que ela passaria o dia todo fingindo que nada estava acontecendo... E eu só queria um dia perfeito.

— Aconteceu o de sempre, nada novo.

— Jus, pense em você um pouco, ok? Depois de vinte e três anos pensando na felicidade dos seus pais, por que não pensar na sua? O relógio tá girando, o mundo não vai esperar você tomar coragem pra dizer o que quer. — ela levantou da cama e sorriu para mim — Sempre vou estar ao seu lado.

Eu nunca soube o que era amar, porque nunca amei. Nunca nem me apaixonei por alguém de verdade – nem de mentira. Mas o sentimento que estava dentro de mim era algo além de gostar, tinha uma mulher perfeita me apoiando. Com certeza, era algo além do físico. Era bom e ao mesmo tempo assustador, me causava enjoo só de pensar. Isso é amor? Que sentimento mais idiota.

Química Perfeita || Justin Bieber Onde histórias criam vida. Descubra agora