Química Perfeita || Justin Bieber

Onze

CAPÍTULO ONZE

Bethany Cortez POV

Era sábado de manhã e tinha algum infeliz esmurrando a minha porta. Tentei esconder meu rosto com o travesseiro, fingindo que aquele barulho irritante não existia. Mas não passava. Me sentei na cama vendo a hora no meu celular e cheguei a arregalar meus olhos, vendo que já era onze da manhã. Eu tinha que ir almoçar com a minha família.

— Já vai! — gritei, saindo do quarto.

Ashley não estava em casa, avisou que dormiria com seu amado hoje. Tanto que tive que voltar para casa de carona com Chris e Kayan. Estava me sentindo realmente feliz pela minha amiga está vivendo o romance que tanto quis, com o cara que sempre desejou. Parecia que os dois se respeitavam muito e decidiram não namorar ainda, mas sim viver aquela típica ficada séria – o que, pra mim, não importa o que digam, é um namoro.

Abri a porta dando de cara com Justin que me encarou com um sorriso de lado.

— Mas... o que? — resmunguei, passando as mãos na cabeça — Entre. 

Caminhei rapidamente até o banheiro, ouvindo-o fechar a porta da sala. Escovei meus dentes e lavei meu rosto, tirando todo rímel escorrido. Voltei indo direto para cozinha.

— O que houve? Não conseguiu parar de pensar em mim? — resmunguei com humor, enquanto colocava o café para fazer.

— Não se acha muito, Beth.

— Ok, não irei me achar. Diga a que veio. — me apoiei no balcão — Se for por sexo, terá que voltar mais tarde.

Lembrei-me vagamente do sexo de ontem com Justin Bieber. Ele era bom, muito bom no que fazia. Me levou a loucura e eu realmente pediria por mais, agora mesmo... Se não fosse pela minha família me esperando. 

— Você tem compromisso?

— Felizmente sim, irei visitar minha família hoje.

Estranhamente eu não estava lidando com o mesmo Bieber de sempre, o cara que estava ali na minha frente parecia perdido e frustrado. Ele realmente não tinha vindo até mim atrás de sexo – atrás de sexo também – e sim procurando uma boa amiga para desabafar. Seus olhos se perderam por um tempo na televisão desligada.

— Eu vou preparar um chocolate quente para você, o que acha?

Já o conhecia o suficiente para saber que não importava o calor que estivesse, ele sempre iria aceitar um belo copão de achocolatado. Procurei nos armários até encontrar o pacote. Liguei o fogo e numa panela pequena derramei o leite e misturei com o chocolate. Justin ainda estava quieto no meu sofá, o que me causou um pouco de nervoso.

— E então, está tudo bem? — me sentei ao seu lado com a minha caneca de café e lhe entreguei o maior copo da casa de achocolatado.

— Não quero te atrasar com meus problemas.

— Somos amigos, Justin. Você pode se abrir comigo.

— Eu sempre tive o sonho de ser jogador de futebol, desde pequeno me imaginava no campo correndo e marcando pontos, que fizesse a galera me amar. Ser o número um, me tornar capitão de algo grande e depois treinador. — suspirou e virou o copo de leite como se fosse cachaça. Eu acharia graça se ele não tivesse tão triste — E meu pai nunca deixou isso, sabe?! Começou a fazer da minha vida um verdadeiro inferno até que eu aceitasse cursar direito, me controlava de perto e fazia todas as escolhas por mim. Não consegui fazer uma escolha errada, por que ele não deixava.

— E o que está te atormentando hoje?

— Ele está me enchendo o saco com essa história de abrir um escritório para mim, de que eu tenho que trabalhar na empresa.