Sete

389 27 7
                                    

CAPÍTULO SETE

Bethany Cortez POV

A festa mais chique que fui foi uma das premiações do meu pai na polícia. Foi num salão de festa bem bonito e eu usei um vestido lindo que minha avó havia me dado... Eu tinha dezessete anos na época. Olhando no espelho, o vestido azul estava indecente demais para ir a uma festa dada pelo meu chefe. Respirei fundo me sentindo ridícula.

— Não acha que você ganhou corpo demais para usar isso? — Ashley disse parada no batente da porta com um sorriso um pouco debochado no rosto.

— Jura? Não tinha percebido isso. — revirei meus olhos e, com um pouco de dificuldade, tirei o vestido jogando no chão.

— Acho que precisamos fazer compras para esse evento. Também nunca fui em algo assim, parece novo demais para mim.

— Não queria que Jeremy me visse com o filho dele. Ele colocou na cabeça que aceitei a merda do pedido dele e mesmo negando e dizendo com todas as letras que não, o cara não entende.

— Não acho que deva fugir do Justin só porque o pai dele é um maluco.

De certa forma minha amiga estava certa, principalmente porque já havia aceitado o pedido de Justin para sair. Não tinha mais como voltar atrás. E, sendo sincera, nem queria voltar atrás. O cara era super legal e não tinha culpa se o pai dava umas viajadas de vez em quando.

Minha melhor amiga e eu fomos caminhar no centro da cidade tentando escolher a melhor roupa. Não podia gastar muito dinheiro, então apenas comprei um vestido de festa e aceitei ir ao salão de beleza. Queriam cortar meu cabelo e como sempre neguei, estava bom grande.

Quando chegamos a casa estava quase na hora do evento. Apenas tomei um banho sem molhar o cabelo e fiz uma maquiagem. O vestido era longo, com uma abertura na lateral e as costas nuas. O salto aberto preto mostrava minhas unhas bem feitas.

— Estou digna? — Ashley perguntou assim que entrei na sala. Minha amiga usava um vestido longo preto e o cabelo preso

— Agora você conquista Chaz de vez.

— Estou cogitando a ideia de mandar currículo ou simplesmente desistir. Ele esta me irritando com essa demora toda.

— Toma atitude. Não o chame para sair, agarra e beija. — dei de ombros enquanto passava batom.

— Ótima ideia. Tudo que eu sempre quis ser: bonita e assediadora.

— Qualidades ótimas, pelo menos é bonita! — sorri.

Kayan chegou para nos buscar. Usava um terno preto com uma gravata borboleta roxa e sapatos sociais. Estava um galã. Durante todo o caminho fomos rindo de como teríamos que nos comportar diante a toda aquela gente chique. Chegaram a comentar que precisavam se acostumar com aquilo por que com o meu futuro brilhante era assim que iríamos viver

Prendi a respiração ao ver o tamanho da casa de Bieber, eram umas dez da casa do meu pai. O lugar estava lotado de carros tão chiques que deixariam meu Volkswagen no chinelo. Saímos do carro sem pressa. Kayan se enfiou no nosso meio e com cada uma pendurada em seu braço, falou os sobrenomes para o segurança na entrada. Demorou uns dois minutos até a nossa entrada ser liberada.

Caminhando pelo jardim imaginei como seria crescer naquele ambiente. Depois dos muros altos, era ainda mais bonito. Uma casa imensa de três andares nas cores branca e cinza ficava localizada bem no meio do espaço, a direita estava fechado com um cercado branco mas dava-se para ver uma piscina enorme e uma área gourmet. A esquerda era para onde tínhamos que ir. Tão cheio de pessoas bem vestidas que me senti intimidade. Foi uma péssima ideia ter vindo.

Química Perfeita || Justin Bieber Onde histórias criam vida. Descubra agora