Me beija com raiva

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  Desculpe a todos pela confusão do ultimo capitulo, assumo que estava muito cansada e fiz só pra não deixar vocês sem cap por muito tempo. Obrigada pra quem falou sobre o problema de não entender quem esta falando. Vou melhorar =)

   Queria também pedir para seguirem o fandom que a @AnnaGaby173e a Ca Santos fizeram lá no insta, sobre a fic e sobre o tiktok. ''aluiza_fc''. Boa leitura. 

Os meninos obedeceram ao ver que ele não estava muito feliz, foram poucas as vezes que vi Remo ardendo de raiva. Ele jogou a varinha na mesa da sala de estar e subiu, para evitar fazer oque não devia talvez. 

   Draco me olhou entrar no quarto e Lupin seguir logo atrás, ele não parecia muito feliz. Blaise tentou levar Draco pra dentro antes dele dizer algo, mas não conseguiu.

-Lu. -Só isso. E os olhos dele falaram o resto, não faça nada que vai ser arrepender depois. 

    Remo entrou e fechou a porta, eu já estava esperando uma declaração de carinho ou coisa do tipo, mas ele passou a mão no rosto e respirou fundo, não parecia nada feliz.

-Coloque uma roupa depois a gente conversa. -Ele disse num tom irritado e olhando pro outro lado.

-Mas você nunca se importou de eu ficar assim. -Ele ficou em silencio. -Oque ta acontecendo Remy? 

-Tenho um apelido agora. Justo agora. -Ele disse ainda sem olhar pra mim, rindo sarcástico. 

-Como assim, justo agora? Achei que ia gostar. 

-Gostei. Só...coloque uma roupa. -Eu me levantei e ia puxar o braço dele pra olhar pra mim, mas ele desviou. 

-Eu fiz alguma coisa? -Eu disse baixo, não queria que Draco ouvisse. 

   Musica recomendada: Última noite - jão. 

Ele ficou quieto, ele fechava as mãos como se estivesse bravo, eu não entendi oque eu tinha feito. Vendo que ele não iria falar nada enquanto não se acalmasse, eu me virei pra colocar um pijama, mas antes passei pelo espelho. 

   Era estranho me ver depois de tanto tempo, até o espelho era um desconhecido. Vi a cicatriz do rosto, o símbolo no pescoço, os arranhados que fiz nos momentos de crise, talvez não fosse tão bonita assim, desejei mais mil daquelas poções do baile. Me perguntei se eu ainda tinha graça. 

  Me virei e Remo estava apoiado de frente para a escrivaninha. Tentei me aproximar de novo e então ele se virou rápido e pegou meus pulsos e segurou forte.

-Oque eu tenho que fazer pra ter a outra Luiza de volta? -Ele tinha os olhos brilhantes e eu provavelmente estava com o rosto assustado. 

-Eu não mudei Remy.

-Não me...-Ele respirou fundo. -Oque eu faço pra ele entender.

   Sirius era o problema, ou parte dele. Eu simplesmente não conseguia ver isso como algo ruim, Lupin nunca fez nada que eu não tivesse dado consentimento a fazer. Eu não estava diferente, mas esse novo Remo, estava me assustando.

-Quando eu não te via como vejo agora, tudo era normal. Olha só oque eu fiz. -Ele sussurrou com lágrimas desesperadas caindo do rosto.

-Se o amor fosse uma escolha, quem escolheria sofrer assim? 

  Ao dizer isso ele me olhou nos olhos, ainda um pouco confuso, talvez tentando associar que não tinha culpa de nada. 

-Pode ir descansar. -Ele soltou meus pulsos abaixando devagar, tentando fazer aquele momento durar mais. 

   Eu fiquei com a pontas dos pés e voltei quando ele me negou um beijo. 

-Vai ser mais fácil assim. -Ele disse num sussurro. 

  Demorei pra entender oque ele quis dizer, mas quando eu entendi senti o peito queimar por dentro. 

-Oque diz quiser com isso? -Uma raiva me tomou por dentro, era como se eu perdesse o controle.

-Não podemos continuar com isso. Tem que acabar em algum momento. -Ele se afastou. 

-Não, não tem. -Tentei segurar o a mão que ele guardara no bolso. Eu talvez tenha falado alto. 

-Você vai ter que se casar, vai viver uma vida, e não pode ser comigo. -Ele também estava impaciente.

-E se eu quiser que seja com você? 

   Ele ficou num silencio assustador, me olhou nos olhos, e não disse nada. Pior que dizer a coisa errada, é não dizer, eu quase morri pelo silencio, ele me apavora. Ele se virou rápido e ia sair pela porta. Eu o segurei.

-Não vai me deixar assim. Vai ficar aqui. -Eu disse o puxando enquanto ele tentava me soltar e pedia pra eu falar mais baixo. 

-Luiza, me solta, isso não vai adiantar. -Ele me fazia um rosto de pena, se eu não o amasse bateria nele por isso. 

-Vai ficar aqui. Comigo. -Eu tentava não chorar enquanto sussurrava alto e prendia ele o quanto podia. 

  Ele agarrou meu dois pulsos outra vez, e enquanto eu batia no peito dele tentando descontar um sentimento que não era raiva ele tentava controlar o impulso, ele nunca fez isso muito bem, e digo isso porque ele finalmente agarrou meu braços e me puxou pra um beijo. 

 Musica recomendada: Me beija com raiva - Jão. 

Senti uma lágrima minha escorrendo enquanto eu cedia ao desespero de ter ele de novo. Ele soltou meu braço e colocou as mãos no meu rosto. Era um beijo ansioso, como se os dois estivessem tão necessitados do outro que se prendiam um ao outro na esperança de tornar-se um só. 

  Num abraço ele me fez sentar na cama que não estava longe. Tirou a blusa em milésimos de segundos pra não perder um só segundo com a boca na minha. As pontas dos meu dedos conseguia sentir as cicatrizes nas costas dele, a pele na pele era a coisa que eu mais desejei esse tempo todo. 

  Desatei o laço do fino tecido que me cobria. Não abrimos os olhos, não queríamos ver ou encenar uma noite perfeita, queríamos estar juntos, literalmente juntos. Livres de qualquer outro pensamento se não a felicidade de estar ali, e a tristeza em pensar que provavelmente estaríamos cometendo um erro. Outra vez. 

  Sentir os dedos dele entrelaçando no meu cabelo, o barulho do zíper da calça, a respiração cansada, porém que não desistia em deixar de me beijar por minuto sequer, me fizeram voltar a aquele transe de existência, nunca desejei tanto que uma sensação passasse, queria estar presente.

   Abri os olhos, vi embaçado pelas lágrimas ele levar os beijos ao meu pescoço, sentir a respiração dele tão alta do meu lado fez passar. Ele me notou com os olhos abertos, passou a mão no meu rosto e desceu até minha cintura. Me beijou outra vez e senti entre minhas pernas ele entrar devagar. 

  Diferente da outra vez, ele cumpriu ir devagar, achava que daquele jeito não seria bom o bastante, mas assim era mais fácil de prestar atenção em tudo. Deixei beijos molhados no pescoço dele que sorriu ao sentir cócegas. 

  Tentei não me lembrar que aquilo era quase  uma despedida, entendo que Sirius era uma amizade que ele  não queria perder. E enquanto eu respirava fundo e o mordia de leve pra não nos escutarem nos satisfazer daquela saudade, tentei tirar da cabeça a dúvida, de ser o suficiente. 


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