Capítulo II

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Marina

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Marina

Eu tava muito doida. Caralhooooo.

Esses trem docinho pega mais rápido que o José. Comecei a botar em prática todas as dancinhas do fitdance que eu e Taiana fazíamos. Minha irmã caçula era engajada nessas coisas de redes sociais e tentava me fazer ser menos cringe.

O que é cringe? A porra que eu sabia. Ri com meus próprios pensamentos.

O quão bêbada alguém tem que estar para rir dos próprios pensamentos?

Olhei para onde minha irmã estava e ela acenou sorridente pra mim. Cara eu amava minha irmã, apesar dela me colocar nos mais loucos BO's. Ela se metia em cada uma, como quando pegamos o escolar errado, porque ela jurava que conhecia o motorista, e realmente parecia que conhecia, porque eles foram conversando o caminho todo e só nos tocamos do erro quando estávamos saindo da cidade pelo caminho errado.

Flash back on
Moço pra onde o senhor tá indo? Esqueceu o caminho?
─ Ué a gente tá indo pra Glória. Esse é o roteiro.
─ Vixe Maria, mas não é pra Socorro? ─ Minha irmã fala desconfiada. Segundo ela o ônibus era esse.
─ Não, moça. Pensei que vocês sabiam.
─ Porque tu não avisou, inferno? ─ Falei puta.
─ Oxente, ela tava tão empolgada falando comigo que pensei que a gente se conhecia, sou novo nessa rota e não conheço todos os alunos.
─ Eita pêga, confusão do porra. Eu vou te matar filhote de vodu adotada.
─ Não me recrimina, peste! O ônibus era igualzinho ao da nossa cidade, não tenho culpa que não tiveram verba pra colocar o nome.

─ Taiana filhote de Deus me livre com cruz credo era pra tu olhar a placa, diabo do meu ódio. ─ Ela revira os olhos. A projeto de quenga revira os olhos pra mim. Me segurei no banco pra não voar nos cabelos daquela cabrunquenta.
Flash Back off

Época boa que não volta mais, morávamos no nordeste com nossos amados pais nessa época e estudávamos numa escola federal da capital e conseguimos o escolar, pois residíamos numa cidade do interior afastada, íamos de manhã bem cedinho e só voltávamos de noite. Era a primeira vez que a gente pegava e a Taiana jurava que o motorista comia bolo de chocolate na lanchonete que ela trabalhava no horário da manhã e o modelo do ônibus escolar era aquele, só que a burra esqueceu de conferir a placa ou perguntar ao motorista o destino, pois nem todos os ônibus naquela época tinha o nome do destino. Eu mais burra ainda que confiei naquela maluca, deixei ela resolver tudo, pois estava um caco, estudava pela manhã, era bolsista a tarde e fazia o técnico de noite, então deixei a cargo da desmiolada resolver.

A sorte foi que o motorista era do bem e nos deixou na entrada da nossa cidade mesmo saindo da rota dele e papai foi nos buscar dando um sermão enorme.

Lembro também de quando nos mudamos para SP após a morte dos nossos pais para morar com nossa tia Regininha do Agreste, uma cantora de forró, e professora estadual nas horas vagas. Pensou besteira, né?

Inesperadamente Grávida - Livro 1 - Série Bebes InesperadosOnde histórias criam vida. Descubra agora