Capítulo XXXVIII

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 Murilo

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Murilo

Estava extremamente ansioso assim que o Miguel falou que o meu jambinho tinha acordado meu coração deu um salto dentro do peito, a preocupação fazendo minha têmpora latejar. Eu só queria chegar o mais rápido possível ao lado dela, sentir seu cheiro, seu calor, acariciar a minha filha dentro da sua barriga e comprovar que as duas estão bem.

— Minha filha? Elas... Elas estão bem mesmo, né? — Perguntei apreensivo. Eu iria encher a Mariana de cuidados e ela que não ousasse tentar me impedir.

— Segundo o meu pigmeu ela está bem na medida do possível. Vamos irmão, tudo vai dar certo, já deu certo.— O tom do meu irmão era tranquilizador e surtiu efeito sobre mim.

— Miguel... Obrigado. Sei que não tenho sido o melhor irmão, mas muito obrigado, por estar aqui, por ser você. — Miguel me olhou surpreso com a minha fala. Nós não somos o tipo de irmãos que trocam declarações, era mais fácil trocarmos farpas ou socos.

— Que papo é esse, Murilo? Esse negócio de ser pai está te afetando. — Miguel não curte muito demonstrações de afeto, mas achei necessário expressar minha gratidão por sua ajuda e presença. Meu irmão a essa altura já tinha arrastado com o carro e dirigia o mais rápido que a lei permitia.

— Mas me diz, Miguel, que história é essa de meu pigmeu? Você já percebeu como você fala da minha cunhada? Já passou pela sua cabeça a possibilidade de está apaixonado pela Taiana? — Perguntei a queima roupa e o Miguel quase perdeu o controle do carro, inclinando o veículo levemente para esquerda.

maluco, Miguel? Eu sou um pai de família, tenho uma filha pra criar, não posso morrer e deixar a Mariana sozinha pra cuidar dela. Presta atenção, caralho. — Falei emputecido encarando meu irmão que revirava os olhos.

— Para de ser frouxo, Murilo! Além disso está ficando senil? De que inferno você tirou que eu estaria apaixonado pela pigmeu? Taiana furacão é o meu atual passatempo, nós nos damos bem entre quatro paredes, mas fora delas somos tão amigos quanto Mike Tyson e Hollifield poderiam ser. A pigmeu não é meu tipo de mulher, Murilo, ela nunca se encaixaria no meu meio. — Falou com certo desdém.

— Isso não faz sentindo, Miguel. Você está sendo preconceituoso. Se for pela sua lógica eu e a Mari também não devíamos ficar juntos pela diferença de padrão social. — Falei um pouco ofendido pela Taiana. Apesar dela tocar o terror comigo na maior parte do tempo eu gostava demais daquela terrorista. E sentia que o Miguel estava perdendo algo realmente bom por estar se deixando levar por um preconceito sem sentido.

— Chegamos e acabou o assunto. Eu sou a foda ocasional da pigmeu e ela a minha. Ponto final. Simples e fácil. — Dei de ombros não querendo criar questão no momento. Além de tudo estava preocupado com a Mariana, pelo menos essa conversa estranha com o Miguel me distraiu da angustia que estava sentindo. Minha mão fodida dóia para um caralho. Sentia o suor escorrer pela minha testa. Mordi minha língua para não dizer a meu irmão que não existia nada simples e fácil quando o assunto era Taiana, terrorista. Andei apressado até a recepção o pivô do assunto anterior nos aguardava.

Inesperadamente Grávida - Livro 1 - Série Bebes InesperadosOnde histórias criam vida. Descubra agora