Capitulo XI

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Murilo

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Murilo

Eu estava exausto. Finalmente tinha conseguido finalizar as coisas na Argentina, o foda, era que isso me custou quase um mês longe do meu jambo, esse tempo realmente foi bom para eu espairecer e resolver minha vida.

E puta merda como eu senti falta da Mariana. Eu me toquei que nesse tempo de separação eu nunca realmente senti falta física ou emocional da Luiza, estava apenas ressentido com o fim do casamento. Eu me questionava quando o amor acabou e eu não percebi.

Luíza me ligava todos os dias, as vezes, eu atendia outras deixava tocar. Ela mandava mensagens insistentes também, algumas um tanto desesperadas, outras desaforadas.

Teria que resolver essa situação com ela o quanto antes, não queria que Luiza tivesse nenhum contato com a Mariana especialmente quando demonstrava claramente não estar bem.

Eu sabia que teria que cortar um dobrado para a Jambozinha me perdoar pela omissão. Mas eu contava que meu pecado não fosse tão grave assim, afinal eu realmente estava separado, na prática eu não trai ninguém.

Eu estava voltando hoje para casa e só tomaria um banho e iria direto falar com a Mari sobre a minha situação. Diria que ainda estava casado no papel e que precisaria de um tempo para resolver as questões burocráticas do divórcio.

Eu ainda abominava a palavra e o ato, quando casei com Luíza tinha planos de que fosse para sempre, na época, parecíamos querer as mesmas coisas, e estavamos na mesma sintonia.

Hoje olhando para trás eu me pergunto se estávamos bem mesmo ou eu me enganei com a ilusão de ter uma família, como meu pai queria, Luiza se encaixou na minha vida de maneira cômoda.

Ela se empenhou em ser uma dama, uma boa dona de casa, e por um tempo fomos felizes. Até os planos que ela criou para nós saírem dos trilhos e ela mesmo não aguentar a pressão.

Eu entendia a minha ex esposa, tinha compaixão pelas suas dores, imagino como deve ser para ela perceber que seu corpo é incapaz de realizar o seu sonho, e ao mesmo tempo ver as amigas engravidando com tamanha facilidade, as vezes, sem mesmo querer ou planejar.

Queria fazer tudo o mais conciliatório possível, não queria ter que magoar ninguém. Nem a Luíza e nem a Mariana. Me repreendia mentalmente por ter demorado tanto para contar essa situação fodida.

Colocava a culpa nos sentimentos contraditórios que sentia em relação a Luiza e na paixão desesperada que sentia pela Mariana e que me cegava.

Me arrependia de ter deixado a Mari no escuro e agora provavelmente ela iria pensar que sou um traidor como o ex. Isso estava me deixando muito apreensivo, qual seria a sua reação quando eu abrisse o jogo.

Na verdade eu ainda nem sabia como abordar o tema. O que eu deveria dizer?

"Ah, então Mari, eu meio que sou casado. Mas já vou resolver a questão do divórcio, não se preocupe."

Inesperadamente Grávida - Livro 1 - Série Bebes InesperadosOnde histórias criam vida. Descubra agora