Inesperadamente Grávida - Livro 1 - Série Bebes Inesperados

Capítulo XXII

Murilo

Inferno!

Fiquei momentaneamente paralisado e com as bolas literalmente na mão do ataque de ira da Mariana.

Eu não só devo ter blasfemado contra a cruz como também ter tacado fogo nela em outra vida. Não era possível tanto azar, porra! Assim que despertei do transe corri do jeito que estava mesmo apenas peguei as chaves, o celular e a minha carteira no aparador.

- Murilo...- Luíza me chamava aparentemente querendo explicações para algo autoexplicativo, a porra da cena parecia de uma novela mexicana mal feita.

Eu não queria saber mais desse assunto com a minha ex pelo menos até falar com a advogada, eu já estava fodido em um nível altíssimo com a Mariana pra arriscar outro mal entendido, não iria perder meu tempo conversando coisas que para mim já estavam resolvidas com a Luíza.

- Murilo você vai me deixar aqui sozinha?

- Seus pais chegam daqui a pouco. - E corri pelo corredor só de moletom aos sons dos gritos de Luíza chamando meu nome, ainda consegui ver a porta do elevador fechando com uma Mariana muito irritada dentro.

Irritada era eufemismo.

- Mariana segura... - Ainda tentei pedir para ela segurar o elevador, mas a maligna fez questão de me mandar um belo dedo do meio. Desaforada linda do caralho.

Corri em direção ao elevador de serviço e torci para estar disponível. Consegui acesso e imediatamente liguei para o Agostinho pedindo para ele tentar segurar a Mariana antes que ela saísse.

Assim que cheguei no térreo andei desesperado para a entrada e vi o Agostinho dando uma água para a Mariana que parecia estar passando mal.

Puta que pariu, meu filho.

Se acontecesse algo com o meu filho eu nunca conseguiria me perdoar e nunca mais a Mari olharia na minha cara, nem eu mesmo iria querer olhar para mim.

Fui na direção de onde ela estava sentada com o Agostinho a abanando apreensivo.

- Aquele cafachorro seu Agostinho, arranjei um desvirtuado como pai do meu bolinho. Um desvirtuado! Casado, seu Agostinho! Não tenho mais nada com ela... ele falou. Estou me separando, ele disse... Tudo mentira! Homem prostituto, não vale nada! Nada! - Mariana falava sem ao menos respirar me difamando sem dó nem piedade para o porteiro.

O coitado do Agostinho concordava com tudo que Mariana falava enquanto a abanava, ela estava meio desfalecida na cadeira de olhos fechados me xingando de tudo que era nome que estava no livro. Me aproximei cauteloso.

- Mari... Deixa eu me explicar. Você entendeu tudo errado. - Tentei falar em um tom calmo e compassivo, mas assim que ouviu minha voz Mariana levantou possuída pelo espírito da ira direcionada ao meu pobre e inocente pau que não tinha feito nada de errado, a desaforada quase derrubou o pobre do Agostinho na gana de me atingir.

- AH, MURILO QUE CLICHÊ! NEM UMA DESCULPA DECENTE SUA CABECINHA TRAIDORA CONSEGUE FORMULAR!?

- Para de gritar e vem comigo, isso vai fazer mal ao nosso filho. Fica calma.

- Ir contigo pra onde? Tomar café da manhã com você e sua esposa, garanhão? E dizer o quê? Olá, sou Mariana, a amante grávida, me passa o adoçante, por favor sócia? - Ela ironizou.

- Não é nada disso! Já falei que tô separado, fica calma pelo bebê e me deixa explicar a situação. Eu não encostei em outra mulher desde que começamos a sair, Mariana, e um tempo antes disso pelo amor de Deus acredita só dessa vez em mim.- Tentei novamente estendendo a mão para ela.