Capítulo 32

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Pagaram a conta e seguiram para o lado de fora sem trocar nenhuma palavra. O cantor se mantinha concentrado na tela do celular, enquanto chamava um carro de aplicativo e a atriz seguia ignorando sua presença. Mas assim que saíram do local, Carla já foi logo assumindo o controle da situação.

Carla: Pronto Arthur, já fez sua ceninha de bom moço e de amigo preocupado. Agora já pode me deixar em paz

Arthur: Que? Sou bem eu que fiquei fazendo ceninha ne?! Me aluga não.. Não sei o que te deu hoje, mas não vou ficar tomando patada de graça.

"Sério que ele não sabia o que tinha acontecido?" "De graça? Oii?" Carla ficou ainda mais indignada.

Carla: Ah pronto, agora o bom moço não sabe o que fez para ser tratado desse jeito. Você é um... quer saber, não vale a pena, só me deixa em paz – tenta se controlar

Arthur: Anda, só vou te deixar em casa e depois você pode continuar ignorando a minha existência.

Depois de tudo que aconteceu, nem conseguia olhar para a cara dela, so queria ajudar mas nao iria aceitar continuar sendo tratado daquela forma. Na verdade nem sabia pq tinha se comprometido de leva-la embora. Na hora nem pensou direito. Mas iria cumprir com sua palavra quer queira, quer não.

Carla: Você não esta entendendo. Eu não vou com você pra lugar nenhum!! Pode voltar la com suas garotinhas, com a Thais, com a morena tatuada, sei lá mais com quem..

Arthur: Ai Carla, não me faz rir uma hora dessa não, vei. Anda que o carro já chegou! – diz se aproximando já para puxa-la pela mão - sem muita paciencia

Carla: E ta rindo do que? Eu to falando sério. Não precisa fingir nada não. Eu sei que você ta louco pra seguir pegando todo mundo. Não precisa perder seu preciosíssimo tempo pra me acompanhar não, eu sou bem grandinha pra me virar sozinha e nunca mais confiar em qualquer idiota que eu conheço por ai

- a bebida em seu organismo já não permitia que filtrasse o que estava falando, e quando viu, já estava socando seu peito, enquanto algumas lagrimas começavam a escorrer pelo seu rosto, denunciando toda sua magoa e raiva

Mesmo com as pequenas agressões, Arthur a puxou para mais perto, envolvendo-a num abraço apertado, com toda a saudade que estava da sua loirinha, na tentativa de acalma-la.

Ainda estava puto com o que tinha acontecido la dentro, mas sabia que a tinha magoado muito e era sua forma de extravasar o que estava sentindo.

Felizmente deu certo, A mulher parecia estar acalmando, já não o batia mais e até correspondeu ao abraço, repousando a cabeça em seu peito.

Ficaram ali por longos segundos, apenas aproveitando o momento e tentando digerir tudo que estava acontecendo e o que estavam sentindo.

Arthur não sabia o que fazer. Queria beija-la ali mesmo e garantir que ficaria tudo bem, mas não podia fazer isso e infelizmente também não podia garantir nada.

Logo foram retirados de seus devaneios pela buzina do carro, que seguia os aguardando.

Arthur: Vem, é melhor irmos logo – falou tranquilamente, a puxando pela mão

Carla parecia ainda estar em outra dimensão, mas o seguiu, sem dizer nenhuma palavra.

Entraram no carro, Arthur cumprimentou o motorista e pediu que seguisse pelo GPS mesmo, já que o endereço solicitado estava certo e não era longe dali.

Carla não abriu a boca e seguiram por todo o caminho naquele silencio.

Quando já estavam chegando no endereço da atriz o loiro tentou falar com ela

Arthur: Carla eu.... – não sabia o que dizer, veio o caminho inteiro pensando no que falar mas simplesmente não conseguia

Carla: É melhor não falar nada. E obrigada por me acompanhar – disse em tom calmo.

A atriz parecia ainda perdida em seus pensamentos, tentando compreender o que estava acontecendo

A decepção era nítida em seus olhos. Arthur sabia que não podia fazer nada, mas também não poderia deixa-la sair assim, sem saber que tudo que passaram tinha sido de verdade para ele e que não havia mais ninguém entre eles, pelo menos não do jeito que ela estava pensando.

Arthur: Eii, olha pra mim – disse levantando seu rosto pelo queixo – eu sei o que você esta pensando e não é nada disso. Eu posso estar sendo um covarde mas... Eu gosto muito de você e nem sei se algum dia vou conseguir superar o que estou sentindo, so que eu precisava fazer isso por v... – disse com voz triste, olhando fixamente para os seus olhos, mas sem terminar a frase

Carla seguia tentando absorver tudo, sentia verdade em suas palavras, mas ainda era muito difícil entender o que estava acontecendo. 

Quando deu por si, foi surpreendida por um beijo. Um beijo que começou calmo, mas que logo deu espaço para uma ansiedade, uma pressa por senti-la novamente, sabendo que logo tudo poderia acabar de vez.

Ela correspondeu ao beijo. Também ansiava por senti-lo de novo. Precisava entender onde tinham se perdido e o que tinha mudado em tão pouco tempo, mas com toda certeza o problema não era no beijo. O encaixe ainda era perfeito, a química que tinham era absurda, o toque, o arrepio, os sentimentos... tudo ainda estava ali, do mesmo jeito

Só se separaram quando falou ar e a loira se afastou. O cantor sabia que não devia ter feito aquilo, mas não resistiu. Aquela mulher lhe tirava o juízo.

Carla: Arthur, outra hora a gente conversa, e-eu.. preciso subir – disse saindo do carro, sem olhar para trás.

O cantor estava destroçado. A cada minuto tinha mais certeza que a tinha perdido e não podia fazer nada.

Socou o banco do carro de raiva e logo se desculpou ao ver o olhar de repreensão do motorista, que já seguia para o seu endereço.

Apesar do beijo, aquela com certeza estava na lista das piores noites da sua vida.

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Tenho um coração com buraquinhos ...

E agora? Faz alguma coisa Arthú!! 

Cade o TPS, Tia Bia, Juliette, Pocah, Caio... algueeeem faz alguma coisa!!

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