Capítulo 31

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Ao contrario do que esperava, Carla o cumprimentou como se nada tivesse acontecido. Nada mesmo! E se não tivesse gravado tão bem em sua memoria cada pedacinho daquela mulher e cada sensação que sentiu ao te-la em seus braços, ele mesmo poderia acreditar que tudo não havia passado de um sonho.

Arthur ficou surpreso e so saiu do transe ao ser cumprimentado por Keh, que também parecia surpresa com a encenação da amiga. O cantor não sabia onde ela queria chegar com aquilo mas não ficaria ali pra ver.

Arthur: Bom galera, foi um prazer revê-los, mas já to na minha hora.. Ate mais – tentou sair rapidamente

Thais: Ue, mas já? Voce não disse que tinha acabado de chegar?

Arthur não sabia o que dizer mas foi interrompido pela própria Carla

Carla: Acho que estamos atrapalhando os planos dele, amiga

Aquela frase atravessada e cheia de insinuações o irritou profundamente. Ela podia pensar o que quisesse dele, que foi um moleque, um covarde, medroso, menos que estava sendo sacana nesse nível.

Arthur: Na verdade meus planos são de tentar dormir as próximas 8 horas, se essa insônia permitir

Carla: Ah ta bom, vamos fingir q... – falava em tom de deboche

Mas antes que continuasse, foi interrompida pelo garçom, que lhe trouxe uma bebida

Carla: Acho que o Sr se confundiu, eu não pedi isso – respondeu simpática

Garçom: Foi o moço de camisa azul que mandou trazer

Carla se lembrava de ter conversado com ele poucos minutos atrás, mas o papo não rendeu. Ate pensou em recusar, mas ao ver a cara irritada do cantor, não só aceitou como levantou a taça em direção ao homem, em sinal de agradecimento.

Quando já ia beber, Arthur retirou rapidamente o copo de sua mão

Arthur: Caralho Carla, ce ta ficando doida? Sabe o que la esse mané pode ter colocado nessa bebida? – fala bastante irritado

A loira sabia que ele tinha razão, foi impulsiva e nem pensou direito o que estava fazendo, mas isso não lhe dava o direito de falar com ela daquela forma

Carla: Oii? Quem ta ficando doido é você garoto! Quem é você pra falar o que posso ou não fazer?

Os amigos olhavam sem graça, sem saber se deviam intervir naquela pequena discussão

Arthur: É.. realmente eu não sou ninguém! E você já é grandinha o suficiente para saber que não se deve aceitar bebidas de estranhos - mudou o tom de voz, entendendo que não podia fazer mais nada

Aquela situação estava acabando com ele. Pensou que ela poderia xinga-lo, não olhar na cara dele ou até mesmo agredi-lo, mas nem de longe esperava por aquela indiferença. Talvez ele tivesse se envolvido demais e se dado uma importância que não tinha na vida dela

Carla: Bom, talvez nisso você tenha razão, por alguns dias esqueci que não se pode confiar em qualquer um que a gente conhece na noite por ai – enfim despeja, sem medir as palavras

Aquela era a última gota. Não sabia o que era pior: a indiferença ou ver a decepção em seus olhos. Sabia que a tinha magoado e não podia fazer nada a respeito disso. Era para seu próprio bem.

Mas antes que pudesse formular qualquer outra frase, foi interrompido por uma mulher, segurando seu braço

Mulher: Arthur?! Como vai? Ta sumido – falou lhe abraçando e depositando um beijo bem próximo de sua boca

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