Capitulo 38

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Keh: Vocês prometem que não vão se matar no caminho?

Carla: Vai logo Kelly, antes que eu mude de ideia – brinca, revirando os olhos

O cantor sorri também e assente, se despedindo das outras duas e do amigo, enquanto já chamava o carro para leva-los, ignorando completamente a cara de indignação de Thais

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A morena foi o caminho inteiro reclamando do comportamento de Carla e de sempre irem embora na melhor parte da noite, mas Keh e Bruno também a ignoravam, perdidos em suas próprias expectativas para aquela noite.

No outro carro, Carla e Arthur pareciam aliviados com aquele desfecho. Mesmo ainda sendo estranho estarem sozinhos no mesmo local, a companhia um do outro seguia transmitindo uma energia boa, de segurança e de refúgio, e era só o que precisavam depois do clima estranho que tinha sido aquela noite. Nem mesmo o silencio parecia constrangedor, o que acabou encorajando o cantor a elogiar o quanto ela estava bonita e, puta que pariu, como essa mulher estava cheirosa.

Carla ficou tímida, mas retribuiu a gentileza e aproveitou para elogia-lo pela performance da noite. O clima seguia leve e conversavam amenidades, ate que uma moto fechou o carro deles de repente e o motorista precisou frear bruscamente, fazendo com que os corpos de ambos fossem arremessados para frente.

Arthur instintivamente abraçou o corpo da atriz, para protege-la, já que ambos estavam sem cinto de segurança.

Arthur: Carla.. pelo amor de Deus, olha pra mim, você esta bem? – fala preocupado, ainda a segurando em seus braços, enquanto a olhava minuciosamente e alisava seu rosto procurando por algum hematoma.

Carla: E-estou – falou um pouco assustada – Acho que seu corpo amorteceu a pancada – sorriu fraco – V-você está bem? – falou ja apalpando seu corpo que estava entre ela e o banco do motorista, so então se dando conta da proximidade deles

Arthur: E-estou.. – respondeu em quase sussurro, enquanto acariciava seu rosto

O motorista proferia um monte de palavrões com a cabeça para fora, enquanto o motoqueiro seguia seu percurso e Arthur e Carla continuavam perdidos no olhar um do outro.

O uber finalmente se acalma e se desculpa pelo ocorrido, tirando os dois do transe em que se encontravam, fazendo com que o cantor finalmente voltasse a sua posição original para que seguissem a corrida.

Passada a adrenalina do momento, o loiro percebe um incomodo na cabeça, provavelmente em decorrência da pancada no banco enquanto se colocava na frente da atriz para evitar que ela que sofresse o choque.

Carla percebe e se aproxima, segurando sua cabeça para que pudesse olhar o que tinha acontecido. Logo identifica um galo enorme que já se formava e um corte que também já começava a escorrer por seu pescoço. Automaticamente a atriz pegou um de seus lenços, que estava de acessório em sua bolsa, para limpa-lo

Arthur: Não precisa sujar seu len....Aiii – resmungou ao sentir seu toque

Carla: Desculpa.. vou fazer com cuidado. Precisa limpar isso – fala voltando a toca-lo, com ainda mais sutileza, enquanto segurava seu rosto delicadamente

Arthur: H-hum, N-não precisa.. em casa eu limpo... j-já estamos chegando – fala um pouco desnorteado com a proximidade de seus corpos e principalmente de seus rostos.

O cantor não estava mais conseguindo se controlar com aquele cheiro lhe entorpecendo, o calor de seu corpo tão próximo, a maciez de suas mãos lhe tocando e a intensidade daquele olhar lhe fuzilando com tanto carinho

Carla: Deixa eu cuidar de você... uma última vez – falou docemente, com voz um pouco embargada

Todo o resto de juízo que ainda tinha para se afastar dela desapareceu e naquele momento não importava mais nada. Apenas assentiu, encarando-a fixamente e aproximando seus rostos lentamente enquanto desfrutava do calor de suas respirações tão próximas.

Por azar, antes que pudesse finalmente beija-la, o carro parou, indicando que já haviam chegado no endereço da atriz.

Praguejou pela distância ser tão curta e por sua falta de atitude de toma-la em seus braços logo, mas antes que pudesse reagir, a ouviu convidar delicadamente

Carla: Vem.. – disse enquanto já se retirava do carro

Arthur já não tinha mais forças para resistir e tudo que queria naquele momento era sentir novamente aquele toque lhe acariciando e tê-la de novo em seus braços.

Saiu em seguida, caminhando ao seu lado em silencio, enquanto entrelaçava seus dedos e recebia um olhar cumplice. Que saudade que estava de senti-la sua novamente.

Ambos sorriram complacentes e continuaram rumo a portaria, mas Carla mudou de ideia.

Carla: H-humm...Vamos pela garagem.. – Sugeriu um pouco constrangida, querendo evitar novas exposições

Arthur sentiu balde de água fria o relembrando do porque nunca dariam certo. Mas antes que pudesse se afastar, o elevador se abriu e então ela o beijou calmamente, impedindo qualquer outro pensamento

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Quem é vivo sempre aparece ne?! 

Desculpem a demora.. por aqui segue tudo muito corrido, mas prometo melhorar kkk


O que estao achando? Sera que finalmente esses dois marrentos vão conversar e entender o que esta rolando ?

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