Capítulo 9

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Estou a horas tentando dormir, mas as lembranças daquela noite me invadem como se fosse uma avalanche

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Estou a horas tentando dormir, mas as lembranças daquela noite me invadem como se fosse uma avalanche.

A noite em que ela se entregou para mim.

 Foi tão inesperado que não pensei no que isso podia me causar depois por que não foi só ela que se entregou.

Eu também me entreguei.

 Apesar de ser um pouco cafajeste hoje em dia, naquela época eu não era desse jeito.

 Meus amigos se gabavam por pegar as meninas na escola, enquanto eu só pensava na Milena.

 Contava os dias para ir passar dias em sua casa ou visita-la.

 Fora as mensagens que me mandava durante a noite quando estava se sentindo sozinha.

 Ela tinha um sério problema com a sua aparência, toda hora se achava feia e só não fez coisas piores porque estive lá para apoia-la.

 Eu não gostava de vê-la se martirizando na frente daquele espelho, todas as vezes em que uma amiga dela arranjava um namorado, ela se achava menos para os meninos.

 Sempre gostei dos meninos longe dela, pois eu queria ser o único em sua vida.

Até fui, por um tempo...

 Vendo que o sono não queria mesmo aparecer, decido me levantar e caminhar um pouco pelo jardim.

 Caminho lentamente ao redor da piscina, onde por várias vezes nadamos juntos e sem querer acabo me lembrando de uma vez em que quase transamos aqui debaixo d'agua.

 Fico rindo com a lembrança, mas me assusto quando a voz de Laura ecoa atrapalhando meus pensamentos.

— Que sorriso lindo é esse? — Pergunta, me analisando.

— Nada, só pensando. — Respondo, sem dar muitos detalhes. — Está fazendo o que acordada essa hora?

— Mandando mensagem para a Milena. — Diz, e fecho os olhos por alguns instantes, tentando não parecer abalado com a menção de seu nome.

— Ela respondeu? — Eu não queria falar sobre ela, mas acabei perguntando sem querer.

— Não!

 Nos sentamos nas espreguiçadeiras e ficamos alguns minutos em silencio, apenas observando a água cristalina da piscina.

 Mas por um segundo me arrependo da sua companhia quando inicia uma nova conversa.

 Da qual não quero compartilhar.

— Seja sincero comigo... — Inicia, ainda olhando para a piscina. — O que aconteceu entre você e a Milena?

 Reviro os olhos, sem que ela perceba.

— Não aconteceu nada! — Exclamo, irritado.

— Se ficou irritado foi por que aconteceu. — Debocha, e eu me levanto na intenção de entrar e fugir desse assunto.

 Deixo-a falando sozinha, subo para o meu quarto e vejo meu celular piscando, indicando uma mensagem de Victor.

"Cara, visitei o perfil daquela Milena e vou querer conhece-la, muito gata. "

 Rosno com sua audácia, jogo o aparelho em cima da cama e só de imaginar esse filho da puta tocando no que é meu já me sobe uma raiva sem tamanho.

 Na mesma hora me dou conta do que pensei e me sento na beirada da cama, pondo as mãos na cabeça na intenção de me acalmar.

 Pois não posso pensar assim, ela já foi minha um dia, mas hoje não é mais.

 Ela escolheu viver uma vida sem que eu fizesse parte e só o que posso fazer é respeitar sua decisão.

❤❤❤

 Já se passa das 8h e me encontro sentado na mesa do café da manhã, me sirvo de ovos mexidos e pão de forma.

Meus preferidos.

— Bom dia querido. — Tia Eliane me cumprimenta e senta-se ao meu lado.

— Bom dia. — Respondo, lhe abraçando de lado e depositando um beijo em sua bochecha.

 Alguns minutos depois os demais surgem e tomamos um delicioso café em família.

 Segundos depois o celular de Laura vibra em cima da mesa e ela abre um sorriso de orelha a orelha.

— É a Milena! — Exclama, se levantando da mesa e indo atender a ligação.

— Pelo menos para os primos ela liga. — Tia Eliane indaga, sem ao menos esconder seu desanimo por não a ter conosco.

— Para a Laura, ela liga. — Deixei escapar, chamando a atenção dos familiares para mim, sem necessidade.

— Que estranho, pois elas nem eram tão próximas assim. — Tia Elsa diz, de cenho franzido.

— Passaram a ser, mesmo com a distância. — Digo, encerrando o assunto e saindo da mesa.

 Ainda ouço minha mãe me chamar, mas não lhe dou ouvidos.

 Estou me sentindo sufocado aqui, tudo que existe nessa casa tem a haver com ela e isso me afeta.

 E ainda tenho que suportar as perguntas e questionamentos da família sobre minha relação com a minha prima.

 Coisa que não quero mais ouvir, e é com esses pensamentos que decido sair um pouco dessa casa.

 Andar um pouco pelas ruas e rever lugares que a muito tempo não vejo.

 Querendo enfim, ficar um tempo sozinho...

❤❤❤

❤❤❤

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Beijos e até o próximo capítulo...

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