Capítulo 66

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 — Eu não acredito que você está esse tempo todo sem sair com ninguém! — Victor exclama, exasperado

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 — Eu não acredito que você está esse tempo todo sem sair com ninguém! — Victor exclama, exasperado.

Nem eu estava me reconhecendo, mas desde que fiquei com a Milena naquele feriado, meu corpo não reagiu mais a ninguém.

Então preferi ficar na minha e viver apenas para o trabalho.

— Pode acreditar. — Respondi, ainda lendo alguns contratos que me foram enviados essa tarde.

— Aconteceu alguma coisa? — Pergunta, me analisando.

Sei que ele não irá desistir até eu contar o que aconteceu, mas a verdade era que eu ainda continuo prezando pela promessa que fiz anos atrás, manter tudo entre nós.

Apesar de que ela havia quebrado assim que abriu o jogo para a nossa prima mais nova, mas eu até entendia o seu lado.

Laura acabou flagrando uma situação que não tínhamos como nos sair disso, então o jeito foi deixar ela a par de tudo.

Pois ela precisou de sua ajuda...

— Não, eu apenas estou querendo ficar sozinho. — Tentei justificar, mas vi quando passou as mãos pelos cabelos e me olhou atentamente.

— Eu soube que sua prima está grávida. — Suspirei, pois já fazia um tempo que o pessoal dá empresa estava comentando, coisa que foi inevitável.

— Sim, eu estou sabendo.

— Engraçado, você não fala muito da Milena.

— Não somos próximos. — Disparo, fechando o e-mail e guardando as pastas em seus lugares.

— Diego, me disseram que vocês eram muito apegados e do nada se afastaram. — Disse, se ajeitando na poltrona.

— Quem está dizendo isso? — Perguntei, pois queria saber quem era o fofoqueiro que estava falando da minha vida ao invés de fazer seu trabalho.

— Foi sua tia Elsa, quando veio aqui para ver como estavam as coisas. — Contou, e eu bufei, pois não poderia confrontar a pessoa, pois se tratava da minha tia.

— Você sabe que morei um tempo no Brasil e depois vim para cá, então lá nós nos falávamos, mas depois não teve mais sentido. — Tentei criar uma mentira, apenas para ele encerrar o assunto.

— Sabe, no dia em que falei dela, você ficou estranho.

Droga! Achei que tivesse esquecido isso, pois tinha bebido e estava um pouco animado demais.

— Impressão sua, apenas lhe disse que ela também é dona disso aqui. — Falei, apontando ao meu redor.

— Sim, e também para eu ficar longe dela.

O encarei sério e cruzei as mãos na mesa, queria saber até onde ele queria chegar com aquela conversa.

— Você quer me perguntar alguma coisa? — Disparo, o encarando sério.

Vejo que engoliu em seco, pensando em suas próximas palavras.

— Eu queria, mas não tive coragem.

— Vá em frente, só não garanto responder. — Falei, me encostando mais na cadeira.

Eu sabia que ele estava com medo de me perguntar, mas já imaginava o assunto, então apenas esperei que tivesse coragem e fizesse a pergunta que quisesse.

— Por acaso, vocês tiveram algo?

Tive que me conter para não gargalhar, pois eu já sabia que tinha essa curiosidade desde o dia em que a viu curtindo as minhas fotos, mas nunca tinha coragem para me fazer falar.

Coisa que não iria conseguir.

— Não! — Menti, e ele balançou a cabeça como se tivesse entendido.

Eu jamais diria algo a ele sobre isso, pois era uma coisa particular minha que eu não queria compartilhar com ninguém.

Quando viu que eu realmente não iria dizer mais nada, levantou-se e foi trabalhar em sua sala.

Coisa que eu agradeci muito.

❤❤❤

Já eram quase 23h quando decidi desligar a televisão e tentar dormir.

Então tomei um banho, vesti um short e me deitei na cama, para tentar pegar no sono.

Mas meu celular começou a vibrar em cima do criado mudo, então o peguei e estranhei ao ver o número de Milena na tela.

Fazia alguns meses que não nos falávamos, pois parei de responder suas mensagens e atender suas ligações.

Pensei muito antes de atender, mas pelo que Laura havia me dito, ela estava cada vez pior.

Então engoli o orgulho, atendi a ligação e esperei que falasse alguma coisa.

Oi, Di. — Fechei os olhos, pois não sabia reagir quando me chamava pelo apelido.

— Oi, Milena.

Eu sei que está tarde, mas eu precisava ouvi a sua voz. — Disse, e pelo seu tom de voz, era notório que estava chorando.

— Você está bem? — Perguntei, pois, seu estado estava começando a me preocupar.

Ela sempre teve esses sintomas depressivos, mas nunca havia passado para o nível extremo.

Talvez o fato de eu ter me afastado, tivesse piorado o seu estado, mas o que eu poderia fazer?

Eu praticamente estava sofrendo outra vez...

Sim, só queria dizer que não brinquei com os seus sentimentos e tudo o que eu lhe disse no feriado foi verdade.

Em nenhum momento eu disse aquilo, mas acho que Laura pode ter falado alguma coisa que a fez ficar um pouco sentida.

— Milena, eu não duvidei de você.

Mas ficou triste e se afastou de novo, ah.

Ouvi seu chiado, e fiquei ainda mais nervoso quando passou a respirar descompassado.

— Milena?

Di, a minha bolsa estourou!

❤❤❤

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Beijos e até o próximo capítulo...
 

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