Capítulo 83

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 Já se passava das 20h quando coloquei meu neném no berço, pois havia dormido de novo, depois da terceira mamada e provavelmente só acordará mais tarde

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 Já se passava das 20h quando coloquei meu neném no berço, pois havia dormido de novo, depois da terceira mamada e provavelmente só acordará mais tarde.

Então peguei a babá eletrônica, sai do quarto e caminhei até a sala, pois eu sentia que ele estava querendo conversar.

— Ele dormiu? — Perguntou, assim que me sentei ao seu lado.

— Sim, acho que só irá acordar mais tarde, pois é dorminhoco. — Digo, sorrindo, vendo o quanto o meu bebê está a cada dia mais bonito e parecido com o pai.

— Isso, ele puxou a você.

Assinto, esfregando as mãos, nervosa.

Pois não sei o que ele quer conversar, mas sinto que pode ser algo sobre nós.

— Di, eu sei que queres conversar, pois te conheço muito bem. — Digo, alisando seu ombro nu.

— Milena, eu venho adiando isso a dias, mas eu preciso saber...

— O que?

Ele suspira, como se estivesse pensando se vale mesmo a pena saber o que quer que seja.

Porque me deixou no passado?

Suspiro, sentindo todo o meu corpo tenso, jamais imaginei que me perguntaria isso.

Mas eu sabia que em algum momento eu precisaria revelar...

— Na época eu fiquei meia receosa com o fato de me relacionar com você, pois sempre ouvi que era incesto. — Iniciei, o vendo me olhar de cenho franzido.

— Eu sempre te disse que tudo isso era superstição. — Falou, e não pude deixar de notar a decepção em sua voz.

— Sim, mas quando a mamãe me contou a história da vovó, eu fiquei com tanto medo que não aceitassem a nossa relação...

— Então por causa disso, você resolveu me dispensar como se a nossa história não significasse nada.

Coloco as mãos no rosto, na tentativa de acalmar os meus pensamentos, pois imagens daquele dia me atingem em cheio.

A forma de como ele reagiu quando o rejeitei sem nem lhe dar uma explicação.

— Eu não queria que sofrêssemos por causa da recusa da nossa família.

— Eles não ficaram contra nós agora, e tudo o que você disse aí não faz nenhum sentido.

— O Daniel poderia ter nascido com problemas.

— Mas não nasceu, pois somos saudáveis, e quanto a história da vovó, eu já sabia disso.

— Sabia mesmo?

— Sim, soube que ela teve um filho e ele morreu minutos depois de nascer, mas não foi por conta disso e sim por complicações que a vovó tinha tido no parto da tia Elsa. — Conta, me deixando perplexa, pois não sabia dessa parte. — Ela já tinha sido avisada que não iria poder mais ter filhos, mas teimou e arriscou.

— Eu não sabia...

— Claro, pois ao invés de conversar comigo, você preferiu me descartar sem dar nenhuma explicação.

Aliso meu braço, sentindo o peso de suas palavras, mas sei que tem razão, pois eu agi sem pensar nas consequências que isso poderia nos trazer.

Pois me custou 8 anos longe dele...

Ele percebe o movimento que faço no braço e tenta ver a minha cicatriz.

— O que foi isso? — Pergunta, esticando meu braço para olhar mais de perto.

— Eu fiz isso quando brigamos e fosses embora daquele jeito. — Digo, sentindo meus olhos marejados.

— Não havia motivos para isso...

— Eu estava sofrendo muito e precisava de um alívio, mas tudo o que fiz foi pegar o estilete e passar no braço fazendo com que eu fosse para o hospital em seguida.

— Eu soube que tinhas ido para o hospital naquela época, mas me disseram que você havia se cortado por acidente.

— Não, eu fiz de propósito, queria acalmar a dor que eu estava sentindo.

— Uma vez você me prometeu que nunca iria chegar ao extremo de se mutilar, sabia que poderia ter sido fatal, não pensou?

Balanço a cabeça em negativa, e tudo o que ele faz é me puxar para um abraço.

— Eu não pensei...

— Olha eu até hoje me perguntei o porquê de tudo isso e descubro que foi por um simples fato irrelevante.

— Para mim não era, mas se tornou depois que aceitaram numa boa o fato de sermos pais.

— Milena, todos ficaram em choque, mas não poderiam nos proibir de nada, porque o Daniel era mais importante naquele momento, mas sei que seu pai ficou chateado, pois confiava em nós e principalmente em mim.

— Eu sei, mas mesmo se eles não aceitassem, eu não deixaria você. — Digo, deixando a babá eletrônica em cima da mesinha e sentando em seu colo, entrelaçando os braços em volta do seu pescoço.

— Milena, eu não sei... — Diz, tentando se livrar dos meus toques, mas insisto, pois quero faze-lo ceder.

— Eu te amo, Di. — Revelo, o deixando imóvel, como sempre fica quando digo isso.

E então ele puxa minha nuca e me tasca um beijo quente e apaixonado, fazendo meu corpo arrepiar da cabeça aos pés.

Pois desde a nossa última noite no feriado que eu não tinha contatos íntimos com ninguém, pois não queria mais sentir outro homem.

Apenas ele...

— Por que você mexe tanto assim comigo, pequena! — Exclama, cheirando e lambendo meu pescoço.

— Me perdoa, fica comigo e vamos formar a nossa família? — Peço, o fazendo paralisar e me olhar com aqueles lindos olhos azuis cristalinos.

Espero por sua resposta que não vem e fico apreensiva achando que não irá mais me querer, mas me surpreendo quando indaga:

— Milena, não quero me iludir outra vez...
 
❤❤❤

+1 porque estamos em retaa finaal😉
 

+1 porque estamos em retaa finaal😉 

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 Beijos e até o próximo capítulo...
 

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