Capítulo 10

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Acordo com a luz forte do sol em meu rosto e só aí me dou conta de que acabei dormindo no sofá

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Acordo com a luz forte do sol em meu rosto e só aí me dou conta de que acabei dormindo no sofá.

 Me levanto rapidamente, indo em direção ao banheiro e fazendo minha higiene matinal.

 Volto para o quarto e vejo Ryan arrumando a cama, o mesmo parece chateado.

— Bom dia. — Digo, me aproximando e tocando seus ombros.

— Então o sofá é mais confortável do que a minha cama. — Indaga e eu fico sem jeito.

 Não era minha intenção dormir lá, mas me distrai olhando novamente as fotos de Diego.

— Me desculpa, apenas estava tentando falar com a minha prima e acabei dormindo lá. — Minto, lhe abraçando.

— Ok, mais tarde você me compensa! — Exclama, e já sei o que ele quer.

 Não vou ter como fugir dessa vez.

❤❤❤

 Já eram quase 10h da manhã e eu me encontrava mexendo uma panela média de canjica, que segundo dona Lúcia, era tradição quando morava com sua família no interior.

— Minha mãe gostava de cozinhar coisas com milho... — Dizia, enquanto preparava a massa de um bolo mesclado, pois de milho já bastava as outras coisas.

— Na casa da minha mãe, quem cozinha é a Diana. — Falo, vendo que a canjica já está no ponto certo.

 Então trocamos de lugar e ela ajeita a canjica no refratário.

— Pelo visto sua família é gente importante. — Afirma ela, enquanto lava algumas louças que ficou na pia.

— É mãe, ela é herdeira da Antonelli's Empress. — Ryan diz, entrando na cozinha, e eu reviro os olhos.

 Odeio dizer que sou herdeira daquela empresa.

— Nossa que surpresa. — Ela indaga, pensativa. — O filho da minha irmã, trabalha lá.

— Sério? Não sabia. — Digo, e vejo a hora em meu celular.

— É, da última vez que falei com a Vera, o filho dela estava trabalhando na filial daqui. — Comenta, tentando se lembrar.

— Existem duas filiais né, amor? — Ryan me pergunta, e eu assinto.

 Lembrando que a principal fica no Brasil, e as filiais na França e a recém-aberta aqui em Nova York.

— Com licença, irei ligar para a Laura de novo. — Digo, me aproximando de Ryan, lhe dando um selinho e me afastando.

 Pego meu celular e disco o número dela, pois prometi que manteria contato enquanto ela estivesse no Brasil.

— Oi prima. — Atende, animada.

— Oi, como estão as coisas? — Pergunto, pois quero saber como meus pais estão.

Está tudo bem, só a tia Eliane que não esconde o desânimo com sua ausência. — Conta, e eu suspiro, já imaginando o drama que ela deve estar fazendo.

— Prometo que no próximo feriado estarei presente. — Digo, quase me estapeando, pois será uma tortura se por acaso Diego resolver comparecer aos próximos.

— No natal você quer dizer né. — Ironiza, e eu gargalho.

— Os meses passam rápidos.

— É mesmo, olha... — Ela faz menção de dizer algo. — Ontem eu conversei com o Diego.

 Meu coração acelera, o que será que eles conversaram?

 Fico aflita só de pensar que ele possa ter contado sobre a nossa história.

— O que conversaram? — Pergunto, tentando soar o mais calma possível.

— Sobre você!

 Permaneço em silêncio, pois apesar de estar afastada dele por todos esses anos, sei que jamais comentaria algo com alguém.

 Pois nosso lema sempre foi manter tudo entre nós.

— Milena? — Chama do outro lado da linha, achando que desliguei ou a ligação caiu.

— Oi, desculpa.

— Ele não me disse nada, mas ficou irritado.

— Ele sempre foi irritado. — Indago, lembrando dos surtos de ciúmes que ele dava no passado.

— É, percebi quando passamos a conviver. — Comenta, e quase esqueci que agora moram no mesmo país.

 Passamos um tempo conversando e depois encerrei a ligação e me juntei ao meu namorado e minha sogra, que conversavam alegremente na cozinha sobre algo da família.

 E foi aí que entendi o porquê da minha mãe querer juntar todos em feriado anuais, pois na mente dela, família é uma coisa que nunca se deixa de lado.

 E era o que eu estava fazendo, sem ao menos perceber.

 Pois deixei que uma situação particular afetasse meu convívio com meus familiares e sabia que mais cedo ou mais tarde eu precisaria enfrentar o meu passado de uma vez.

 Só não sei quando irei ter coragem de encara-lo novamente.

❤❤❤

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Beijos e até o próximo capítulo...

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